A escalada de OVNIs em bases militares ou próximos a bases militares no Império continua a intrigar e a alarmar a população, agora em New Jersey, próximo ao campo de golfe do presidente eleito Trump e de uma base militar: a Picatinny Arsenal Military Base.
O que intriga é que os tais "drones" não estão sujeitos à tecnologia militar para derrubada e rastreamento, violando sistematicamente o espaço aéreo da maior potência militar do planeta.
Nossa dúvida maior é a quem cabe a maior premiação na escala do ridículo, se aos militares americanos, incapazes de lidar com o próprio espaço aéreo, ou a mídia estadunidense ao nomear tais OVNIs como drones.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
"Drones misteriosos" (OVNIs) alarmam população de New Jersey
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Mas uma humilhação para o Império: Oreshnik!
Um mundo novo, multipolar e mais justo só é possível com a derrocada do Império, queda inevitável, mas como ele não quer largar o osso vai cair atirando... Vídeo esclarecedor! Contra a demência da elite imperial não há remédio ou argumento, infelizmente e felizmente, apenas Oreshnik, o novo sistema de mísseis russo que viaja a 12.000 kms por hora e que é indetectável, imparável e altamente letal, o que nos faz pensar como a elite russa, apesar de sua supremacia militar, ainda assim é muito cuidadosa e prudente antes de descascar sobre os vassalos europeus do Império e sobre o próprio Império esse "bosque de avelãs". Mais uma vez a Rússia se coloca como o cemitério dos impérios, os de ontem e o de hoje.
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
OVNIs continuam humilhando sistema de segurança de bases militares do Império
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Caminhos da Terra - 3ª parte
Ampliando o tema.
O ramo do Xamanismo que estudo e sei que o mesmo ocorria em muitas das chamadas escolas de mistérios na Grécia antiga e no Egito, Índia e China levam vc a viver o que está estudando.
O conceito de estudar e aprender algo no Xamanismo e em tais escolas é diferente da abordagem hoje existente no ocidente.
Hoje se trabalha com idéias, com palavras, com textos, com informações.
Quando falamos que a iniciação é de boca para ouvido, podemos, equivocadamente pensar, que seja a transmissão de conhecimentos verbais.
Nada mais distante.
No Xamanismo, nos ramos de Magia e em algumas escolas que conheço quem lhe inicia cria condições, cria o "cenário" no qual vc vai presenciar diretamente o tema que está estudando. Um (a) iniciador é alguém que já vivenciou o tema estudado e agora vai te expor ao mesmo tema.
Para nós aprender Magia por livros seria tão "sensato" como aprender a nadar no mar, via curso de correspondência. Como dificilmente o autor do curso vai receber uma carta do "afogado" avisando das falhas do método, pode até acreditar e fazer outros crerem que funciona, mas nada mais distante da realidade.
O problema é que tem muita gente presa na visão moralista da evolução.
Evoluir é ser bom, é ser "santo" e por aí vaí. Mas eu gosto mais de uma definição que ouvi alhures:
Tem riscos, é um caminho árduo e trabalhoso. Como chamei a atenção em outro mail, parece que muitos esqueceram completamente que as antigas escolas de sabedoria tinham (e ainda têm) testes iniciáticos, provas, para testar a têmpera de quem se propõe a trilhar tais caminhos. Nada mais distante da realidade que essa idéia que o "esoterismo é para todos (as) e que "basta ter boa vontade".
Nem os cristãos com toda sua pataquada falam isso, ou se esquecem do "muitos os chamados, poucos os escolhidos" e da "porta estreita"? Não se trata de uma eliminação do esoterismo, é outra coisa, é a percepção clara que um caminho precisa de base para ser trilhado e se não nos propusermos a gerar esta base em nós, vamos ficar sempre na periferia do esoterismo ou pior, caindo nestas pseudo escolas e pseudo linhagens que tem muita fantasia e "frisson", mas pouco agem em relação a profunda e avassaladora transformação que nos permite abandonar o que fizeram de nós e ir em busca da autoconstrução.
Um sheik que conheci dizia: O CAMINHO deve ser algo decepcionante quando encontrado, algo assustador no princípio, pois se corresponde exatamente ao que se busca só pode ser falso, pois quem busca? A falsa personalidade, com todas suas angústias e carências. Assim uma certa perplexidade sempre toma aquele (a) que se defronta com o CAMINHO, perplexidade que logo se desvanecerá a medida que caminhante e caminho se tornarem mais e mais unos".
