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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Das verdades que só podem ser ditas pela ficção ou o terceiro cerne abstrato do Nagualismo

"Quanta verdade suporta, quanta verdade ousa um espírito? Cada vez mais tornou-se isto para mim a verdadeira medida de valor. Erro (— a crença no ideal —) não é cegueira, erro é covardia... Cada conquista, cada passo adiante no conhecimento é consequência da coragem, da dureza consigo, da limpeza consigo..." Nietzche em Ecce Homo, prólogo, 3.

Há algo de errado com o mundo ou há algo de errado comigo? As alternativas são excludentes, não dão no mesmo, como alguns poderiam pensar, pois o mundo que está aí faz parte de nós apenas parcialmente (no que tange ao condicionamento genético e sócio-cultural, mas algo em nós pode agir para mudar isto), aquilo que "fizeram de nós" é diferente daquilo que nós somos.

Certas verdades, devido as suas implicações existenciais, filosóficas, culturais, religiosas e sociais, só podem ser ditas pela ficção e através dela nós vislumbramos o real, porque o que chamam de realidade é um espetáculo, um show de horrores, não um sonho, mas um pesadelo do qual só se pode acordar, despertar, escapar, transcender. Os donos do mundo, aqueles que pretendem ser deuses, sabem que mais cedo ou mais tarde a casa vai cair, em cima deles.

Da série Westworld.



Quando alguém descobre uma verdade o primeiro impulso é querer revelar essa verdade para o outro.

Mas o outro, via de regra, não poderá percebê-la por diversos motivos.

Um desses motivos é a vaidade. Ninguém em geral aprecia ser sobrepujado intelectualmente ou de outra forma. Entra aí a vaidade.

Então temos em jogo duas vaidades, em verdade.

Quem descobriu uma verdade quer fazer brilhar a sua descoberta e quem não a percebeu não quer admitir que não a percebeu.

Surgem questionamentos, críticas, dúvidas.

E elas são legítimas até certo ponto.

Que ponto é esse?

O outro deve se abrir à descoberta, à aventura do conhecimento, deve permitir-se e ir além do mero questionamento, deve entrar no campo da prova e do experimento.

Eis a ciência.

Mas a ciência é feita de homens e homens são feitos de ego.

E esse é outro ponto, em realidade um nó a ser desatado.

Quem descobre uma verdade não pode ignorar a verdade do ego, do próprio e do alheio.

Então quem desperta para uma verdade deve estar também desperto para a verdade do próprio ego.

Porque, em geral, não é por compaixão que queremos revelar as nossas verdades, mas por vaidade.

Por vaidade e por medo, medo de ficarmos sós com as nossas verdades. Medo da solidão do próprio conhecimento.

Pois a verdade, em qualquer ramo do conhecimento sempre bastou a si mesma, mas o ego em sua infinita carência sempre busca o reconhecimento e essa busca é a base de seu sofrimento.

A verdade é terra sem dono, existe por si, pertence à todos, mas nunca a ninguém. Pode ter sida descoberta muitas vezes antes de nós e nunca compreendida.

Os descobridores vagam solitários no campo da verdade, exilados da ignorância dominante, mas é melhor tal exílio do que a integração na terra do senso comum.

Uma verdade descoberta precisa envolver-se na auto-descoberta.

Uma verdade externa precisa estar amparada numa verdade interna.

A luz da descoberta não pode ser ofuscada pelo brilho da vaidade, seja ela própria ou alheia.

Mas isso acaba por acontecer de tal maneira que o óbvio não é percebido e o caminho da conhecimento tornou-se um caminho de artimanhas.

A verdade teve que usar da fábula para que a sua nudez não incomodasse os homens.

DR

Uma fábula sobre a fábula (Lenda Oriental)

Allahur Akbar! Allahur Akbar! (Deus é grande! Deus é grande!).
Quando Deus criou a mulher criou também a fantasia. Um dia a Verdade resolveu visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid.

Envolta em lindas formas num véu claro e transparente, foi ela bater à porta do rico palácio em que vivia o glorioso senhor das terras mulçumanas. Ao ver aquela formosa mulher, quase nua, o chefe dos guardas perguntou-lhe:

- Quem és?

