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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Sobre os escritos do xamã Nuvem que Passa

Saudações aos quatro ventos!

Ao ler estes textos, textos que estão impregnados do intento dos xamãs do Antigo México, que estão prenhes do poder da consciência intensificada, recomenda-se uma atitude condizente, que opere na mesma frequência vibratória, que faça ressoar a consciência dentro do estado pelo qual tais textos foram concebidos. Tais textos foram concebidos como um ato de poder, dessa maneira a leitura também deve ser um ato de poder, um ato de sintonia com o intento ancestral, pois assim poderemos compreender esses textos verdadeiramente, assim poderemos nos deixar envolver pela magia que deles faz parte. 

Não podemos ler tais textos como se fossem textos comuns, não devemos lê-los em nosso estado ordinário de consciência. Devemos, para verdadeiramente ler e compreender tais textos, mover o nosso ponto de aglutinação, o próprio ato de ler deve ser um ato de poder, de consciência e de presença. 

O vento mágico que gerou tais textos foi uma verdadeira Ventania, varrendo de nossas mentes e corpos a mediocridade para instaurar o inusitado, o mágico, o milagroso. Tal vento continua a percorrer mundos, tal vento continua mesmo aqui e agora, basta abrir-se para ele através da atitude adequada, impecável. Tal vento é como Nuvem que Passa, tal vento é o próprio Espírito em suas infinitas e misteriosas manifestações. “E o vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” - João 3:8. 

Ou como diria o poeta Kiko Zambianchi: 

“Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde vou
Meu destino não é de ninguém
Eu não deixo os meus passos no chão
Se você não entende, não vê
Se não me vê, não entende
Não procure saber onde estou 
Se o meu jeito te surpreende”

O Espírito não tem tempo ou lugar, está no tempo e além dele, está aqui e logo já não está mais, depende de você, de seu intento, pois o espírito é o próprio intento, indefinível, inescrutável, misterioso e tão real para aqueles que se tornaram seres humanos reais devido ao trabalho sobre si mesmo.

O espírito se manifesta mesmo aqui, em bytes e bits, numa lista, no mundo virtual, permeia tudo e nada é. Apresenta-se como Nuvem, como Júlio, como Nagual, é simples e, ao mesmo tempo, original. 

Podemos acessá-lo aqui e agora através do rito, rito que atualiza o mito, rito do cocar, rito que usávamos na antiga lista Ventania, na qual tais escritos se apresentaram e que surgiu no vento outonal de abril de 2000, rito através do qual podemos navegar nossas consciências até a caverna de cristal de nossos ancestrais xamânicos e, ali, nos deixar envolver pela magia do cocar que escolheremos ou que nos escolherá para, então, podermos ler esses textos, frutos dessa fogueira virtual, sorvendo as vibrações que nos levarão para oitavas mais altas de compreensão e realização. De forma relaxada, focada, conscientes da respiração e com a mente silenciosa, usando a nossa imaginação consciente, nos desgrudamos dos afazeres diários e entramos numa outra sintonia através do rito, assim, poderemos ler tais textos no “mindset” adequado.

Na época recebíamos cada texto como se fosse um presente ou uma novidade inesperada ou, ainda, como na primeira cena de Neo em Matrix: toc, toc, toc, uma chamada para o despertar. Siga o coelho branco! Sim, tínhamos ânsias de despertar, sonhávamos de alguma forma com a possibilidade de nos deparar com o nagual, com o desconhecido, com o além da realidade ordinária. A pergunta nos consumia, pois sabíamos, sentíamos que havia alguma coisa de profundamente errada com o mundo: o que é a Matrix?

Época incrível aquela (tal como esta na qual alcançamos um ponto crítico, uma nova crise dos mísseis se desenha, agora no Oriente Médio, e o fantasma da guerra nuclear se levanta ao mesmo tempo que revelações extraordinárias ocorrem), as listas de discussão na internet fervilhavam, os chats do UOL se agitavam, a internet se revelava cada vez mais poderosa para através de sua teia virtual entrecruzar destinos fazendo o virtual transbordar para o real. O bug do milênio "bugou" e continuamos a operar em bits e  bytes cada vez mais intensamente na teia virtual da internet.