O sábio Yaqui D. Juan Matus também afirmava que o "benfeitor" logra o aprendiz, fazendo-o crer que o importante é algo sem valor, mas que lhe é posto a frente, enquanto o verdadeiro Trabalho está sendo feito. Assim de nada adianta ficar lendo sobre elementais, o valor está em vivenciá-los, na prática.
Não que a leitura seja sem valor, ao contrário, a leitura pode te alimentar com a experiência acumulada de gerações de magistas e evitar que erros sejam cometidos, mas vc só poderá dizer que compreendeu o tema dos elementais quando conviver com eles, quando operar no mundo dos mesmos e for além das formas fantasiosas que eles adotam para quem ainda está começando na arte.
A Magia é um campo infinito, amplo e em expansão e como seria diferente se vivemos num universo amplo e em expansão e tão vasto que para nossos referenciais o termo infinito é o único que se adequa a qualquer mensuração?
Há muitas armadilhas que podem desviar alguém do Caminho, que podem nos deixar presos a um detalhe quando a totalidade nos espera. Há uma analogia interessante. Nosso estado normal de vida é estar preso a um quarto de uma vasta casa. A Magia nos revela que há uma porta. Há outros quartos, há uma cozinha, uma sala, alguns chegam até a sala onde a lareira está acesa e o frio do quarto pode ser esquecido. Mas o que poucos percebem é que, fascinados com a imensidão da casa, apenas ampliaram sua prisão, agora não mais presos no quarto estão, mas continuam presos na casa.
A tradição mágica profunda tem aí seu valor. Nos ensina a encontrar a janela, ou a porta da rua, que nos permitirá não apenas sair de um quarto para ficar preso noutro, por mais confortável e agradável que o novo quarto ou sala possa parecer, mas nos ensina como escapar definitivamente da casa, audaciosamente indo além do humano, além dos limites.
Para os magistas com os quais estudo esta é a maior armadilha dos praticantes modernos, a mesma que em outros tempos tantos caíram. Após ficarem presos por tanto tempo em escuro e apertado quarto, o fascínio de encontrar um corredor, outros quartos, outras dependências é muito forte e passaram a chamar esses outros cômodos de "plano espiritual", "níveis mais elevados", crendo que apenas se deslocar para estes outros "cômodos da casa" era "evolução", era "espiritualizar-se".
Mas o desafio profundo continua, fora da casa, nos esperando, esperando aos (às) poucos(as) que tem a coragem para ir além e abandonar as armadilhas antropomorfizadas que é o legado que nos prende por eons e realmente prosseguir na aventura da evolução, indo além dos mundos humanos ou dos deuses.
Assim os magistas que tenho partilhado vivências consideram que no princípio é um caminho válido treinar nos outros quartos, podemos encontrar roupas mais quentes para enfrentar o clima inóspito de fora da casa, podemos encontrar mantimentos na dispensa que nos sustentarão até aprendermos a conseguir nosso próprio alimento fora da casa, enfim podemos ir aos outros cômodos da casa como treino, como desenvolvimento, mas nunca nos prendermos e nos limitarmos a eles.
Assim, visitar os mundos que nos cercam, as várias realidades que nos interpenetram, tudo isso tem valor de treino. Mas o verdadeiro mistério da morte não pode ser assim resolvido, esta iniciação é final, é plena e a verdadeira partida é sem volta. Antes disso estaremos apenas nos limites do conhecido, quer o percebamos ou não.
A verdadeira morte ainda não ocorreu e não resta dúvida que muitos são capazes de continuar vivos depois da morte, quando são vivos na vida, pois que estranha mania essa de considerar que morrer dá vida e identidade a quem nunca teve isso, a quem passou pela vida como autômato, como extensão biológica de máquinas e sistemas. Me lembro quando, ainda espírita, tive meu primeiro contato com estas concepções. Fiquei revoltado, pois tinha forte a idéia de "justiça cósmica", um "deus justo que ajuda seus filhos" e outros conceitos profundamente imaturos. Rindo, uma psiquiatra que me iniciou em certa linhagem rosa-cruz comentou comigo quando lhe expus minha perplexidade:
"Enquanto não estiver pronto para abandonar estes brinquedos não estará pronto para amadurecer".
