terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Por que Eu Não Sou Mais Um Trabalhador da Luz?


Escrito por Cameron Day, em 23 de agosto de 2013

Traduzido por Uni, em 26 de outubro de 2015

Não, não me voltei para o lado nego, ao invés disso estou transcendendo os lados. Este artigo é provavelmente a obra mais importante que já escrevi até hoje e com o objetivo de transmitir a mensagem por completo será necessário contar um pouco sobre algumas histórias passadas. Aguente firme e ao final você irá compreender porque nunca mais irei chamar a mim mesmo de “trabalhador da luz”.

O planeta Terra e também muito desse canto do universo têm estado por muito muito tempo sob um encantamento, um feitiço que lança dúvidas em nossas mentes a respeito de se estamos ou não em conexão à fonte infinita de toda a criação.

Este encantamento lançado a partir dos domínios celestes em direção a este cruel mundo cão, nós faz sentir solidão, vulnerabilidade e isolamento. Este feitiço é pura ficção, a enganação da mais alta ordem, mas ele arraigou-se profundamente e permanece ativo neste e em outros mundos.

Intrinsicamente inserido neste encantamento holográfico está a noção de que a dualidade e polaridade são aspectos naturais da vida e que nós devemos servir a um lado ou ao outro. Este simples e elegante dogma binário se tornou tão proeminente que nós perdemos de vista a grande tela holográfica a partir da qual este encanto foi lançado. De fato, nós perdemos de vista a totalidade do holograma acreditando que a soma destas pseudo metades compõe “tudo aquilo que é”.

Os humanos tem sido condicionados a venerar a ilusão holográfica e os agentes que a perpetuam. Este holograma tem sido chamado pelos hindus (sindhus) de maya e os gnósticos se referem a ele como o Demiurgo corrupto. Acho este termo uma denotação extremamente precisa, e a partir de agora vou me referir ao implante/implantador do falso paradoxo dual como o Demiurgo corrupto.

Trevas Contra (Falsa) Luz – A dualidade do Demiurgo

Com o objetivo de capturar e controlar o maior espectro possível de almas, o Demiurgo corrupto dividiu seus agentes em dois times aparentemente opostos: Trevas contra a (falsa) Luz.

Nem todo mundo pode ser santificado, então deve haver espaço para a corrupção entre os demiurgos, e contanto que todo mundo envolvido esteja sob sua influência, tudo bem para eles, pois o que importa aos demiurgos é que nós os veneremos ou a um de seus agentes, tanto faz se são os do grupo da (falsa) luz ou os do grupo das trevas. Os atores deste drama cósmico multidimensional possuem muitos nomes, sem dúvida você já ouviu falar a respeito de alguns dos guias, como por exemplo: Lúcifer, Jeová, Belzebu, Arcanjo Miguel, Satã (personagem distinta de Lúcifer), Ashtar, dezenas de ar(chon)anjos, supostos mestres ascensionados e muitas outras entidades canalizadas.

Enquanto algum desses seres atuam do lado negro, outros operam no time da (falsa) luz e todos eles estão em última instância trabalhando em prol do Demiurgo corrupto que os controla. Este, em essência, é o grande segredo dos archons: Eles não são apenas os maléficos seres demoníacos, mas também aqueles que se insinuam como anjos e mestres ascensionados.

Qual é o Objetivo de Toda Essa Manipulação?

O Demiurgo corrupto é um sistema entrópico de separação artificialmente induzida da consciência e este está morrendo lentamente. Eles dependem da vampirização da energia das almas encarnadas neste mundo para que possam manter sua existência. Com o objetivo de extrair a maior quantidade possível de energia das almas foi criado o paradigma da dualidade, luz/trevas, para garantir que todos os seres encarnados em um mundo que está sob a sua influência irão funcionar como como uma “bateria/pilha espiritual” com o propósito de manter os demiurgos vivos e atuando. As “boas” almas irão procurar o (falso) time da luz, e as almas “más” irão procurar o time das trevas, mas desinformadas, a maioria das almas estará servindo ao mesmo sistema.

Com o objetivo de manter o jogo da dualidade interessante para seus participantes os demiurgos produziram camadas de existência com diferentes densidades, através das quais os seres “iniciados” nos caminhos do lado negro ou luminoso podem ascender. Isso dá aos seres que se movem através dessas diferentes densidades a sensação de realização, porém o fato é que estão navegando através do labirinto da ilusão demiúrgica. Integrantes dos níveis mais altos da hierarquia sabem que estão em um sistema de auto servidão, porém estão contentes com o acordo pois podem conferir poder e receber energia dos seres mais abaixo.