- Sou a Verdade! - respondeu ela, com voz firme. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, o Cheique do Islã! O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, apressou-se em levar a nova ao grão-vizir:

- Senhor, - disse, inclinando-se humilde, - uma mulher desconhecida, quase nua, quer falar ao nosso soberano, o sultão Harun Al-Raschid, Príncipe dos Crentes.- Como se chama?

- Chama-se a Verdade!

- A Verdade! - exclamou o grão-vizir, subitamente assaltado de grande espanto. - A Verdade quer penetrar neste palácio! Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Verdade aqui entrasse? A perdição, a desgraça nossa! Dize-lhe que uma mulher nua, despudorada, não entra aqui!

Voltou o chefe dos guardas com o recado do grão-vizir e disse à Verdade:

- Não podes entrar, minha filha. A tua nudez iria ofender o nosso Califa. Com esses ares impúdicos não poderás ir à presença do Príncipe dos Crentes, o nosso glorioso sultão Harun Al-Raschid. Volta, pois, pelos caminhos de Allah! Vendo que não conseguiria realizar o seu intento, ficou muito triste a Verdade, e afastou-se lentamente do grande palácio do magnânimo sultão Harun Al-Raschid, cujas portas se lhe fecharam à diáfana formosura!

Mas...

Allahur Akbar! Allahur Akbar!

Quando Deus criou a mulher, criou também a Obstinação. E a Verdade continuou a alimentar o propósito de visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid...

Cobriu as peregrinas formas de um couro grosseiro como os que usam os pastores e foi novamente bater à porta do suntuoso palácio em que vivia o glorioso senhor das terras mulçumanas. Ao ver aquela formosa mulher grosseiramente vestida com peles, o chefe dos guardas perguntou-lhe:

- Quem és?

- Sou a Acusação! - respondeu ela, em tom severo. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, Comendador dos Crentes!
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, correu a entender-se como o grão-vizir.

- Senhor - disse, inclinando-se humilde, - uma mulher desconhecida, o corpo envolto em grosseiras peles, deseja falar ao nosso soberano, o sultão Harun Al-Raschid.

- Como se chama?

- A Acusação!

- A Acusação? - repetiu o grão-vizir, aterrorizado. - A Acusação quer entrar nesse palácio? Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Acusação aqui entrasse! A perdição, a desgraça nossa! Dize-lhe que não, que não pode entrar! Dize-lhe que uma mulher, sob as vestes grosseiras de um zagal, não pode falar ao Califa, nosso amo e senhor!

Voltou o chefe dos guardas com a proibição do grão-vizir e disse à Verdade.

- Não podes entrar, minha filha. Com essas vestes grosseiras, próprias de um beduíno rude e pobre, não poderás falar ao nosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid. Volta, pois, em paz, pelos caminhos de Allah!
Vendo quem não conseguiria realizar o seu intento, ficou ainda mais triste a Verdade e afastou-se vagarosamente do grande palácio do poderoso Harun Al-Raschid, cuja cúpula cintilava aos últimos clarões do sol poente.

Mas...

Allahur Akbar! Allahur Akbar! Quando Deus criou a mulher, criou também o Capricho.
E a Verdade entrou-se do vivo desejo de visitar um grande palácio. E havia de ser o próprio palácio em que morava o sultão Harun Al-Raschid.
Vestiu-se com riquíssimos trajos, cobriu-se com jóias e adornos, envolveu o rosto em um manto diáfano de seda e foi bater à porta do palácio em que vivia o glorioso senhor dos Árabes.

Ao ver aquela encantadora mulher, linda como a quarta lua do mês de Ramadã, o chefe dos guardas perguntou-lhe:

- Quem és?

- Sou a Fábula - respondeu ela, em tom meigo e mavioso. - Quero falar ao vosso amo e senhor, o generoso sultão Harun Al-Raschid, Emir dos Árabes! O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, correu, radiante, a falar com o grão-vizir:
- Senhor, - disse, inclinando-se, humilde - uma linda e encantadora mulher, vestida como uma princesa, solicita audiência de nosso amo e senhor, o sultão Harun Al-Raschid, Emir dos Crentes.

- Como se chama?

- Chama-se a Fábula!

- A Fábula! - exclamou o grão-vizir, cheio de alegria. - A Fábula quer entrar neste palácio! Allah seja louvado! Que entre! Benvinda seja a encantadora Fábula: Cem formosas escravas irão recebê-la com flores e perfumes! Quero que a Fábula tenha, neste palácio, o acolhimento digno de uma verdadeira rainha!
E abertas de par em par as portas do grande palácio de Bagdá, a formosa peregrina entrou.

