Mostrando postagens com marcador Gurdjieff. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gurdjieff. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de novembro de 2023

A medusa interior, os eus e a auto-observação



Um "eu" é uma entidade definida em nós, com uma parte intelectual, uma parte emocional e uma parte motora. Os Eus vivem em nossa casa interior e nos controlam incessantemente.

Os "eus" moram em diferentes subdivisões dos centros. Temos várias personalidades diferentes e cada uma delas está composta por um grupo de eus.

O "eu", digamos, Fantasia cria a Falsa Personalidade, fazendo-nos crer que temos um só Eu real. A falsa personalidade é puro fingimento. Uma das piores forma de mentir é o fingimento. Todo homen 1,2 e 3 finge ser o que não é. Essas mentiras vem da fantasia sobre o si mesmo, do eu digamos Fantasia. As mentiras obscurecem a Essência, porque a Essência, só pode crescer mediante a Verdade. Um homem deve deixar de enganar-se a si mesmo antes que possa começar a compreender a verdade. O homem deve se livrar da mentira.

Temos milhares de pequenos "eus" em nós, mas devido aos obstáculos a consciência, não os vemos e seguimos acreditando que há um só Eu, que sempre atua e sente da mesma maneira. Este é o "eu", digamos, Fantasia, este "eu" nos impede de mudar.

Cada pequeno "eu" tem uma parte pensante, uma parte emocional e uma parte motora. Seu centro de gravidade pode estar na esfera dos pensamentos, das emoções ou dos movimentos. Observar o centro de gravidade de um pequeno "eu" já é um grande progresso.

Cada pequeno "eu" é uma entidade que se passa por nós e fala pelo intermédio dos centros, chamando-se a si mesmo de Eu. Todos os nossos pensamentos, nossos estados de ânimo, nossos sentimentos, nossas ações, nossas palavras, nossos gestos, nossos movimentos, nossos humores provêm de diferentes tipos de "eus" em nós. Não temos uma individualidade real, ou melhor, não temos um CENTRO DE GRAVIDADE PERMANENTE.

Inicialmente, é mais fácil observar aos "eus" que atuam emprestando-nos certos pensamentos. Observe que está pensando, de certa maneira, a respeito de uma pessoa. Este é um "eu" que está pensando, mas você crê que é você mesmo. Ou digamos que está pensando sobre sua vida; é outro "eu" e você acha que é você mesmo. Quando uma pessoa não vê esse ardil constantemente repetido, toma todos esses pensamentos como ela mesma, neste ponto passou a ser mecânica.

Não vê que algo está pensando por ela, mas ouve os pensamentos desses "eus" como se fosse ela que os estivesse pensando.

Quando começamos a observar verdadeiramente nossos pensamentos, costumamos notar certos pensamentos que são indesejáveis, com relação a outras pessoas ou com relação a nós mesmos. Pois bem, se pensamos que esses pensamentos são nossos, se nos identificamos com eles, se concordamos com eles, concedemos poder a eles, fazemos com que eles tenham poder sobre nós e assim fortalecemos os "eus" que estão por trás deles. Observar é também dissolver os "eus" mecânicos.

A Tradição nos ensina a praticar a separação interior, que para observarmos um eu temos que nos separar dele. Mas se tomamos tudo que passa em nossos pensamentos como nós mesmos, não poderemos separar-nos. Como pode "eu" separar-se de "eu"?

No que concerne à esfera das emoções, existem muitos eus que produzem alterações em nossos estados emocionais, do mesmo modo que certos "eus" transmitem pensamentos à nossa mente, outros "eus" transmitem sentimentos à nossa esfera das emoções.

Alguns desses Eus costumam esgotar-nos, fazer-nos perder a confiança em nós mesmos, deprimir-nos, desalentar-nos, etc. Se ao menos pudéssemos auto-recordar-nos sempre, esses eus não teriam poder sobre nós uma vez que lembraríamos de suas atuações passadas. Mas como concedemos tanto poder a eles, nem nos ocorre observá-los; entram e saem de nossa parte emocional como se essa lhes pertencesse.

Ainda que seja difícil observar diretamente esses "eus", podemos descobrir sua presença ao notar que se abaixa o nível ou há uma súbita perda de força (energia). Se não estamos bastante alertas, esses eus podem nos possuir OS CENTROS e então levaremos dias no sono que eles nos causam.

É preciso aprender a andar muito cuidadosamente dentro de nós mesmos. É inútil discutir com os "eus" desagradáveis. Por isso, a prática da separação interior é tão importante. Basta perder a guarda por um instante, em uma situação difícil, para permitir a entrada em cena deste tipo de "eus" que nada mais são que MÁSCARAS, que usamos para suportar a realidade. É preciso aprender a separar-nos desses "eus" negativos, primeiro na esfera dos pensamentos e logo na esfera das emoções e motora através da técnica de não identificação interior.