Hoje entendo o que ela quis dizer. O problema é que buscamos conforto em muitas explicações e a Eternidade é vasta demais, ampla demais, o Caos envolve o Cosmos e precisamos ser fortes e corajosos para realmente ir mais longe que as "visões consoladoras".
Incursões de "drones misteriosos" (OVNIs) em bases militares do Império no Reino Unido.
Bruxaria, Magia e Xamanismo - parte 4 (continuação) - por Nuvem que Passa
Hoje existem alguns assuntos polêmicos na Bruxaria. Existem questões sobre tradição sendo discutidas, questionamentos sobre a validade de certos caminhos. É interessante, antes de discutirmos se tal caminho pertence ou não a tradição, perceber a qualidade de nossos conceitos a respeito de ‘caminho’ e ‘tradição’.
O que é um ‘caminho’ (recomendamos a leitura dos textos intitulados "Caminhos da Terra", do mesmo autor)? Por que e para que existe? Como sabemos se um caminho é um ‘caminho’ e não apenas mais uma ilusão conceitual? Mais um aglomerado de pessoas gerando uma realidade convencionada com textura aparentemente verossímil, mas que é apenas um reflexo da força coletiva de grupo?
Isto é bem sutil.
Há grupamentos que apesar de possuírem uma força considerável, essa é apenas a somatória da força individual de cada elemento no grupo. Porém há outros grupamentos que carregam consigo uma carga extra, uma força que vem de outro tempo, de outra era. A qual é de natureza diversa de tudo que existe nesta era e neste mundo. É importante refletir sobre isso e procurar ir além do mero raciocinar aqui (sobre este parágrafo recomendamos o texto do mesmo autor "Egrégoras e Energia Natural parte 1 e parte 2).
A constituição de mundo na qual este conhecimento se baseia é outra, assim estamos falando de outro tipo de Física, de Química. Esta energia diferente que certos grupos carregam pode ser muito sutil, mas, ainda assim, ‘material’. É energia organizada em forma de existência, a qual é diferente da energia ‘na inexistência’.
Alguns a chamam de baraka. O poder da transmissão que mestre(a) passa para discípulo(a) desde o início dos tempos. Entre os Xamãs este poder é transmitido a cada sucessor. Muitos grupos de xamãs ainda existem em nosso mundo. Um xamã pode estar morando na casa ao lado sem que nem saibamos, pois são discretos e jamais irão ‘ensinar’ seus saberes da forma que a convenção social define como sendo ensinar. Eles vêm as vezes ao mundo apenas para caçar pessoas em potencial, auxiliá-las a transcender a condição humana e depois soltá-las na corrente da vida.
Assim a Corrente continua! É isso que as linhagens (ver texto "Linhagem Xamânica") têm como objetivo, que a ‘corrente’ não se parta. Mas diz um texto alquímico que, quando partimos em busca da Verdade em um movimento sincero e concreto, a Verdade também se lança em nossa busca.
A busca sincera da VERDADE é o que liberta e nos permite encontrar o espaço silencioso no qual vamos partilhar da PRESENÇA, sem nenhuma programação exterior. Existe uma energia original, que vem de antes do alvorecer dessa Era, uma energia fina, tecida com fios de luz das estrelas, que viajaram pelo tempo até chegar aos nossos olhos, onde nos tocam de forma sutil, mas a qual não percebemos devido a não termos sido sensibilizados(as) a isso.
Nós podemos redescobrir essas sutilezas. Observando tudo isso através dos tempos, homens e mulheres aprimoraram um saber cumulativo sobre como lidar com esta imensidão que nos envolve, com as armadilhas, os perigos, as maravilhas e também coisas terríveis. Só na plenitude de nós mesmos podemos viajar incólumes pela absoluta solidão da vasta Eternidade que nos envolve.
MAGIA, XAMANISMO e BRUXARIA são termos que aludem a estes caminhos de reencontro com nossa verdadeira natureza. Caminhos de despertar e singularização de nossa realidade existencial para que nos tornemos efetivamente presentes enquanto agentes ativos. Sujeitos verdadeiros de nossa história e não objetos que repetem uma programação que lhes foi imposta por mecanismos ideológicos sutis, cuja maior parte nem percebemos.