E foi assim, sob o aspecto de Fábula, que a Verdade conseguiu aparecer ao poderoso califa de Bagdá, o sultão Harun Al-Raschid, Vigário de Allah e senhor do grande império mulçumano!

O 3º cerne abstrato - O Poder do Silêncio

— Vamos conversar agora sobre o terceiro cerne abstrato — disse Don Juan. — É chamado as artimanhas do abstrato, ou espreitar a si mesmo, ou limpar o elo.

Fiquei surpreso diante da variedade de nomes, mas nada comentei. Esperei que continuasse sua explicação.

— E outra vez, como com o primeiro e segundo cernes, esta poderia ser uma história em si mesma. A história conta que depois de bater à porta daquele homem sobre o qual estivemos falando e não tendo obtido sucesso com ele, o espírito usou o único meio disponível:

As artimanhas.

Afinal, o espírito havia resolvido impasses prévios através de artimanhas. Era óbvio que, se pretendia causar um impacto nesse homem, teria de seduzi-lo. Portanto, o espírito começou a instruir o homem sobre os mistérios da feitiçaria. E o aprendizado de feitiçaria tornou-se o que é: um caminho de artifícios e subterfúgios.

“De acordo com a história, o espírito seduziu o homem, fazendo-o mudar para a frente ou para trás entre níveis de consciência a fim de mostrar-lhe como economizar a energia necessária para reforçar seu elo de conexão.

Don Juan contou-me que, se aplicássemos sua história a um ambiente moderno, teríamos o caso do nagual, conduto vivo do espírito, repetindo a estrutura deste cerne abstrato e recorrendo a artifícios e subterfúgios para poder ensinar.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Conversas com o Diabo


"O diabo tem as mais amplas perspectivas sobre Deus, por isso é que se mantém tão afastado dele. O diabo, ou seja, o mais velho amigo do conhecimento" - Nietzche em Além do Bem e do Mal.

O título deste breve texto também poderia ter sido: A pura maldade, mas fiquemos com o inicial sabendo que são intercambiáveis, afinal o Diabo está sempre negociando e conspirando. Ele é o santo padroeiro dos teóricos e práticos da conspiração ;-)))

Muitos acusam o ser humano de ser, em geral, um cretino. Há amplas evidências disto.

Mas cabe a pergunta:

Quem o projetou? Sim, quem?

Independente da resposta, que dá origem à teologia, à filosofia, à mitologia e à metafísica, uma outra pergunta, que é a mais pura maldade (ou verdade?) é esta:

Será que não estamos cumprindo a finalidade do designer, do projetista?

Será que a cretinice implantada não é parte do programa, do projeto homo sapiens?

Talvez sejamos, em termos classificatórios, melhor definidos como homo cretinus, uma experiência genética que deu certo. Ou seja, nossa suposta imperfeição ou cretinice não é uma anomalia, é parte do pacote.

Não, não estranhem, tentem pensar de uma maneira diferente, abram vossas mentes para a questão. Será que não somos um projeto perfeito em nossa cretinice? Será que não fomos feitos para sermos assim como somos: cretinos.

É esta maldosa questão que vos apresento. Ela resolve todos os problemas existenciais de uma só tacada, afinal, se ela é verdadeira somos assim por que somos assim. Ponto. Sem culpas, sem medos, sem justificativas, a própria religião expressão do programa, assim como a política, faces da mesma moeda.

Vejo o Diabo empunhar a navalha de Ockham e dizer: a solução mais simples é a correta.

Agora entendo por que Gurdjieff, mestre do século passado, dizia que seu objetivo maior era deixar de ser um idiota. Eis a verdadeira revolução.

Ah, a doce ilusão de se considerar o topo da cadeia alimentar é que faz o Diabo dizer com um sorriso maroto, à la Al Pacino:

Ah, a vaidade... é o meu pecado predileto.


domingo, 10 de dezembro de 2023

Não há explicação ou arcano zero


Há vezes em que a única explicação é esta:

Não há explicação.

E não ter explicação é apavorante.

