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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Estoicismo nawal e o falso sentimento da autoimportância

Estoicismo, a filosofia de 2 mil anos cada vez mais usada como ...
O nagual Carlos Castaneda definia o nagualismo como a práxis da Fenomenologia.

Se formos pensar em termos filosóficos, devido a natureza prática e sóbria de tal práxis, veremos que o Nawalismo pode ser visto como uma escola estoica, um estoicismo, tendo muitos pontos de contato com tal filosofia, como neste pensamento de Epicteto, que era um famoso filósofo estoico e ao mesmo tempo escravo:

"A filosofia não visa a assegurar qualquer coisa externa ao homem. Isso seria admitir algo que está além de seu próprio objeto. Pois assim como o material do carpinteiro é a madeira, e o do estatuário é o bronze, a matéria-prima da arte de viver é a própria vida de cada pessoa".

Pode-se dizer que a matéria-prima de cada guerreiro(a) é a sua própria energia.

"Um guerreiro deve cultivar o sentimento de que ele tem tudo de que precisa para a viagem extravagante que é sua vida. O que conta para um guerreiro é estar vivo. A vida em si é suficiente, autoexplicativa e completa" - Carlos Castaneda, A Roda do Tempo.


quarta-feira, 26 de março de 2025

Reflexões sobre a auto-importância

 


"Vaidade, definitivamente, é o meu pecado predileto".


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A auto-importância mata.


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"Ó Arístipo, pelos buracos de tuas vestes vê-se a tua vaidade!"


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— A vaidade é o nosso maior inimigo, pense sobre isso... o que nos enfraquece é nos sentirmos ofendidos pelos feitos e desfeitas de nossos semelhantes. Nossa vaidade faz com que passemos a maior parte de nossas vidas, ofendidos por alguém.


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"Os novos videntes recomendavam que todo esforço devia ser feito para erradicar a vaidade da vida dos guerreiros. Eu segui aquela recomendação, e muitos dos meus esforços com você têm sido dirigidos a mostrar-lhe que, sem vaidade, somos invulneráveis."


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— A vaidade não pode ser combatida com delicadeza — comentou Dom Juan quando expressei minha preocupação com La Gorda.


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Contou que os videntes, antigos e novos, são divididos em duas categorias. A primeira é composta por aqueles que se dispõem a exercitar o autocontrole e são capazes de canalizar suas atividades para metas pragmáticas, que iriam beneficiar outros videntes e o homem em geral. A outra categoria é formada pelos que não se interessam pelo autocontrole ou qualquer meta pragmática. É consenso entre os videntes que os últimos não conseguiram resolver o problema da vaidade.


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— A vaidade não é algo simples e ingênuo — explicou. — De um lado, é o núcleo de tudo que é bom em nós e, por outro, o núcleo de tudo que não presta. Livrar-se da vaidade que não presta requer prodígios de estratégia.


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— Os guerreiros combatem a vaidade por uma questão de estratégia, e não de princípio —argumentou Dom Juan. — Seu erro é compreender o que eu digo em termos morais.

— Considero-o um homem altamente moral, Dom Juan — insisti.

— Você apenas notou minha impecabilidade — observou.

— A impecabilidade, assim como o ato de livrar-se da vaidade, é um conceito vago demais para ser de algum valor para mim — comentei.

Dom Juan engasgou-se de riso e desafiei-o a explicar a impecabilidade,

— A impecabilidade não é nada mais do que o uso apropriado da energia — disse ele. — As minhas afirmações não têm um pingo de moralidade. Economizei energia, e isso me torna impecável. Para compreender isso, você mesmo tem de economizar energia suficiente.


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Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais, vaidade  - Paul Valéry.


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Somos tão presunçosos que desejaríamos ser conhecidos em todo o mundo... E tão vaidosos que a estima de cinco ou seis pessoas que nos rodeiam nos alegra e nos satisfaz - Blaise Pascal.


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O epitáfio é a última vaidade do homem.


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Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos... - Rubens Alves.


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Não busques a vaidade de ter o melhor que os outros. Contenta-te com a tarefa gloriosa de tentares ser melhor que és. Que tu não sejas o teu limite de crescimento, mas o teu grande questionamento, o teu grande interrogador - Henfil.