Na época usava um nick, Lanceloth do Lago, me interessava por Magia, Bruxaria, Ocultismo, ritos diversos, já tinha passado pela Umbanda e pela Gnose, caminhos que trilhava desde a adolescência, sempre ansiando por saber mais, conhecer mais, e naquela época, virada do milênio, estava muito em voga os temas do Sagrado Feminino, do culto à Deusa, algo bem no espírito dos livros “As Brumas de Avalon” ou do filme de John Boorman, Excalibur. Havia uma explosão cultural. Nos cinemas tínhamos filmes como Matrix (1999) e seus correlatos como 13º andar (1999), Equilibrium (2002) e Cidade das Sombras (Dark City - 1998). O Senhor dos Anéis (2001) estava para ser lançado nos cinemas. Parecia que do cinema vinha uma onda reveladora sobre o estado prisional em que vivemos neste mundo. O contexto cultural expressava um desejo de revelação, de arcano 20 do Tarô. E o mundo se molda (moldou) de acordo com o nosso intento. Logo estava participando de uma série de listas de Magia, Bruxaria, Wicca, Paganismo e conhecendo gente. Não demorou para irmos além das listas de discussão e nos encontrarmos na real, fazendo trilhas pela floresta da Tijuca, formando grupos de estudo e interagindo a partir das afinidades criadas nos mais diferentes níveis.

Como o tema Paganismo era muito vasto, nosso grupo de estudos resolveu dar um tema específico para  cada um apresentar e eu fui sorteado com o tema Xamanismo. Na adolescência tinha lido os livros do novo nagual Carlos Castaneda, tinha ficado fascinado com os temas de “O Presente da Águia” e de “O Segundo Círculo de Poder” e, apesar de não ter entendido quase nada, sabia num nível profundo que aquilo era real e que tinha a ver comigo. O tempo passou e a maldição da humanidade recaiu sobre mim: o esquecimento. 

Mas então, graças ao “acaso”, eis que me preparo para dar uma palestra no grupo Paganismo sobre Xamanismo Guerreiro. Não queria dar uma palestra meramente teórica, então, me dediquei a aprender os chamados Passes Mágicos ou Tensegridade e usei para tal o penúltimo livro do novo nagual. Fui envolvido pela energia daqueles movimentos e me tornei um praticante tenaz, obsessivo mesmo, a energia gerada pelos Passes Mágicos era, para mim, “viciante”, especialmente, devido ao estado de bem-estar e de percepção clara e aguçada que ela proporciona,  o que me fez querer aprender todos os passes mágicos possíveis e me juntei a dois praticantes, Carlitos e Laerte. Praticávamos em todos os locais possíveis: praças, parques, em casa, em estúdios mas tínhamos um lugar preferido para a prática: o Parque Lage, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, no costado da montanha que dava no Cristo Redentor, cartão postal da cidade maravilhosa.

A prática dos Passes Mágicos transformou meu corpo e mente, tornei-me mais centrado, eficiente no viver, mais sintonizado com a existência e os problemas pareciam não importar tanto, o que me fez lidar com eles melhor, nitidamente percebia meu poder pessoal aumentado, minha percepção intensificada, cheguei a aprender no sonhar um dos passes mágicos que foi apresentado depois no primeiro seminário de Tensegridade feito no Brasil: “rastreando a energia”. Quantos tesouros de conhecimento não temos guardados dentro de nós, em nosso lado esquerdo, no nagual? Conheci outros praticantes do Caminho do Guerreiro. O grupo de praticantes de Tensegridade cresceu e sentíamos o poder do trabalho em grupo, com todos os desafios próprios das relações humanas.

Ao mesmo tempo nos deparamos com o surgimento nas listas de discussão da internet com a avassaladora profusão de textos de alguém que se identificava como Nuvem que Passa. Estranhamente uma contradição se estabeleceu em mim, uma espécie de dualismo, algo em mim apreciava demais os textos do Nuvem, mas outra parte questionava se tudo não passava de uma tremenda viagem na “Hellmann’s Airlines”, havia, como ainda há, muita “esquisoterice” no assim chamado Xamanismo Urbano, afinal, estávamos diante de alguém que poderia ser simplesmente o integrante de uma outra linhagem xamânica diversa da linhagem de Carlos Castaneda, ou seja, uma outra linhagem vinha à público surfando nas ondas do conhecimento aberto à humanidade pelo novo nagual. 