O Trabalho se inicia pela auto-observação e é um sistema que provém do Círculo Consciente da Humanidade, isto é, daqueles que lutaram a batalha contra os "eus" e alcançaram a sublime meta de conhecer a SI mesmo.

Quando alguém começa a auto-observar-se seriamente, desde o ponto de vista de que não é Um, mas sim Muitos, inicia de verdade o trabalho sobre si. E como resultado disso teremos que dividir-nos em observador e observado.

O lado observador relaciona-se com a fração de Essência ou Consciência liberada sob as influências do Trabalho interior . O lado observado vem a ser todo esse desfile de pensamentos, sentimentos, desejos, preocupações, estados emocionais, paixões, etc., provenientes de toda essa multiplicidade que levamos dentro de nós por força da simples lei do ACASO.

Indubitavelmente, quando essa divisão não acontece, continuamos identificados com todos os processos dos muitos "eus". Quem toma todos os seus processos psicológicos como funcionalismo de um "eu" único, individual e permanente, encontra-se tão identificado com todos os seus erros, os tem tão unidos a si mesmo que perde, por tal motivo, a capacidade de separá-los de sua psique. Então qualquer mudança será quase impossível.

Através desse trabalho psicológico, temos que chegar a ser cada vez mais conscientes de nós mesmos, de todas as nossas contradições e conflitos íntimos.

É sabido que quando alguém está a ponto de morrer, como por exemplo, quando alguém está se afogando, vê toda sua vida com todas suas contradições passar diante de si. No aspecto psicológico ocorre algo semelhante. Temos que ver tudo que há em volta de nós mesmos nesta vida, antes de morrer psicologicamente. É muito importante compreender o significado psicológico de muitas coisas.

É preciso reconhecer e aceitar os vários aspectos existentes em nós mesmos. Através da auto-observação, da divisão em observador e observado, sob a influência do trabalho psicológico, vamos nos liberando de tantas idéias fantasiosas sobre nós mesmos, de tantas virtudes e méritos que não possuímos em absoluto. Então é que nos convertemos de verdade em crianças e compreendemos o que significam as palavras iniciais do Sermão da Montanha. Deixamos então de sentir-nos grandes e teremos uma compreensão inteiramente nova de nós mesmos, um sentimento inteiramente novo e pensamentos inteiramente novos.

Deixamos de ser a pessoa que havíamos imaginado ser, durante toda nossa vida. Qual o maior perigo que corremos à medida que envelhecemos? É o de cristalizar na idéia que temos de nós mesmos, de acreditar cada vez mais na fantasia que temos sobre nós mesmos. Se valorizamos corretamente o trabalho psicológico, a divisão em observador e observado logo esse perigo não será tão grande. Somos criaturas tão minúsculas e desagradáveis que é preciso um prolongado trabalho de auto-observação para ver como somos ridículos em nossa vaidade e em nosso orgulho.

Depois de passar um bom tempo neste trabalho, as pessoas se tornam mais simples a respeito de si mesmas e em relação aos outros. Porque começam a se observar em lugar de imaginar que são o que acreditam ser. Vêem que o abismo que existe entre o que imaginam ter sido e o que são é muito profundo. Quando isto sucede, por meio da constante auto-observação, toda sua relação consigo mesmas começa a mudar. Tudo aquilo sobre o qual fundamentava seus valores, suas diversas formas de sentir-se superior aos outros, sua falsa caridade almejando o céu, suas caretas, suas ambições de poder , seu preconceito, sua mentira interior, suas crenças, etc, as bases psicológicas sobre as quais descansava, tudo isso desaparece. Terá uma bela experiência, pois não terá mais que manter e conservar aquela máscara de pessoa inventada da qual é escravo. Se tornará simples como crianças de novo, porem conscientes.

Quando um homem ou uma mulher começa a observar-se seriamente, dentro da atmosfera do Trabalho , sentindo que o trabalho o conduzirá a um novo nível de Ser além do nível do saber, experimentará pouco a pouco uma mudança real e significativa em sua vida.

Mas se tenta fazê-lo sem estar respaldado pela influência B e C, toda sua observação será inútil e o levará simplesmente às querelas, argumentos e emoções negativas. Tentamos todos estudar algo que é muito grande e devemos compreender que somos muito pequenos. E neste entendimento devemos nos dedicar a aprender despojados de nossos "eus" e suas velhas cantigas.