Quando saímos do sonos robótico vamos descobrir a vastidão na qual estamos inseridos e temos de estar preparados para isso. Ajudar neste processo, orientar para que o choque do despertar não atrapalhe a caminhada, alertar sobre os perigos e armadilhas que estão em outros mundos que nos cercam. Tudo isto faz parte das tradições guardiãs e transmissoras. A energia primordial flui pelo caminho da tradição como um rio. Assim é comum ouvirmos este termo para se referir as mesmas: o rio espiritual do caminho.
Um caminho da TRADIÇÃO no mais lato sentido do termo é um caminho que tem essa energia em sua transmissão. Isto não invalida caminhos que não tenham essa força. Pois a meta da MAGIA da BRUXARIA e do XAMANISMO está além do humano, está além dos véus, e assim, a intervenção humana é um detalhe que pode ou não acontecer.
A conexão com uma linhagem de tradição possibilita a chance de receber o auxílio através de homens e mulheres que ajudarão a evitar armadilhas, sem que para isso sejam inibidas as habilidades pessoais. Do contrário, uma pseudo-tradição vai tentar impor seus pontos de vista, moldar os(as) aprendizes às suas próprias concepções e à sua forma de ser e estar no mundo.
Em uma tradição profunda os mais velhos e mais velhas vão lhe ajudar como um(a) jardineiro(a) ajuda a planta a desabrochar e revelar sua identidade interior. Já uma organização formal acaba reprimindo o pleno talento de seus jovens pela ação competitiva dos mais velhos, os quais temem ser superados, como de fato tem que ser, pois é a missão de cada geração superar a anterior.
O desafio é sermos nós os superadores em nosso momento, indo além da barreira denominada de realidade, que é a cerca através da qual nos mantêm confinados perceptivamente aguardando a tosquia, e alguns, o abate.
Encontrar um caminho tradicional que tenha essa energia fluindo é uma grande sorte. Alguns se referem a isto como “desígnios do Poder” ou “vontade da Deusa”, mas independentemente do termo utilizado, o fato é o que importa, pois efetivamente, algo lá fora, em um determinado momento interfere e muda tudo, nos colocando em uma condição de ser diferenciada. Isto é a maior iniciação possível.
A iniciação formal a uma tradição é algo que pode nos auxiliar a navegar através da vastidão da Eternidade que nos espera quando vamos além dos véus perceptivos que nos impuseram. Mas o chamado pode vir diretamente da ETERNIDADE. E assim, a mais improvável das pessoas pode se tornar um bruxo, uma bruxa, um xamã, uma xamã, um magista, uma magista.
Por isto me divirto quando vejo pessoas arrogantemente se sentindo superiores. Desdenhando e julgando que esta ou aquela pessoa nunca irá se tornar um(a) bruxo(a), xamã ou magista. Quem somos nós para entender os desígnios do Poder?
Conheci pessoas com muito talento, com poder incrível e que por arrogância e preguiça se tornaram nulidades para si mesmas. Conheci outras que pareciam frágeis, que tinham pouca energia pessoal e, no entanto, com determinação e vontade fizeram do pouco, muito e são hoje plenas em seus caminhos.
A humildade fundamental da qual tanto se fala nestes caminhos não é uma subserviência tola. Mas reconhecer que somos quase nada. Que somos menos que pó cósmico, inseridos em um planeta que gira ao redor de uma estrela cuja massa sequer é suficiente para tornar-se um buraco negro quando terminar seu ciclo. Estamos na periferia de uma entre incontáveis galáxias que vagam pela eternidade. As forças que passam por nosso mundo podem nos levar, como um surfista em uma onda, ou nos afogar. Depende em grande parte de nossas habilidades o resultado final dessas opções.
MAGIA, XAMANISMO, BRUXARIA são caminhos para desenvolver nossas habilidades a fim de que ‘surfemos’ as ondas que chegam e não sejamos afogados por elas. É aqui então que reconhecemos a realidade de um caminho tradicional. Se este caminho nos permite despertar, nos auxilia a transcender a auto-ilusão na qual nos mantemos repetindo a programação que nos foi incutida, temos um caminho efetivo.