A explosão de energia gerada pela exposição do Nagualismo estava sendo reforçada e incrementada por novos atores que usavam a internet como forma de propagar tal saber e gerar uma massa crítica de praticantes que pudessem sustentar um novo sonho, a revolução da percepção ou o “sonho dos mil gatos”. Correndo em paralelo, os agentes da Matrix também atuavam numa forte campanha de difamação e contra-informação com relação ao novo nagual e seu grupo, uma reação previsível do sistema contra um conhecimento tão revolucionário que expunha não só a natureza predadora da realidade, mas que revelava que nós humanos, somos repasto de inteligências alienígenas ancestrais que criaram nosso sistema religioso, nossa cultura e modo de vida escravo.

Agora uma coisa é ter contato com qualquer obra ligada ao Nagualismo e ficar na posição cômoda dos amantes de desconhecido, meros diletantes do saber, outra coisa é ter contato com o conhecimento vivo, expresso, encarnado, manifestado na energia do Nagual que vai necessariamente balançar as estruturas carcomidas de nosso ego e nos fazer ir contra o sistema de crenças estabelecido. Pílula vermelha (ser) ou pílula azul (não-ser), eis a questão.

Distinguir aquilo que é real do falso era e é o desafio, desafio que só se resolve pela prática e pelo caminhar com o coração. E o caminho tinha coração, corpo, voz e presença. Tinha sabedoria, nós o chamávamos de forma brincalhona, parafraseando o nagual Julian que se referia ao seu mestre Elias como nagual tonelagem, de xamã gigabyte, devidos aos longos textos… E tem, mas só pode ser percebido, de fato, quando entendemos que “há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrê-lo”. Temos aqui o nosso centímetro cúbico de oportunidade, nos cabe aproveitá-lo. Intentamos que a apresentação desses textos escritos como um verdadeiro ato de poder pelo nosso querido amigo Nuvem que Passa possa retribuir aquele aceno que foi feito pelo mítico pássaro da Liberdade, através da lista Ventania, na qual o vento do Espírito se fez soprar, para além dessa realidade ordinária, em vastas realidades.

Desde as Terras Altas da Mantiqueira, onde a chuva e o sol compõem uma luz toda própria neste momento, e ao olhar pela janela, à tarde, vejo as cores de Bifrost, a ponte do Arco-Íris, A Kuria Matte.

26/10/2023

F.



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

O mestre do silêncio: o sábio de Arunachala

"O silêncio interior, continuou ele, é a plataforma da qual tudo o mais é projetado pela feitiçaria. Em outras palavras, tudo o que fazemos nos conduz a essa plataforma, que, como tudo o mais no mundo dos feiticeiros, não revela a si mesmo a menos que algo gigantesco nos sacuda" - Don Juan Matus em O Lado Ativo do Infinito, de Carlos Castaneda.

Certa vez um xamã nos perguntou se poderíamos definir o Xamanismo em uma palavra e alguém disse: - silêncio. 

Conhecido como o mestre do silêncio, Sri Ramana Maharshi, é um exemplo da importância central de tal estado em todas as verdadeiras tradições espirituais. A seguir temos algumas perguntas respondidas por Ramana Maharshi sobre o tema do silêncio interior seguido de um documentário sobre a vida desse mestre, o sábio de Arunachala.

Discípulo: “A Graça não é o presente do Guru?” 

Maharshi: “Deus, Graça e Guru são sinônimos e também eternos e imanentes. O Eu já não está no interior? O Guru deve concedê-Lo com seu olhar? Se um Guru acha isso, ele não merece esse nome. 

"Os livros dizem que existem muitos tipos de iniciação – pela mão, pelo toque, pelos olhos e pela mente. Eles também dizem que o Guru faz alguns ritos com fogo, água, japa, mantras, entre outras coisas, e chamam essas performances fantásticas de iniciação, como se o discípulo se tornasse maduro somente depois de tais processos terem sido realizados pelo Guru. 

"Se o indivíduo é buscado, ele não será encontrado em lugar nenhum. O Guru é assim. Dakshinamurti é assim. O que ele fez? Ele ficou em silêncio; os discípulos apareceram na sua frente. Ele continuou em silêncio; as dúvidas dos discípulos desapareceram, ou seja, eles perderam suas identidades individuais. Isso é sabedoria, e não toda o palavreado que costuma ser associado a ela. 