Flávio


O começo de tudo: a auto-observação

Se olhar para si mesmo fosse algo comum o ser humano não teria necessidade de escolas esotéricas, mestres, gurus ou terapeutas. E olhar para si mesmo para poder se conhecer só é possível devido a presença de algo que nos tira de nossa própria presença: o outro. Sartre disse que o inferno é o outro. O dono do inferno é Satã, que significa o adversário, o outro. Assim o outro é Satã, parafraseando Sartre. Inferno e Satã são apenas metáforas para a consciência adormecida ou identificada. É pelo enfrentamento estratégico e implacável com o outro que percebemos a nós mesmos e notamos que o outro é um espelho de nós mesmos. Isso é observar-se, perceber no outro um espelho de si. É preciso fazê-lo sempre, o tempo todo e sem fim. Esse é o caminho. Olhar para si mesmo sem julgar ou justificar e olhar para o outro da mesma maneira, vendo as manobras do ego aqui e lá, é um exercício de implacabilidade e espreita de si.

Resultado de imagem para quarto caminho

....TUDO QUE AS MINHAS TENTATIVAS DE LEMBRANÇA DE SI
ME MOSTRARAM, ME
CONVENCEU BEM CEDO DE QUE EU ESTAVA
DIANTE DE UM PROBLEMA NOVO
COM QUE A CIÊNCIA E A FILOSOFIA NÃO TINHAM SE DEPARADO...
P.D. Ouspensky

Todo o trabalho deriva do homem que começa a observar-se. A auto-observação é que nos permite mudar interiormente. Não devemos confundir o observar com o conhecer. Falando superficialmente, podemos dizer que alguém sabe, por exemplo, que está sentado em uma cadeira, mas isto não quer dizer que a está observando. Falando mais profundamente, talvez uma pessoa saiba que está em um estado negativo, mas isto não quer dizer que o está observando.

A auto-observação é um ato de atenção dirigida para dentro, para o que está acontecendo na pessoa. A atenção deve ser ativa, isto é, dirigida. No caso, por exemplo, de uma pessoa a quem se tem antipatia, é possível notar os pensamentos que se acumulam na mente, o coro de vozes que falam dentro de nós, o que estão dizendo, as emoções desagradáveis que surgem, etc. Também notamos que estamos tratando interiormente muito mal à pessoa a quem temos antipatia. Para ver tudo isso é necessária uma atenção dirigida.

A atenção vem do lado observante, os pensamentos as emoções e os movimentos pertencem ao lado observado, isto é, há que dividir-nos em dois, observador e observado. O lado do observador é interior ao lado observado, ou está por cima dele; mas seu poder de consciência independente varia, porque a qualquer momento poderá ficar submerso.

Nesse caso ficará completamente identificado com o estado negativo. Aí a pessoa não observa o estado, porque ela mesma é o estado. Cabe dizer que o fato de ser negativo é conhecido, mas não é observado.

Muitas vezes também se confunde o pensar com o observar. Pensar e observar são bem diferentes. Um homem pode pensar todo dia a respeito de sua pessoa e não auto-observar-se sequer por um momento. Observar nossos pensamentos não é a mesma coisa que pensar. O Quarto Caminho ensina que o homem deve observar tudo nele, sempre como se não fosse ele, mas sim outro. Isto significa que ele deve chegar a dizer:

"O que está fazendo esse eu?"

E não "o que eu estou fazendo?" Então vê os pensamentos que se sucedem, as emoções, as comédias privadas, os dramas pessoais, as elaboradas mentiras, as desculpas e justificativas, os discursos, que passam sucessivamente. No instante seguinte, cai outra vez no sono e desempenha seu papel em todos eles, isto é, atua na comédia que compôs e crê que é verdadeira.

É preciso que um homem seja capaz de dizer: "isto não sou eu", a todas as peças e canções estabelecidas, a todas as representações que se sucedem nele, a todas as vozes que toma pela sua. Sabe-se que, às vezes, antes de dormir, ouvimos fortes vozes na cabeça. São os eus que estão falando. Durante o dia, passam o tempo todo falando, só que os tomamos por Eu, por nós mesmos.

Quando você encontra-se em um estado desagradável e auto-observa-se durante alguns minutos, notará grupos diferentes de eus desagradáveis que tentam, um após o outro, ocupar-se da situação e tirar proveito dela. Isto se deve a que os eus negativos vivem sendo negativos. Sua vida consiste em pensar negativamente ou sentir negativamente, isto é, em proporcionar-lhe pensamentos negativos e sentimentos negativos. Deleitam-se em fazê-lo porque para eles assim é a vida.

No trabalho sobre si, é preciso observar sinceramente quando se goza dos estados negativos, em especial quando se goza secretamente deles. Se um homem sente prazer sendo negativo, sejam quais forem as formas de ser negativo, e são muitas, não poderá separar-se delas. Não é possível separar-se de algo pelo qual sente-se um afeto secreto. Em realidade, o que ocorre é que a pessoa identifica-se com os eus negativos por meio de um afeto secreto e assim sente seu gozo, porque seja qual for a coisa com a qual uma pessoa identifique-se, converte-se nela.