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Tudo o que você faz com modéstia faz bem, joga a vaidade fora. Não tente agradar ninguém. O modesto é muito ele. Errar é uma maneira de aprender. O modesto é muito livre, muito na dele, muito autêntico e faz tudo o que tem vontade. Vai numa festa, se diverte, faz tudo o que quer - Luiz Gasparetto.


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Desfaze-te da vaidade triste de falar.

Pensa, completamente silencioso,

Até a glória de ficar silencioso,

Sem pensar - Cecília Meireles.


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A primeira tarefa do filósofo é derramar a vaidade, pois é impossível ao homem aprender quando julga saber tudo - Epicteto.


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Não é que eu queira estar pura da vaidade, mas preciso ter o campo ausente de mim para poder andar - Clarice Lispector.


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Se a gente realmente se importasse (com o caminho) eliminaríamos a auto-importância.


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Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

O mais díficil


[10] Quanto a cada uma das coisas que sucedem contigo, lembra, voltando a atenção para ti mesmo, de buscar alguma capacidade que sirva para cada uma delas. Caso vires um belo homem ou uma bela mulher, descobrirás para isso a capacidade do autodomínio. Caso uma tarefa extenuante se apresente, descobrirás a perseverança. Caso a injúria, a paciência. Habituando-te desse modo, as representações não te arrebatarão.

sábado, 6 de janeiro de 2024

A morte como companheira: sabedoria saturnal.



Sobre a brevidade da vida /Autor: Sêneca 
Tradução: William Li

3 – 1: Todos os espíritos que alguma vez brilharam consentirão neste único ponto: jamais se cansarão de se espantar com a cegueira das mentes humanas. 

Não se suporta que as propriedades sejam invadidas por ninguém, e, se houver uma pequena discórdia quanto à medida de seus limites, os homens recorrem a pedras e armas; no entanto, permitem que outros se intrometam em suas vidas, a ponto de eles próprios induzirem seus futuros possessores; não se encontra ninguém que queira dividir seu dinheiro, mas a vida, entre quantos cada um a distribui! São avaros em preservar seu patrimônio, enquanto, quando se trata de desperdiçar o tempo, são muito pródigos com relação à única coisa em que a avareza é justificada. 

Por isso, agrada-me interrogar um qualquer, dentre a multidão dos mais velhos: “Vemos que chegaste ao fim da vida, contas já cem ou mais anos. Vamos! Faz o cômputo de tua existência. Calcula quanto deste tempo credor, amante, superior ou cliente, te subtraiu e quanto ainda as querelas conjugais, as reprimendas aos escravos, as atarefadas perambulações pela cidade; acrescenta as doenças que nós próprios nos causamos e também todo o tempo perdido: verás que tens menos anos de vida do que contas. 

Faz um esforço de memória: quando tiveste uma resolução seguida?

 Quão poucas vezes um dia qualquer decorreu como planejaras! 

Quando empregaste teu tempo contigo mesmo? 

Quando mantiveste a aparência imperturbável, o ânimo intrépido?

 Quantas obras fizeste para ti próprio? 

Quantos não terão esbanjado tua vida, sem que percebesses o que estavas perdendo; o quanto de tua vida não subtraíram sofrimentos desnecessários, tolos contentamentos, ávidas paixões, inúteis conversações, e quão pouco não te restou do que era teu! 

Compreendes que morres prematuramente. Qual é pois o motivo?

 Vivestes como se fósseis viver para sempre, nunca vos ocorreu que sois frágeis, não notais quanto tempo já passou; vós o perdeis, como se ele fosse farto e abundante, ao passo que aquele mesmo dia que é dado ao serviço de outro homem ou outra coisa seja o último.

Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fôsseis imortais.

Ouvirás muitos dizerem: “Aos cinquenta anos me refugiarei no ócio, aos sessenta estarei livre de meus encargos.” 

E que fiador tens de uma vida tão longa? 

E quem garantirá que tudo irá conforme planejas? 

Não te envergonhas de reservar para ti apenas as sobras da vida e destinar à meditação somente a idade que já não serve mais para nada? 

Quão tarde começas a viver, quando já é hora de deixar de fazê-lo. Que negligência tão louca a dos mortais, de adiar para o quinquagésimo ou sexagésimo ano os prudentes juízos, e a partir deste ponto, ao qual poucos chegaram, querer começar a viver! 

Sinal de Fumaça

Pranayama, a ciência do alento

Apresento esse texto porque a prática do pranayama é fundamental para o domínio e redistribuição da energia para aqueles que seguem pelo cam...