"O silêncio é a forma de trabalho mais poderosa. Por mais extensas e enfáticas que sejam as Escrituras, o efeito delas é ineficaz. O Guru se mantém em silêncio, e a paz prevalece em todos. O silêncio dele é mais extenso e enfático do que todas as Escrituras juntas. Essas perguntas surgem por causa do sentimento de que, após passar tanto tempo aqui, após ter escutado tanta coisa, ter se esforçado tanto, a pessoa não conquistou nada. O trabalho que acontece no interior não é aparente. Na verdade, o Guru está sempre dentro de você.” 

D.: “Bhagavan dá iniciação?” 

M.: “O silêncio é a melhor iniciação, a mais potente. Isso foi praticado por Sri Dakshinamurti. O toque, o olhar, entre outras coisas, são inferiores. O silêncio muda os corações de todos. Não existe Guru nem discípulo. O ignorante confunde seu corpo com o Eu, assim ele considera que o corpo do outro é o Guru. Mas o Guru acha que o corpo dele é o Eu? Ele transcendeu o corpo. Não existem diferenças para Ele. Assim, o ignorante não é capaz de perceber o ponto de vista do Guru e do discípulo.” 

D.: “Vivekananda também disse que o silêncio é a forma mais alta de prece.” 

M.: “Isso diz respeito ao silêncio do buscador. O silêncio do Guru é a mais alta instrução. Também é a Graça em sua forma mais elevada. Todas as outras iniciações, como toque e olhar, derivam do silêncio e, portanto, elas são secundárias. O silêncio é a forma original. Se o Guru está em silêncio, a mente do buscador se purifica por si mesma.” 

Posteriormente, um trecho do Yoga Vasistha foi lido para Sri Bhagavan, indicando a iniciação pelo olhar e pelo toque. 

Sri Bhagavan comentou: “Dakshinamurti conservava o silêncio quando os discípulos se aproximavam d’Ele. Essa é a forma de iniciação mais elevada. Ela inclui as outras formas. É preciso haver um relacionamento entre sujeito e objeto estabelecido na outra iniciação. Primeiro, o sujeito precisa emanar, e depois o objeto. A não ser que esses dois estejam presentes, como alguém pode olhar para o outro ou tocar nele? A iniciação pelo silêncio é perfeita; ela inclui o olhar, o toque e o ensinamento. Ela purifica o indivíduo de todas as maneiras e o estabelece na Realidade.” 

Ao mesmo tempo, a importância da Iniciação e da afirmação de Sri Ramana Maharshi a respeito disso pode ser compreendida pela conversa a seguir. 

D.: “Alguém pode se beneficiar da repetição de sílabas sagradas (mantras) realizada casualmente?” 

M.: “Não. A pessoa precisa ser competente e iniciada em tais mantras.” Maharshi exemplificou isso com a seguinte história: “Um rei visitou seu primeiro-ministro em sua residência. Lá, disseram a ele que o primeiro-ministro estava ocupado com a repetição de sílabas sagradas. O Rei esperou por ele e, ao encontrá-lo, perguntou quais eram as palavras. O primeiro-ministro disse que eram as mais sagradas de todas, do Gayatri. O Rei quis ser iniciado pelo primeiro-ministro. Mas o primeiro-ministro confessou que era incapaz de iniciá-lo. Portanto, o Rei aprendeu com outra pessoa, e ao encontrar o primeiro-ministro, repetiu o Gayatri e quis saber se estava correto. O primeiro-ministro disse que o mantra estava correto, mas que não era adequado que ele dissesse. Quando pressionado por uma explicação, o primeiro-ministro chamou um escudeiro que estava por perto e ordenou que ele agarrasse o Rei. A ordem não foi obedecida. A ordem foi repetida várias vezes, mas continuou sem ser obedecida. O Rei se enfureceu e ordenou que o mesmo homem agarrasse o ministro, o que foi feito de imediato. O ministro riu e disse que aquele incidente era a explicação que o Rei tinha pedido. ‘Como?’, perguntou o Rei. O ministro respondeu, ‘A ordem foi a mesma, e quem a obedeceu também, mas a autoridade foi diferente. Quando dei a ordem, o efeito foi nulo, mas quando você deu a ordem, o efeito foi imediato. É a mesma coisa com os mantras.’”