E a “Hierarquia Espiritual"?

A maioria dos seres canalizados irão proclamar serem afiliados com a (falsa) hierarquia espiritual baseada na luz, a qual inclui “arcanjos”, “mestres ascensionados” e “bons E.T.s”. São milhares de mensagens canalizadas e a cada dia aparecem mais delas. O velado segredo sombrio é que estes seres são mantidos pelos demiurgos e estão deflagrando uma batalha psicológica sobre as pessoas que não querem se associar à nenhuma das estruturas formais de religião.

Em outras palavras, a “nova era” é uma operação psicológica multidimensional projetada para canalizar a energia da alma dos que “creem nesses ensinamentos” para os professores “ascendidos” e assim alimentar e manter os demiurgos e seu sistema. Outro de seus segredos é que os assim chamados “mestres ascensionados” que compões esta horda sombria nunca tiveram uma encarnação humana.

Estes são seres incrivelmente traiçoeiros que estão levando a cabo uma operação para captar a energia da veneração. No universo verdadeiro, não traiçoeiro, ninguém os veneraria, mas no “sub universo” dos demiurgos corruptos eles conseguem enganar as pessoas de bom coração para que estas emanem fluxos de energia do amor, devoção e exaltação para eles. Com relação aos “ar(chon)anjos”, estes estão mais ou menos na mesma categoria. Eles não estão alinhados com a fonte infinita de toda a criação, mas ao invés disso servem a um ser inferior que se posta como sendo o criador: o Demiurgo corrupto. De modo que eles não são de forma alguma o que eu chamaria de anjos.

Em honra a verdadeira natureza traiçoeira desses seres, tenho conferido a eles um rótulo novo e mais preciso: A mentirarquia espiritual. 

O Lado Negro Faz Com que a Falsa Luz Pareça Boa

Os dois times precisam representar seus papeis de forma convincente e o time negro tem se empenhado com esmero em sua tarefa, atuando como uma corja de vilões prontos para matar, violentar, torturar e fazer toda a sorte de coisas depravadas das quais eles podem sair impunes.

O lado negro é projetado para ser extremamente repulsivo de forma que a maioria das “boas almas” corram para a ponta oposta desse paradigma polar, direto para o suporte amoroso de alguma dessas falsas religiões patriarcais da luz, ou então para as religiões da nova era com suas legiões de “mestres” e canais.

A Terra tem sido um planeta difícil de ser totalmente controlado pelos demiurgos. Os seres humanos já foram muito conscientes de sua conexão com a fonte infinita de toda a vida, e esta consciência tem sido mantida por indivíduos espiritualizados durante todo reino das trevas sobre este planeta. E pelo fato de não ser possível extirpar de nós esta consciência, foi desenvolvido um plano sombrio para cooptar a natureza espiritual dos seres humanos.

Primeiramente foram constituídas as religiões patriarcais, as quais foram impostas sobre a maior parte possível das pessoas neste planeta. Durante a maior parte da história, qualquer pessoa que não aderisse a uma das maiores religiões, era considerada degredada. Isto durou até o último século, quando o “movimento teosófico” nasceu e estabeleceu as fundações para o “movimento da nova era” que emergiu nos anos 50, 60 e 70. Desde então o ”movimento da nova era” tem continuado a ganhar impulso e tem atraído a grande maioria das pessoas que se distanciaram da hipocrisia das religiões patriarcais. O Demiurgo corrupto parece ter uma “resposta a mão” pra quaisquer insatisfações interiores que possam afligir os humanos. Se a religião não funcionar para atrair um indivíduo então a nova era irá cair como uma luva. Para o Demiurgo tudo dá na mesma, desde que escolhamos um lado sob seu domínio. É por este motivo que precisamos todos juntos transcender os lados.

Os Canais Têm Sido Enganados

Escrevi um artigo em 2011 sobre alguns dos problemas com relação as mensagens canalizadas. Se a religião pode ser chamada de o “ópio das massas” então as mensagens canalizadas seriam o “ópio das minorias”. Toda mensagem canalizada vinda da mentirarquia espiritual é essencialmente a mesma quando despidas da ornamentação usada para contextualizar a mensagem. Assim são todas as mensagens modernas canalizadas, condensando em poucas linhas:

“Prezados, vocês são imensamente amados por nós na mentirarquia espiritual. Esperamos nos reunir à vocês, pois vocês são nossa querida família perdida. Sejam fortes e continuem emanando luz, porque nós faremos nossa presença ser notada por vocês em breve. Fiquem aguardando (e sofrendo) esperançando que venhamos e resgatemos vocês dessa situação em que se encontram. Quando chegarmos construiremos uma era (cela) de ouro para vocês na Terra.”

