sábado, 19 de setembro de 2015

Não há um caminho, a não ser ver o caminho em tudo

A vida de um dos mestres do Zen Budismo: Dogen. A realização do paraíso na Terra através da vivência do presente, do aqui e do agora.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sobre a impecabilidade

Nós não perdemos para os outros e nem para as situações, nós perdemos para as nossas próprias emoções negativas. Nós perdemos para o ódio, para a auto-importância, para a nossa inveja, gula e cobiça. E o que nós perdemos? A nós mesmos e o melhor dos outros. Perdemos a nossa impecabilidade, energia e saúde. Perdemos a nossa alma.

O filme a seguir é uma bela reflexão sobre o tema:




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Os governantes não governam, gerenciam; quem governa tá atrás

"Os governantes não governam, gerenciam; quem governa tá atrás", não dá a cara à tapa - grandes bancos e empresas -, os cartolas do mundo financeiro.

Dica excelente do Marcelo Juchem Manes, mostra um ser humano questionador, que valoriza o ser mais que o ter, um guerreiro que assumiu sua própria forma de viver no mundo.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Palestra de Carlos Castaneda no Seminário de Mulheres em Los Angeles

OPalestra de Carlos Castaneda no Seminário de Mulheres em Los Angeles

O ponto de aglutinação dos homens olha para fora e o das mulheres para dentro. Isto proporciona uma maneira diferente de interpretar e de perceber, uma visão diferente das coisas. Os bruxos têm insistido desde sempre nessa grande diferença entre homens e mulheres.

Segundo o mundo dos bruxos, as mulheres sabem coisas de uma maneira natural.

Sabem de uma forma que a mente masculina não pode conceber.

A socialização demanda que os homens ditem as normas, o que faz com que se sintam “sagrados”.

Para que este processo funcione, a socialização destroçou as sensações femininas.

As mulheres são mais inteligentes, mas não estão interessadas na taxonomia, em estabelecer categorias. "Taxonomizar" é uma condição masculina. Deixem que eles estabeleçam suas categorias e medidas, vocês não têm por que fazê-lo. Para que teriam que fazê-lo?

Vocês devem ser conscientes do que os homens têm feito a vocês. Inclusive o desejo de liberação, do último século, por parte das mulheres tem sido criado e induzido pelos homens. Desta forma a mulher “liberada” repete os padrões masculinos.

Eles brincam com o papel de “coitados bebezinhos” que vocês cuidam e amamentam. Por que o permitem?

Mas pelas suas próprias características as mulheres carecem de uma filosofia definida, de um sistema de pensamento que possa lhes servir de suporte para sustentar um propósito. O homem bruxo que têm alcançado um nível de sobriedade pode lhes proporcionar este sistema de pensamento. Este é o suporte que pode sustentar uma nova forma de viver.

Don Juan era um homem, mas não era em absoluto um macho, tinha eliminado a raiz do machismo em si mesmo. Para homens e mulheres aceitar que somos seres que vamos a morrer implica num novo arranjo.

Se seguirmos nos comportando como imortais nada novo pode nos acontecer.

As mulheres estão capacitadas para deter o fluxo de pensamentos, podem exercitá-lo com facilidade e entrar num estado quase “vegetativo”, quando estão submetidas a pressões físicas ou psicológicas fortes. Mas a falha radical é que a mulher não é persistente. Têm logrado este estado parcialmente, simplesmente porque são mulheres, sem esforço. Sua indiferença é outro resultado da socialização do macho.

Mas os bruxos querem dar a esta capacidade um propósito transcendente: que esta parada do fluxo de pensamento não se leve a cabo por pressões, por fuga, raiva ou tristeza, mas por um propósito plenamente consciente e dirigido.

Para isto a bruxa precisa se disciplinar num grau extremo.

Desde nosso ponto de vista o grande erro do mundo bruxo de Don Juan foi o seu isolamento, um isolamento que foi mantido de geração em geração e que talvez tenha relação com a preponderância feminina dos grupos de bruxos. As mulheres são muito insulares.

Nós terminamos com esse isolamento. Um seminário deste tipo nunca foi feito antes.

Talvez não possa convencer ninguém, não possa alcançar ninguém, mas estou tentando fazê-lo.

Se as mulheres conseguissem, através da disciplina, deter seu fluxo de pensamentos o que não seriam capazes de ver?

A Tensegridade as ajuda neste propósito, a Tensegridade fala por si mesma.

As mulheres costumam pensar “estou louca”. Isso é a socialização. Não estão loucas em absoluto, simplesmente são mulheres! E essa loucura pode se converter em algo delicioso. Mas vocês vivem de acordo com as idéias dos machos e ainda as interiorizam. Isso sim é loucura.

Tenho visto “garotos bonzinhos” ao meu redor, muitos garotos bonzinhos e submissos que procuram me agradar.

Mas nunca conheci “garotas boazinhas”.

Não levo a serio a mim mesmo. O que é serio para mim é o que faço, e o que faço é a única avenida possível que fui capaz de encontrar, a mais poderosa. Precisa-se de uma grande sobriedade para decidir o que nos esgota no mundo cotidiano.