É preciso observar a fala interior (VERBALIZAÇÃO) e o lugar de onde provém. A fala interior automática é a semente de muitos estados desagradáveis futuros e também da fala exterior equivocada.

Existe a prática do Silêncio Interior. Não se trata de impedir que algo penetre na mente, mas pratica-se o silêncio interior com relação a algo que já está na mente e do qual deve-se ter percepção, mas é preciso não tocá-lo com a língua interior, com o discurso interior, ou seja, não usar a verbalização. A fala interior sempre se ocupa dos estados negativos e forja muitas frases desagradáveis que, de súbito, acham expressão na fala exterior, talvez muito tempo depois.

A fala interior mecânica produz confusão interior, é feita de diferentes formas de mentiras, de meias verdades ou de verdades que se relacionam entre si de modo incorreto, com algo que se agregou ou se omitiu. Em outras palavras, é mentir para si mesmo.

Tudo isso pertence à purificação da vida emocional. Mecanicamente, só simpatizamos com nós mesmos e temos antipatia ou ódio daqueles que não simpatizam conosco. Não é possível o desenvolvimento interior, a menos que as emoções deixem de fundamentar-se unicamente na auto-simpatia (AUTO-IDENTIFICAÇÃO). Talvez uma pessoa se dê conta que diz coisas que, se as recebesse, não as toleraria. Dentro de nós mesmos, todos os outros são impotentes. Podemos arrastar uma pessoa para nossa caverna secreta e fazer com ela o que quisermos. Podemos ser naturalmente corteses mas, neste trabalho, cujo propósito é purificar e organizar a vida interior, isto não basta. O que realmente conta é a maneira como os homens se comportam interna e invisivelmente uns com os outros.

Todo ensinamento esotérico, desde a mais remota Antigüidade, refere-se ao conhecimento de si. O trabalho psicológico aplica-se à nossa realidade invisível, na qual moramos psicologicamente; refere-se à conquista de si, ao domínio de si. Mas uma das maiores dificuldades é justamente, imaginarmos que nos vemos e nos conhecemos integralmente, e isto nos impede de compreender o que significa verdadeiramente a auto-observação e o que quer dizer começar a conhecer-se a si mesmo.

Só quem compreende plenamente a dificuldade de despertar pode compreender a necessidade de um prolongado e árduo trabalho sobre si, com o fim de despertar. VEJAMOS BEM, PROLONGADO TRABALHO SOBRE SI.

Neste trabalho, é preciso dissolver a fantasia e a imaginação negativa. A fantasia pode satisfazer todos os centros, de modo que o homem fica satisfeito com o imaginário em lugar do real. O poder da fantasia mantém os homens hipnotizados, porque o homem sonha que está desperto ou a ponto de despertar. Contudo, geralmente passa-se muito tempo neste trabalho antes que uma pessoa comece a observar sua fantasia. E é difícil observá-la, porque quando a observamos, ela se detém, isto é, tão logo chega a atenção dirigida, a fantasia cessa. Nosso estado de hipnose impede toda observação real e direta. Imaginamos que somos pessoas respeitáveis e agradáveis, e não podemos ver através da bruma de nossa fantasia que não o somos em absoluto.

Por isso é imperativo conhecer o modo correto para trabalhar o que se observa, por enquanto estamos apenas estudando o básico do sistema, e comprovando em nós que assim é, mas muito cuidado para não cair na armadilha de acharmos que podemos realizar um trabalho de auto-observação correta para alcançar a consciência de SI sem ajuda e sem preparo. Já foi dito aqui "nesta lista" que neste caminho sem vontade é impossível evoluir e que sem ajuda é igualmente impossível evoluir. Será que tem alguém aqui que pode dizer que desenvolveu a vontade plenamente? Vamos então criar as condições para que a vontade se desenvolva em nós, ainda é muito cedo para tentar saltos maiores que as pernas, é bem melhor um passo seguro de cada vez que dar um salto para o desconhecido e bater com a cara no muro. temos muita coisa para conversar sobre o sistema, oportunamente veremos as técnicas para criarmos um observador eficiente. Por hora é solicitado a auto-observação como forma de constatar em si a veracidade do que dizemos aqui sobre os muitos "eus", centros, funções, estados de presença, consciência, compartimentos, amortecedores, emoções negativas, sono, vigília, observação de si, consideração interior, identificação, 4c, Gurdjieff, evolução possível, abordagem do sistema, contexto, aqui agora etc, para que possamos partir para algo mais profundo se realmente a nossa vontade para isso se prestar.

Flávio

Bruxaria, Magia e Xamanismo - parte 2 - por Nuvem que Passa

Vivemos em uma civilização globalizada. O fato é que hoje, em termos de mundo, estamos integrados de uma forma muito intensa. Se algo aconte...