Costumava pensar que esta desinformação nauseante vinda do “Archon Anjo Miguel”, “Saint German” e outros era o resultado da interferência do lado negro se apoderando dos canais sem que estes o soubessem. O que eu não compreendia quando escrevi “quem verdadeiramente está neste canal” é que as transmissões feitas por seres verdadeiramente positivos não estavam sendo interceptadas e corrompidas pelo lado negro, mas que ao invés disto as mensagens estavam vindo diretamente dos seres da “falsa luz”, a mentirarquia espiritual.

Os “Trabalhadores da Luz” têm sido Completamente Usurpados

Em 1998 foi a primeira vez em que entrei no campo da limpeza energética, nunca tinha ouvido o termo “trabalhador da luz” antes, nem mesmo imaginava que este termo já houvesse sido cunhado, foi só por perto do ano 2000 que este chegou aos meus ouvidos, e este me soou muito estranho no momento e agora eu compreendo o porquê.

A “luz” para a qual a mentirarquia espiritual está tentando nos angariar como trabalhadores é a falsa luz da dualidade demiúrgica. Veja, existe um esforço maciço em andamento sendo levado a cabo por seres que agora chamo de “Agentes Divinos” com o objetivo de obliterar completamente o Demiurgo corrupto. Quando isto acontecer todos os seres que receberam energia através dos demiurgos terão de devolver toda a energia roubada e terão de encarar as traições que estavam realizando. Nenhum deles quer que isto aconteça, então eles montaram um plano brilhante para sabotar todo este esforço.

O plano era simples; Abordar todos os “Agentes Divinos” encarnados, frequentemente em estado de sonho mas algumas vezes durantes cenários de “abdução alienígena” e dizer a eles que para que pudessem completar suas missões eles precisariam “trabalhar para a (falsa) luz” e receber ordens da mentirarquia espiritual.

Este plano funcionou incrivelmente bem, principalmente por que os “Agentes Divinos” estavam tendo um momento difícil vivendo na Terra. As sociedades aqui são maldosamente alavancadas, distorcem e violam a espiritualidade, a densidade vibracional é pesada, nossas memórias são basicamente apagadas e geralmente gostaríamos de não estar aqui. Então qualquer ser que emanasse luz (mesmo a falsa luz) e amor poderia fazer com que um Agente Divino se sentisse como se estivesse fazendo um contato válido com seres verdadeiramente divinos.

Ainda me lembro do meu recrutamento pela falsa luz que ocorreu quando eu tinha 6 anos de idade em uma experiência de sonho extremamente vívida. Eles me convenceram que eu estaria realizando minha missão como Agente Divino trabalhando para eles. Acho que eles sempre souberam que eu os desmascararia, apesar de que isto demorou muito, muito tempo.

Sempre Acorda com Mais Cansaço do que Estava Antes de ir Dormir?

Muitos Agentes Divinos que foram recrutados como trabalhadores da luz relatam que acordavam mais cansados do que estavam antes de ir dormir, e que seus “sonhos” eram repletos de batalhas. Durante essas “missões em sonho” a mentirarquia espiritual drenava o máximo de energia possível desses recrutas. Você pode acordar lembrando de ter participado de missões para combater as trevas, mas o resultado final é que seu corpo, mente e espirito estão exaustos pois sua energia foi drenada pelos (falsos) seres da luz.

Alguns meses atrás eu revoguei TODOS os acordos feitos com todos e quaisquer seres em que meus interesses não estivessem em primeiro plano, não importando quem esses seres eram ou quem eles diziam ser.

Isto soa como uma coisa simples, mas de alguma forma, eu menosprezei isso. Durante este processo senti resistência por parte de seres que se diziam serem positivos, mas eu me mantive firme e disse a eles que eu me recusava a ser manipulado para fornecer minha energia ao Demiurgo.