Se, ao contrário, apenas estiver agarrado a formalismos, ritualismos, a conhecimentos teóricos sem nenhuma atividade efetiva que nos torne mais estratégicos em nosso ser e estar no mundo, então podemos estar em um pseudo-caminho. O qual pode nos limitar e nos entorpecer ainda mais através dessa viciada interpretação oficial da realidade. A sensibilidade é nosso termômetro. Buscamos resultados concretos.
MAGIA, BRUXARIA e XAMANISMO são caminhos de ação e não de racionalismos. É pelo ato que ritualizamos e reatualizamos o poder. Só com atos podemos curar o ser Terra e ajudar na transição para o próximo nível de consciência.
Caminhos da Terra - 2ª parte
Por esta razão antes de falar como o Xamanismo aborda a questão da reencarnação temos que lembrar como as outras correntes avaliam. A religião católica coloca que vc tem uma vida, esta nasce, cresce e se viver de acordo com um código moral tem chance de ir para o céu, um lugar estático, final, "imerso no amor de Deus", se pecar, isto é, ir contra aqueles mandamentos da lei mosaica, se não "amar seu próximo" já vai para o inferno, onde queimará, segundo os mais modernosos da igreja o queimar é simbólico, arde ficar fora do amor divino. Conta-se que para contentar os banqueiros e a burguesia nascente que cometia a usura, tida por pecado pela igreja, criou-se o purgatório, lugar intermediário, onde temporariamente paga-se os pecados e depois vai para a glória do céu.
Interessante: céu em cima, inferno em baixo.
Céu fresco(clima), inferno quente.
Aí no século passado surgiu H. Rivail D. (Hippolyte Léon Denizard Rivail) que ficou conhecido com o pseudônimo (segundo ele de uma encarnação druídica ou celta não me lembro bem) de Allan Kardec.
Ele, alegando influência dos espíritos, usando mesa, tábua owija, copo e alguns médiuns psicógrafos, escreveu uma série de livros que constituem até hoje as bases do que se chama de espiritismo.
É uma doutrina principalmente moral, prega valores como caridade e amor. Para os espíritas somos formados de um espírito (essência sem forma) que é revestido de um perispírito, corpo fluídico e espiritual e quando nos encarnamos de um corpo físico.
Para os espíritas evoluímos vida após vida, trocando de corpo físico mas mantendo no perispírito nossas aquisições quer "boas" quer "más". Acreditam que após a morte vivemos em colônias espirituais e o estilo dessas colônias foi delineado pelo médium brasileiro Chico Xavier, em si pessoa admirável, que através do que acreditam ser o espírito de André Luiz, um médico brasileiro desencarnado, psicografou obras clássicas, como "Nosso Lar" onde descreve a vida nessas comunidades, que tem tudo igual uma comunidade daqui, só que politicamente correta. Tem até dinheiro (sim o capitalismo venceu lá também !!!!) e ônibus. Quando alguém vai reencarnar vai até o ministério da reencarnação onde através de estudos complexos, um grupo de espíritos encarregados dessa área escolhe os pais adequados ao "resgate" do carma de quem reencarna. Para os espíritas vamos ficar reencarnando e reencarnando até "pagar" todas nossas dívidas. Quando o Espiritismo surgiu no século passado era bem mais rudimentar. Nem cristão era, aliás, existe um texto de Madame Blavatsky criticando o Espiritismo no qual ela diz que a nova doutrina era tão confusa que ia acabar adotando os dogmas cristãos para sobreviver...
Falando na condessa russa, foi ela que trouxe ao ocidente outro movimento importantíssimo que também investigava essa questão sempre inquietante do "de onde viemos, quem somos e para onde vamos." Helena Petrovna Blavatsky foi daquelas mulheres admiráveis que o mundo vê surgir de vez em quando. Teve um casamento forçado com o conde Blavatsky, de onde vem seu sobrenome e título, mas fugiu logo e passou a se aventurar no Egito, onde aprendeu com magos e iniciados, esteve lutando ao lado de Garibaldi na Itália, foi ao Tibete e andou por um grande número de locais. É ela que traz para o ocidente uma nova e fecunda visão deste tema.
A Teosofia que ela apresenta ao ocidente, através de seus livros: Ísis sem Véu e depois, sua obra magna: "A Doutrina Secreta", que é até hoje muito estudada.