Acho que o homem forjou a razão pelo medo diante do universo e de sua imprevisibilidade. E assim surgiu a religião, a mitologia, a filosofia, a ciência e a psicanálise. Sim, a religião é um esforço racional, um esforço por explicar e entender, uma teoria sobre a realidade assim como a teoria do big bang.

O mistério é muito apavorante.

Tão apavorante que mesmo Einstein diante da mecânica quântica não quis admitir e disse: Deus não joga dados.

A razão não passa de uma tentativa desesperada de explicar o inexplicável. Ela aplaca nosso medo disfarçado de curiosidade.

Ela cria a ilusão de que o entendimento é um processo que caminha para uma realização total, como a teoria de tudo, o entendimento da mente divina almejado por Einstein.

Dizem que Deus “é uma expressão de anseio pelo pai todo-poderoso, que cuidará de nós”.

A razão tornou-se um substituto para Deus.

A razão tornou-se um tirano que quer a tudo explicar, é o deus, reflexo de nossa autoimportância diante do Infinito. É o racional tentando sobrepor-se ao mistério, um jogo de dominação que entra na questão do masculino e do feminino.

Mas assim como não há ninguém para cuidar de nós também não há ninguém que possa nos explicar o mistério e o caos do Universo.

Tantas teorias, metafísicas, doutrinas, filosofias para quê? Um vasto menu que nunca satisfaz o cliente.

Mas aí entra a razão, que como a religião, não passa de um consolo, quando se crê que para tudo há uma razão de ser.

Porque nos é tão difícil aceitar que não há uma razão para tudo que acontece em nossas vidas?

Carma? Culpa? Pecado? Missão? Cuidado com tudo aquilo que te prende a um pretenso passado...há uma sombra que ronda e da qual pululam tais conceitos. Cuidado com tudo aquilo que quer te vincular a um futuro: Apocalipses, Profecias, Previsões. Se for para se prender que seja a isto: o aqui e o agora.

Você se ri? Então abrace o martelo: 

"Que importa que eu venha a ter razão? Eu tenho razão demais. — E quem hoje ri melhor também ri por último¹".

Pois é tudo o que vale para quem está vivo: aqui e agora, o preciso momento.

Sem o apoio de um deus e de uma razão que é do homem? Algo tão vasto que dá medo? Ou algo tão primitivo que não vale a pena? Ou apenas um bicho, como outro qualquer?

Nós que nos dizemos um animal intelectual não percebemos o que o intelecto é apenas um recurso de sobrevivência e um recurso que tem feito muito mais dano do que bem a nós mesmos. Tem nos levado a um mar de confusão e teorias onde acabamos enredados nos pensamentos, como se fôssemos uma presa de algo em nós mesmos, como se a mente fosse o labirinto de Creta.

Penso, logo existo? Mas quem pensa? Quem eu sou?

Há uma virtude na razão quando ela reconhece seus limites, mas quando ela vai além de si torna-se neurose, às vezes aneurisma, e aquém é apenas burrice.

Nunca ouvi uma frase mais insensata do que esta: seja realista!

Há algo em nós capaz de saber além de toda e qualquer explicação?

Surge uma das frases de Matrix: Não pense que é, saiba que é.

A razão se faz perfeitamente racional (desculpem a redundância justificada pelo ênfase necessária) quando se depara com os seus limites e descobre a humildade.

DR

Notas

¹ Friedrich Nietzche, Crepúsculo dos Ídolos, aforismo 43.

sábado, 9 de dezembro de 2023

Detonação de bomba nuclear a 300 milhões de anos atrás, Ragnarok e o estranho X.

"Mesmo o mais corajoso de nós raras vezes tem a coragem para o que realmente sabe..." - Nietzche, em  O Crepúsculo dos Ídolos.

Eis fato científico que me chocou até o fundo da alma, é difícil mesmo de acreditar, apesar de fatos e evidências científicas dispensarem por completo a fé, pois o fato fala por si mesmo.

Detonação de bomba nuclear a 300 milhões de anos atrás???

A 300 milhões de anos atrás não havia se quer humanidade, hominídeos ou algo semelhante, estávamos na época do supercontinente, Pangea, e do único oceano, Pantalassa, em pleno período Permiano (que tem cheiro e lembrança de banco de escola, bons tempos...), mas, segundo os cientistas, a Nasa e provas materiais recolhidas do solo pela sonda Rover Curiosity, que custou a bagatela de 2,5 bilhões de dólares, alguém detonou bombas nucleares, porém não aqui na Terra, mas no nosso vizinho Marte.