Isto me deu o distinto privilégio de ser atacado tanto pelo lado negro como pelo (falso) time da luz (mentirarquia espiritual). E por fim, o (falso) time da luz engajou em uma guerra psíquica, porém de uma forma diferente, mais sutil que a facção negra. Se esquivar desses ataques tem valido a pena por que sei que estou mais alinhado com minha missão verdadeira depor um fim ao Demiurgo e também pelo fato de não ser mais arrastado para as batalhas duais.

Também é muito bom saber que vou ter uma ótima noite de sono quando vou para a cama, pois não serei levado para uma ridícula “missão pra combater as trevas” que os (falsos) seres de luz se empenham tanto em armar para os seus “trabalhadores da luz”. (Este termo me arrepia agora que sei sua origem...)

E Sobre a Era (Cela) de Ouro?

Os falsos seres de luz a trabalho do Demiurgo querem manter seu controle sobre a raça humana. Nossa energia vital e os acordos que nos mantêm encarcerados na prisão atual alimentam o Demiurgo e os seres que o servem, e eles não vão se abster facilmente dessa energia.

Estamos neste exato momento em uma luta por nossa liberdade. A mentirarquia espiritual quer nos mudar de nossa prisão atual e extremamente desconfortável, para um estado um pouco mais expansivo de existência, porém um no qual eles ainda tenham o controle absoluto.

Uma metáfora para descrever a situação atual é que somos como galinhas empoleiradas e espremidas dentro de um pequeno, sujo e fedorento galinheiro. Aqueles que têm nos consumido estão se preparando para nos deixar sair do galinheiro para uma grande área cercada onde seremos capazes de nos sentirmos um pouco mais livres, porém ainda sob controle deles.

Esta é a estratégia que o “fazendeiro” encontrou para garantir que continuem se alimentando da nossa energia enquanto nos fazem acreditar que estamos livres, graças a gentileza de nossos captores.

A mentirarquia espiritual não quer que cresçamos por conta própria a ponto de atingirmos um estado de poder pessoal que irá nos permitir simplesmente sair andando pra fora do sistema de controle deles. É por isso que as mensagens canalizadas sutilmente drenam o poder das pessoas, sob a máscara de oferecem uma solução poderosa. Enquanto estivermos sentado esperando pelos “caras bonzinhos” virem nos salvar, nós não seremos capazes de discernir quem verdadeiramente tem no coração a melhor das intenções para conosco e nem seremos capazes de resolver nossos problemas.

Soluções para os Afligidos pela Dualidade

Então como é que uma pessoa se livra do paradigma da dualidade? O primeiro passo é se engajar nos protocolos do processo de autolimpeza e revogar todos os acordos que você tenha feito com quaisquer seres que não tenham o seu bem estar em mente. A seguir revogue todos os acordos que nos levam a ver o mundo através do paradigma dual. Toda vez que você revogar acordos, certifique-se de reclamar de volta toda a sua energia que foi drenada através destes.

Então afirme o seu compromisso em transcender os paradigmas de controle do Demiurgo corrupto sem ser colateralmente arrastado para batalhas duais sem sentido.

Eu também recomendo uma breve prática diária para revogar todos os acordos que apresentem dificuldades, limitações, disfunções familiares e qualquer outra coisa em sua vida que esteja drenando sua energia. A quantidade de acordos que nós assumimos inconscientemente dentro da falsa realidade da matrix é muito impressionante. Quando você presta atenção aos acordos sutis e gritantes que apontam em direção as barras invisíveis de nossa prisão, você vai enfim perceber que o que não falta são acordos para serem revogados.

Depois de se engajar nesse processo talvez você perceba uma diminuição nas tentativas de contato por parte dos falsos seres da luz e talvez sinta um pouco de solidão até você se acostumar com as mudanças. Este é um ótimo momento para fortalecer a sua conexão com o seu eu superior, o centro terrestre e o centro galáctico. Assim que for afinando esta sintonia você poderá notar uma melhora nas noites de sono e uma sensação de que você é capaz de ver mais facilmente através dessas armadilhas disfarçadas por trás de uma fachada positivista.

Se algum ser entrar em contato, você pode dizer que está disponível apenas pra comunicação com seres que transcenderam a dualidade e que estão fora dos domínios do Demiurgo corrupto. Ponha à prova quaisquer seres tentando contato, Questione-os aberta e diretamente: “Você faz parte dos demiurgos?”. Os seres da luz verdadeira que existem no universo factual fora dos domínios do Demiurgo irão com prazer responder às suas questões. Apenas leve em conta que eles não conversam da mesma forma que nós, eles se comunicam de um modo que chamo de “telepatia da alma”.