O Sr. Mac Iver fez uma entrevista com Sri Bhagavan e falou sobre iniciação. 

Sri Bhagavan perguntou: “O que é essa iniciação?” Depois de uma pausa, Ele continuou: “A iniciação tem vários tipos: por palavra, pela visão, pelo toque, e assim por diante.” 

D.: “A de Bhagavan é a iniciação silenciosa, não é?” 

M.: “Sim, é a forma mais elevada de iniciação.” 

D.: “Ela se aplica apenas ao caminho da Autoinvestigação?” 

M.: “Todos os diferentes caminhos estão incluídos no caminho da Autoinvestigação.” 

Depois de uma pausa, Sri Bhagavan falou que as pessoas que iam até lá eram trazidas por alguma Força misteriosa que cuidaria de suas necessidades. A conversa praticamente se encerrou com isso. 

D.: “Como o Guru é encontrado?” 

M.: “Deus, que é imanente, em Sua Graça se compadece do devoto dedicado e Se manifesta de acordo com o desenvolvimento dele. O devoto acha que Ele é um homem e espera um relacionamento como se fosse entre dois corpos físicos. Mas o Guru, que é Deus ou o Eu encarnado, trabalha no interior, ajuda o homem a enxergar que ele está errado e o orienta para o caminho correto, até ele realizar o Eu no seu interior.” 

D.: “Então, o que o devoto deve fazer?” 

M.: “Ele só precisa seguir as palavras do Mestre e trabalhar interiormente. O Mestre está tanto no ‘interior’ quanto no ‘exterior’, então Ele cria condições para que você se mova para o seu interior, e ao mesmo tempo prepara o ‘interior’ para arrastá-lo até o Centro. Assim, Ele dá um empurrão do ‘exterior’ e exerce uma força do ‘interior’, para que você possa se fixar no Centro.” 

D.: “Qual é a Graça do Guru? Como ela leva à Autorrealização?” 

M.: “O Guru é o Eu... às vezes, durante a vida, o homem fica insatisfeito com ela e, por não estar contente com o que tem, busca realizar seus desejos por meio de preces a Deus, entre outras coisas. Sua mente se purifica gradualmente até ele desejar conhecer Deus mais para obter a Graça d’Ele do que para satisfazer seus desejos mundanos. Assim, a Graça de Deus começa a se manifestar. Deus assume a forma de um Guru e aparece para o devoto, ensina-lhe a Verdade e, além disso, purifica a mente dele por associação. A mente do devoto se fortalece e, então, consegue se voltar para dentro. Com a meditação, ela se purifica ainda mais e permanece imóvel, sem a mínima ondulação. Essa vastidão calma é o Eu. 

"O Guru é tanto ‘externo’ quanto ‘interno’. Do ‘exterior’, ele dá um empurrão para que a mente se volte para dentro; do ‘interior’, Ele puxa a mente em direção ao Eu e ajuda a aquietá-la. Essa é a Graça do Guru. Não há diferença entre Deus, Guru e o Eu.

"Você acha que o mundo pode ser conquistado pelos seus próprios esforços. Quando você se frustra externamente e se volta para dentro, você sente ‘Ah! Existe um Poder superior ao homem!’ 

"O ego é como um elefante muito forte que só pode ser controlado por algo tão forte quanto um leão. Neste caso, o leão é ninguém menos do que o Guru, cujo olhar faz o ego-elefante estremecer e morrer. 

"No momento certo, você saberá que sua glória se encontra onde você (ego) deixa de existir. Para alcançar esse Estado, você precisa se entregar. Assim, o Mestre vê que você está no estado apropriado para receber orientação, e Ele o orienta.” 

D.: “Como posso obter a Graça?” 

M.: “A Graça é o Eu. Isso também não é algo a ser adquirido; você só precisa saber que ela existe. 

"O Sol é apenas brilho. Ele não enxerga a escuridão. No entanto, você fala de escuridão e foge da aproximação do Sol. Como o fantasma da escuridão, a ignorância do devoto também desaparece com o olhar do Guru. Você está cercado pela luz do Sol, mas para vê-lo você precisa se virar na direção dele e olhar para ele. Da mesma maneira, a Graça é encontrada pela sua abordagem correta, apesar de ela estar presente, aqui e agora.” 