Aos homens fascina estar num altar. Fascina, e as mulheres o permitem. Exceto em famílias que praticam uma educação equilibrada, de uma mulher ninguém se ocupa a não ser que se case e forme uma família. As mulheres têm sido socializadas para serem inimigas entre si, para serem competidoras. Na realidade todos os homens buscam em vocês as suas “mãezinhas”.

Encarem duma vez o fato de que são mulheres. Chegará o momento em que vocês serão forçadas a cooperar entre si se quiserem que o mundo sobreviva. A raça humana desaparece. Somente vocês são poderosas, mas adoram brincar de ser “menininhas eternas”.

Dentro de todos nós existe um fluxo de conhecimento. Através dele desenvolvemos estados subjetivos que podem se intercambiar e que criam um campo de intersubjetividade que possibilita a comunicação entre as pessoas. Mas a não ser que experimentem as ações práticas do mundo dos bruxos, não há forma de compartilhar com os bruxos uma intersubjetividade. Falar somente de nós mesmos nos impede de ser conscientes do fluxo de energia. Há que forçar o estado de silêncio interno.

Compartilhar a intersubjetividade dos bruxos pode se iniciar com a Tensegridade. Seus movimentos não foram inventados, e sim descobertos, segundo Don Juan entre sete mil e dez mil anos atrás. Os movimentos são um atalho para aquietar o diálogo interno. Não podem mudar essa possibilidade pelas idéias que os homens lhes deram, não é justo que o façam. Façam a Tensegridade como se não existisse o amanhã, porque de fato não existe. Vamos morrer. Que enorme conselheira é a Morte!

Quero lhes dar idéias racionais, um “corpus” de conhecimento a partir do qual possam tomar uma decisão. Eu não as necessito, mas quisera lhes dar minha sobriedade. E quisera ficar para ver a explosão, mas não tenho tempo. Estou indo embora.

Mas a minha pressão sobre vocês não pode de maneira alguma ser pessoal. Isso seria opressão. Vocês têm que decidir individualmente que querem fazê-lo. Como mulheres podem fazê-lo!

Ver que algo assim pode acontecer é para mim enormemente excitante. Será possível? Eu espero que sim, mas não sei.

Dependo de ter sucesso no meu propósito de alcançá-las sobriamente.
Seus pais demoraram anos em socializá-las, agora deverão trabalhar anos para romper essa socialização.

Em 1985 a Mulher Nagual voltou e isto mudou por inteiro o mundo de don Juan. Então nos encontramos totalmente sozinhos, fazendo algo novo que nunca foi intentado antes. Preciso de tempo. Talvez vocês possam ser uma razão de peso para que este tempo me seja concedido.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Neurônios ao Nirvana: documentário



Neurônios ao Nirvana é a favor da pesquisa cientifica mais profunda sobre os Psicodélicos.

Durante sete meses, em 1953, William S. Burroughs (N.T. escritor, pintor e crítico social norte-americano, fez parte da geração Beat e escrevia sob efeito de psicodélicos) viajou através das selvas da América do Sul em uma expedição para encontrar a substância quase mítica ayahuasca (“yage“, como ele prefere chamá-la). Burroughs, na esperança de largar o vício, mas também de experimentar o chamado “turismo de espaço-tempo” e as qualidades telepáticas da substância, documentou uma grande quantidade de suas aventuras e desventuras em cartas a Allen Ginsberg. As cartas, escritas em estilo sinuoso típico de Burroughs, viriam a ser publicadas como The Yage Letters pela City Lights.

Poder-se-ia quase dizer que Burroughs foi o primeiro turista ayahuasqueiro norte-americano. Sempre em uma jornada essencialmente inútil para largar heroína, Burroughs procurou quaisquer substâncias que poderiam ajudar—sendo apomorfina uma delas. Embora nenhuma tenha funcionado, Burroughs parecia ter sentido alguma coisa com a yage. Porque nos últimos anos, a investigação científica agora sugere que a ayahuasca e outras substâncias psicodélicas podem ajudar no tratamento da dependência química.

Entra o diretor Oliver Hockenhull, que discretamente foi fazendo um documentário sobre os psicodélicos como medicamentos nos últimos anos. Quando Giancarlo Canavesio, fundador da Mangusta Productions e Mangu.tv descobriu que Hockenhull estava perseguindo o projeto, ele se ofereceu para ajudar. Canavesio está ajudando com a distribuição, colocando o filme em festivais e cinemas, enquanto produtor de filmes Mikki Willis da Elevate está ajudando com o processo de edição.