Foi a primeira a falar em nomes como El Morya e Mestre Kut Hoomi e ainda em vida escreveu: "Se soubesse que o nome dos mestres seria tão vilipendiado e usado por mentes tão tacanhas para dar autoridade a mensagens tão pueris teria preferido nunca ter revelado nada sobre eles". Imagino o que escreveria se visse o que acontece hoje. Esses mestres não eram seres de outros mundos nem entidades espirituais, eram homens que viviam na Índia e no Himalaia, ela mesmo conta de que certa vez passeando num jardim em Londres qual não foi sua surpresa ao ver um de seus mestres junto com uma delegação hindu entrando no palácio para ver a rainha. Bem a Teosofia partilha de um ramo que os hindus chamam de Atmistas. Para eles existe o ATMA, a centelha espiritual, emanada da fonte no principio da existência. Como entre os hindus a existência é cíclica, tem períodos como o que estamos, chamados manvantaras, onde existimos e outros de "não existência” chamados de "pralaya", onde tudo cessa de existir. O Atma emana um corpo causal, um corpo onde fica impregnado cada experiência de vida que um ser tem. Esse corpo causal gera um corpo mental (manas rupa) um corpo emocional (kama rupa) um corpo etérico (linga Sharira) e finalmente surge o corpo físico.
Após uma vida o ser perde o corpo físico e o corpo etérico, pode manter o corpo astral por um tempo, é interessante que o termo astral ficou muito confuso desde então, pois esse corpo astral é o corpo emocional, nada tendo a ver com o corpo astral dos alquimistas, que tem outro sentido, como corpo formado pela energia dos astros. É no plano astral que estão as ditas cidades espíritas, e todo o tipo de ilusão possível. Quando o ser "morre" neste plano deixa o corpo astral para traz, é esse corpo que eu coloquei que alguns elementais usam para, como "fantasmas", atormentar muitos e entrar em sessões espíritas para tomar a energia dos que ali estão. O plano mental é chamado Devacã (ler e estudar a carta 68 - Devachan -, uma resposta do mahatma K.H. sobre o tema reencarnação e espiritismo, pois tem tudo a ver com o assunto deste texto) e é uma espécie de paraíso temporário. Quando perde esse corpo o ser tem toda a sua vivência captada e registrada no corpo causal.
Dali ele começa de novo o caminho gerando um novo corpo mental, um novo corpo emocional e um novo corpo etérico e físico e uma nova vida. Embora traga os "karmas" e "tendências" das vidas anteriores, seus corpos são novos, daí que nada, ou pouco, lembra de outras vidas. Ao contrário dos espíritas, os teósofos aceitam a realidade dos elementais e dos rituais, embora considerem que a magia, que chamam de "ocultismo prático" seja um campo perigoso, para só ser adentrado sob estrita supervisão de iniciados experts no assunto.
O espiritismo kardecista nega o valor da magia, dos rituais e não leva em conta a existência de elementais.
Para o Espiritismo existem espíritos puros ou impuros e fica por aí.
A Teosofia tem um conceito muito interessante.
Até o nível dos animais existe uma coisa chamada alma-grupo, isto é, imagine uma esfera, que é a alma grupo dos cães. Uma parte dessa esfera se desprega, encarna como cão, tem uma vida e ao morrer se reintegra nessa alma grupo, partilhando com o todo a experiência adquirida.
Chegamos no Xamanismo. Para um xamã o ser humano pode ser comparado a um aglomerado. Vou usar como exemplo um balão cheio de fibras óticas. De todas essas fibras, que seriam jeitos de ser, de agir, de pensar e sentir, apenas algumas são ativadas, pelas vivências. Esse pequeno conjunto de fibras ativadas chamamos de "personalidade". Esta personalidade não é algo fixo nem final, variamos de humor, acreditamos numa coisa hoje, noutra amanhã, mudamos nosso modo de ser várias vezes, mas tudo dentro de um grupo de opções. Quando uma pessoa morre essas fibras se espalham, como na alma grupo voltam para um tanque global. Quando outra pessoa vai nascer as fibras se misturam de novo. Este novo ser que nasce vai ter fibras oriundas de vários outros.
Daí que pode ter um medo ou uma afeição que veio de um indivíduo. Se fizer uma regressão vai acreditar que "foi o fulano" na outra vida, mas não há um "eu" passando de vida para a vida, há aglomerados que se combinam e recombinam, como muitas peças de lego dentro de uma caixa que a cada vez que com ele brincam vai estar numa peça diferente, hoje monta uma casa e diz: "Oi, eu sou casa", amanhã é parte de um carrinho e diz: "Oi, eu sou carrinho".