D.: “A Graça não pode acelerar o amadurecimento do buscador?” 

M.: “Deixe tudo nas mãos do Mestre. Entregue-se a ele incondicionalmente. 

"É necessário fazer uma dessas duas coisas: ou você se entrega por perceber sua incapacidade e precisar de uma força superior para ajudá-lo, ou você investiga a causa do sofrimento, vai até a Fonte e se funde com o Eu. Nos dois casos, você se livra do sofrimento. Deus ou o Guru jamais abandonam o devoto que se entregou.”



domingo, 2 de fevereiro de 2025

Magia e Política

Há uma estreita ligação entre magia e política, entre sociedades secretas e governos, o maior exemplo disso é a nota de um dólar, devido ao seu vasto simbolismo maçônico.

Outro exemplo: por que na entrada/saída de cada cidade vemos aquele símbolos maçônicos?

Os Nazis tinham verdadeiramente obsessão com o ocultismo. Eles eram adoradores do chamado Sol Negro e usavam médiuns em seus rituais. Aliás, o nome do segundo livro de Hitler é A Nova Ordem Mundial, ou seja, essa é mais velha do que quer parecer. A Nova Ordem Mundial foi anunciada por Bush Pai em 11 de setembro de 1991. Também foi em 11 de setembro de 1973 que o governo legítimo de Allende foi derrubado no Chile com apoio estadunidense. Temos o atentado terrorista feito pelo governo estadunidense de 11 de setembro de 2001. O que há no 11 de setembro além da coincidência? O onze é considerado um número mestre na Numerologia.

Presidentes e ex-presidentes estadunidenses foram flagrados pela câmera de Alex Jones oficiando um ritual a um deus de sacrifícios humanos


O deputado republicano pelo Tennessee Tim Burchett afirma que "sessões espíritas clássicas" tem sido conduzidas para se acessar tecnologias alienígenas(!), ele é um dos representantes do Congresso dos EUA que lidera a investigação sobre o fenômeno OVNI.

Acreditem se quiserem, mas isto está gravado. Corporações privadas resolveram contratar ex-militares treinados para ter habilidades psíquicas (psionics: termo que combina habilidades psíquicas com tecnologia eletrônica) para se comunicarem com inteligências não-humanas, conforme entrevista de um grande investidor estadunidense, para conseguirem acessar tecnologia alienígena.

O mito cristão que envolve pactos com o capiroto pode ter fundamentos na busca de poder via contato com seres alienígenas ou forças fora deste mundo? Perguntar não ofende e os relatos recentes de autoridades estadunidenses, apesar do viés religioso de alguns, não pode ser ignorado.

Considerar magia e política como coisas que não se misturam é algo bastante ingênuo. Hoje o pior tipo de magia, a magia que visa escravizar a vontade de muitos à vontade de poucos, usa não só das ferramentas rituais mágicas e dos símbolos místicos que encerram vontades em forma de sigilo, mas da psicologia, da cimática, da propaganda, das mensagens subliminares, de certas ideologias, do poder da autoridade científica ou acadêmica para impor uma visão de mundo que nada mais é que uma vontade originalmente formulada magicamente. Lembremos que a Magia, desde sempre, incorporou em si uma série de ciências que hoje são estudadas em separado. Magia é a arte e a ciência que visa expressar uma Vontade dentro de uma formulação visando um objetivo. Lembremos de iniciados como o famoso Conde de Saint Germain (na imagem do post), transitava como ocultista pela política das cortes europeias em séculos passados e é dele a ideia de que hoje em dia na política a pior forma de magia é praticada.

Um dos últimos discursos de John Kennedy antes de ser assassinado foi uma crítica incisiva, ao secretismo, às sociedades secretas, ao encobrimento, aos segredos de Estado que em nome da segurança nacional ameaçam os seus cidadãos e isso foi um dos motivos de sua morte. O vídeo no link acima fala por si mesmo. No dia em que os arquivos do assassinato de JFK forem abertos teremos (mais) uma revelação que mostrará como as sociedades secretas estão imiscuídas dentro do aparato estatal.

Sinal de Fumaça

Pranayama, a ciência do alento

Apresento esse texto porque a prática do pranayama é fundamental para o domínio e redistribuição da energia para aqueles que seguem pelo cam...