Sim! Alguém detonou bombas nucleares em Marte a 300 milhões de anos atrás!!!

Você pode imaginar as implicações disso?

Muitos dirão que isso é viagem da Helman´s Airlines, SQN, pois há evidências científicas suficientes para atestar tal fato e essas evidências científicas tem de novo cheiro e lembrança de banco de escola, pois estamos nos referindo ao último elemento da quinta linha da tabela periódica, terror de muita gente boa:

O estranho X! 

Sim, isso é o que significa o termo Xenônio! Vem do grego xénos, daí quem tem medo ou ódio de estrangeiro ser chamado de xenófobo.

Devo confessar que nesta Terra de meu Deus é assim que muitas vezes me sinto: um xenônio, moro na posição 54 da tabela periódica ou como diria o mestre Jesus: meu reino não é deste mundo.


Mas o que o estranho X tem a ver com detonação de artefatos nucleares em Marte?

Bem, você por acaso sabe como as agências reguladoras e fiscalizadoras de atividades nucleares identificam aqui na Terra se algum país está realizando experimentos nucleares?

Um dos métodos de detecção de atividades nucleares envolve o monitoramento de radionuclídeos, átomos que emitem radiação.

E adivinha quem é um dos candidatos a átomo radioativo que denuncia de forma específica e objetiva a detonação de bombas nucleares?

O estranho X! O xenônio!

Mas no caso, o que caracteriza a ocorrência de um detonação nuclear é um tipo específico de xenônio, que seria um isótopo particular do estranho X. É bom lembrar que um átomo pode ter diferentes isótopos (números diferentes de nêutrons). Assim podemos ter o xenônio 124 à 136 em termos de isótopos, mas em termos de elétrons e prótons ele possui 54 de cada.


E foi justamente o xenônio com o isótopo derivado de uma explosão nuclear artificial que foi encontrado em Marte, segundo o astrofísico John Brandenburg, que trabalhou para a Nasa e que em função desta descoberta escreveu um livro sobre o assunto: Death on Mars.

A primeira pergunta que surge é:

Quem a 300 milhões de anos atrás detinha tecnologia para fabricação de bombas nucleares?

Faz 70 anos que realizamos aqui na Terra detonação de bombas nucleares e o nível de radiação derivado de tais explosões não chega ao nível do que há em Marte, sendo que lá é duas vezes e meia maior que aqui na Terra.

A segunda pergunta que surge é:

Não estamos diante de uma prova irrefutável de vida extraterrestre?

Outra pergunta poderia ser:

Não estamos sozinhos em nossa estupidez destrutiva?

A detonação nuclear em Marte, que destruiu todo o planeta, com uma potência que não temos aqui na Terra em uma única bomba, teria sido o tal Ragnarok narrada pela mitologia nórdica? Bem, isso jogaria por terra a ideia de que o mito gira em torno do humano, como vemos em interpretações do famoso e aclamado mitólogo Joseph John Campbell.

Muitos estudiosos defendem a tese de que o Ragnarok já ocorreu. A própria humanidade atual é um exemplo disso na medida em que o humanismo, o antropocentrismo e o cientificismo se tornaram dominantes, equivalendo a um verdadeiro crepúsculo dos deuses (para ouvir a obra de Richard Wagner, o que me lembra a cena final do filme Excalibur, de John Borman), tradução da palavra Ragnarok.

Como essa descoberta não foi anunciada em grande escala, o que deveria ser haja vista a importância de tal fato em vários campos: exopolítica, geopolítica, segurança das nações, arqueologia, astrofísica, e por aí vai a coisa ficou escondida ou diminuída em sua importância. Parece que algo só é verdade quando sai na CNN, como diria uma cínica senadora estadunidense no filme G.I. Jane, mostrando que a verdade é coisa de ficção nesse nosso mundo.

Mas por falar em Ragnarok e Crepúsculo dos Deuses podemos voltar a citar Nietzche sobre aquilo que sabemos e não temos a coragem de assumir:

"Mesmo o mais corajoso de nós raras vezes tem a coragem para o que realmente sabe..."
 

Sagrado Feminino: Kali.

Justamente hoje (08/03//2024) é interessante lembrar de um arquétipo do feminino que é fundamental, não só pela sincronicidade que está rola...