Os sufis de algumas linhas propõe o mesmo colocando o exemplo de um tapete. Vários fios são usados para fazer um tapete e o tapete quando pronto vai para a tenda do Sheik. Então o tapete fica velho, volta para o tapeceiro que o desfaz e com os fios desse tapete, somados aos fios de outro tapete que desmanchou passa a tecer outros tapetes. Então um dia o novo tapete que dos seus 130 fios, tem uns 20 que vieram do tapete do sheik acorda e diz: Tive um sonho: Sonhei que era um tapete na tenda do Sheik. Aí vaí no tapete que faz regressões e acaba acreditando que ERA o tapete que estava na tenda do Sheik. Mas ele não "é" este tapete, ele tem "fios" desse tapete. Quem assistiu o filme "O pequeno Budha" tem aqui a chave para entender como o Lama Dordje reencarna nos 3 personagens, no menino americano, na menina e no menino hindu.
Para nossa cultura que está apegada a personalidade isso é quase uma heresia, além do que o esoterismo comum aborda sempre a visão espírita da reencarnação.
Para o Xamanismo, assim como para o Sufismo, o Taoísmo e alguns ramos do Budhismo, não somos imortais.
Somos imortalizáveis.
Podemos, se trabalharmos arduamente, gerar em nós um centro perene e só então podemos dizer que vamos "reencarnar".
Antes disso somos aglomerados de karmas que herdamos de vários outros seres. Para o ego isso é a morte, não poder dizer: "eu já fui a rainha da França, o mago do Egito, na minha vida anterior, e tantas outras frases que servem para reforçar esse ego ilusório que, unanimemente em todas as tradições, nos mantém afastados das reais chances que temos.
Por isso toda iniciação começa pela morte.
Todo ritual tradicional começa pela morte do neófito, ou seja, sua libertação do aglomerado de "personas" que ele carrega e o início do gerar de seu centro real, permanente a partir do qual vamos começar nossa aventura de ir mais e mais além.
Aliás, o termo correto não seria pois reencarnação, mas transmigração.
O mesmo tema encontrei entre pessoas que estudaram profundamente certos mistérios gregos relacionados ao Pitagorismo, pessoas que estudaram algumas escolas druídicas, vamos encontrar em várias vertentes do Sufismo e do Budhismo.
Vou tentar usar uma analogia física para colocar essa ideia. Existe em Física um conceito chamado vetor. Um vetor é a expressão da força que atua sobre um corpo. Imagine um tijolo em cima de uma tábua estreita, na horizontal. A força da gravidade puxa o tijolo para baixo, mas a força normal mantém o tijolo em seu lugar, como soma dos dois vetores se anulam, podemos dizer que o vetor resultante é zero, daí que nada acontece, fica o tijolo onde está. Mas se colocarmos a tábua na diagonal, os vetores se alteram e o tijolo vai começar deslizar pela tábua.
A direção de deslocamento do tijolo é determinada pelo vetor resultando, que é a soma dos vetores envolvidos. Mas note que o vetor resultando, embora seja a única força notável no processo, pois determina a direção do deslocamento, não existe em si, é resultante, é a somatória de todos os vetores envolvidos. Para os xamãs e iniciados com os quais estudei o que chamamos de "eu" é este vetor resultante.
Embora pareça existir e seja mesmo o que notamos em nós como real, não tem existência em si, é fruto da interação de muitos outros fatores em nós. Basta alterar um desses fatores e tudo se altera. Assim pegamos as pessoas cada manhã acordando com um estado de espírito, com uma opinião diferente.
A partir daí o ser se torna uma individualidade, a partir daí o processo de resgate e realização do self acontece, a partir daí a individuação ocorreu e então é que começa a aventura do iniciado, estar vivo e atuante, senhor (a) de si num mundo instigante e misterioso.
Antes disso somos joguetes nas mãos de forças as mais diversas, memória coletiva, memória racial, força dos planetas, karmas raciais e tantas outras forças que nos tangem prá lá e prá cá, sem esquecer a mídia, a engenharia social e religiosa que os grupos que pretendem dominar o mundo estão sempre usando.
29/12/1999
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