O filme Neurônios ao Nirvana, lança um olhar sobre a história e o futuro da investigação científica de cinco substâncias psicodélicas: LSD, a psilocibina, a ayahuasca, MDMA, e cannabis. Nele, vários cientistas e especialistas altamente considerados no campo falam sobre o potencial medicinal dessas drogas. Os cineastas são cuidadosos em suas abordagens. Cada um deles ressaltam que estudos científicos e vocabulário, apresentados de uma forma tradicional, são necessários para educar o público sobre a medicina psicodélica. Eles perceberam que estão diante de muita desinformação governamental—para não mencionar as grandes indústrias, e paranoia sobre psicodélicos.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O vento será tua herança

Será possível em pleno século 20 um homem, um professor de escola pública ser preso por ensinar a teoria da evolução das espécies? Sim.

A intolerância ideológica, o dogma religioso, o preconceito intelectual supera o tempo. Vemos isto ainda hoje quando o Congresso Nacional é tomado por uma bancada de parlamentares que seguem o fundamentalismo evangélico.

A batalha aqui e agora não é o bem versus o mal, é o conhecimento contra a ignorância, pois interessa aos grupos dominantes que se apossaram do Estado brasileiro manter as mentes dopadas seja pelo fanatismo religioso, pela mediocridade cultural, pela água fluoretada e clorada, por condições trabalhistas injustas (vide terceirização), pela falta de transparência com relação à produtos transgênicos.

Será o vento a nossa herança?

Que seja o vento do conhecimento.



O Vento Será Tua Herança (Inherit the Wind, 1960)

• Sinopse: Numa cidade marcada pela forte presença da comunidade religiosa, professor é preso por ensinar a Teoria da Evolução de Darwin. O caso vai para o tribunal, onde acontece uma série de inflamados debates ideológicos, que mexem com a localidade e com seus habitantes. Baseado em caso real ocorrido em 1925.
• Direção: Stanley Kramer
• Roteiro: Jerome Lawrence (peça), Robert E. Lee (peça), Nedrick Young (roteiro adaptado), Harold Jacob Smith (roteiro adaptado)
• Gênero: Drama/Histórico
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 128 minutos
• Tipo: Longa-metragem
Elenco
• Spencer Tracy Henry Drummond
• Fredric March Matthew Harrison Brady
• Gene Kelly E. K. Hornbeck
• Dick York Bertram T. Cates
• Donna Anderson Rachel Brown

terça-feira, 24 de março de 2015

Filtros da realidade

Nossos “eus” filtram a realidade em nossa volta.

Alguns “eus” são muito difíceis de observar, devido ao poder hipnótico que exercem sobre nós.

Cada “eu” forma um pequeno mundo momentâneo no qual penetramos quando nos identificamos com ele.

Cada “eu” forma um pequeno mundo momentâneo no qual penetramos quando nos identificamos com ele.

Cada “eu” forma um pequeno mundo momentâneo no qual penetramos quando nos identificamos com ele.

Alguns dos egos que estão em nós são muito perigosos e nunca deveríamos permitir que falassem por nosso intermédio ou que se denominassem “Eu”. Contudo, isso é fácil de dizer e muito difícil de fazer. Uns são “eus” receosos, sua ação consiste em transformar as coisas ou, mais bem conectá-las de outro modo. Estão representados no Centro Intelectual de um modo muito sutil. Transpõem os fatos para que se conformem com sua teoria principal, isto é, com a natureza de sua suspeita.

Sua atividade, e de fato, o deleite desses “eus”, radica em diferentes formas de fala mecânica. Tente observar-se quando está caluniando, tanto mentalmente como em palavra, e trate de entender que são certos “eus” em você, os que fazem isso, reparemos no que dizem e no que lhes produz prazer e como costumam aflorar em nós e entrar em atividade, dependendo da situação e predominância de determinado centro.

Entender que não há necessidade de acompanhar a esses diversos “eus” habituais é a aurora de uma nova vida.

É o começo da compreensão do que significa o trabalho pessoal.

É necessário estar observando, nós mesmos, para perceber os “eus” da preocupação, os “eus” que gostam de complicar e fazer tudo difícil, os “eus” sensacionalistas, os “eus” que gostam de estar doentes e atraem a doença, os “eus” que adoram se fazer de vítima.

Os “eus” estão especializados, os eus mais ou menos similares formam grupos, e estes costumam formar “personalidades” dentro da personalidade geral. Um simples “eu”, pode chamar uma legião de outros “eus” por associações automáticas redirecionando a energia dos centros para a execução de determinado condicionamento onde a consciência não participa.

A detenção dos pensamentos e o relaxamento, cuja prática cotidiana é tão importante, é uma forma de auto-recordação. A auto-observação sem a auto-recordação é simplesmente uma prática sem valor. Quando estamos identificados com nossos pensamentos, sentimentos, emoções, com nossos monólogos interiores, com nossas auto-justificativas, etc., estamos impossibilitados de recordar-nos a nós mesmos. Estamos no meio do ruído, no meio da multidão. Um ato de auto-recordação é a tentativa de fazer-nos regressar ao interior de nós mesmos, ao nosso verdadeiro centro de gravidade.

Flávio

Sinal de Fumaça

A Chave Secreta para o Empoderamento

Saúdo a Fonte Eterna em mim e em tudo. Estou atuando a partir do centro da verdade. Que todos os impedimentos sejam removidos. Imagem gerada...