O Tipo de Comunicação é o Melhor Indicador

As forças da verdadeira luz divina que existem além dos domínios do Demiurgo corrupto não são limitadas pelas dinâmicas do cérebro esquerdo / direito e nem pela dualidade luz / trevas que definem o subuniverso demiúrgico. Isto significa que eles não soam como uma voz dentro da sua cabeça! Ao invés disso eles usam a “telepatia da alma” para emanar sentimentos, expressões arquetípicas e uma qualidade extremamente pura de luz que fala diretamente à sua alma.

A diferença entre um ser da verdadeira luz divina e um da falsa luz da mentirarquia espiritual é que a luz dos verdadeiros é quente, envolvente, pura e de amor incondicional e a luz dos falsos é fria, pungente de uma forma desconfortável, dominadora e normalmente excessivamente masculina. A mentirarquia espiritual é um grupo dominado pelo masculino e até mesmo as fêmeas dentro da estrutura de poder deles possuem uma energia extremamente masculinizada. Esta dominação masculina é obviamente o motivo das estruturas religiosas promulgadas pela mentirarquia possuírem um deus dominador masculino, e absolutamente nenhuma menção á criadora feminina totalmente compassiva.

Outra grande diferença entre os falsos seres da luz atrelados aos demiurgos e os seres da verdadeira luz divina que estão alinhados com a fonte infinita é que a luz divina não é de forma alguma controladora, manipuladora, autoritária e nem julgadora. A fonte infinita não irá impor uma agenda sobre você, apesar de dar suporte na missão escolhida por você para ajudar a desmantelar o Demiurgo corrupto. Não lhe serão dadas ordens para marchar por parte da fonte infinita nem pelos seres da verdadeira luz divina que operam além do limite dos demiurgos. Estes não irão lhe enviar em missões sem fim que drenam sua energia durante os seus sonhos, e nunca irão lhe pedir algo que resulte em perda da sua energia vital, diferentemente dos impostores na falsa luz da mentirarquia espiritual.

Os seres da verdadeira luz divina são apoiadores, amorosos, nutridores e eles se preocupam com você como indivíduo. Você não é apenas uma engrenagem na máquina deles, de modo que eles compreendem que você é um aspecto de vital importância de uma criação intrinsicamente interconectada. Eles possuem o maior respeito por aqueles de nós que resolveram encarnar no “sistema infernal” do Demiurgo corrupto com o objetivo de ajudar a desmantelá-lo de dentro para fora. De fato devem haver agentes divinos trabalhando tanto pelo lado de dentro como pelo lado de fora do Demiurgo corrupto de forma a desmantelá-lo.

O Discernimento é Vital

Estarei escrevendo mais a respeito deste assunto e suas muitas implicações. Neste meio tempo urjo a você que aumente drasticamente o ceticismo e afine o seu discernimento. Aplique a sua intuição e lógica sobre as informações que você recebe e pergunte: “Qual é a agenda implícita nesta(s) informação(ões)”?

Existe de fato uma gigantesca “conspiração” multidimensional em curso neste planeta, e ela drena nossa energia nos jogando para um lado e outro do espectro da polaridade. Qualquer um exigindo que você “escolha um lado” simplesmente ainda não acordou para o fato de que ambos são lados da mesma moeda, a qual é controlada pelo Demiurgo corrupto.

Urjo a você que discuta essas ideias com as pessoas próximas e que descubra as formas através das quais a falsa luz provavelmente manipulou você no passado. A sua escolha já foi feita e agora você precisa levar a cabo sua missão individual. Para isto é da máxima importância cortar todos os laços com a falsa luz da mentirarquia espiritual. Dedicar um tempo pra recobrar as forças e energias se necessário. E pedir ao seu eu interior divino para lhe revelar o que exatamente você precisa fazer.

Mantenha-se firme na luz verdadeira do Eu Interior Divino e da Fonte Infinita.

Com muito amor,

Cameron Day

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Bruxaria, Magia e Xamanismo - parte 8 - por Nuvem que Passa

Vida

Os termos Magia, Xamanismo e Bruxaria são vastos e há muitas linhagens que os usam. Estamos falando aqui de um tipo específico de Magia, Xamanismo e Bruxaria. Para estes caminhos que estamos tratando aqui a Vida é sagrada, assim não existe a ideia de que o ‘corpo’ é a ‘prisão’ do espírito, muito menos que este mundo é um mundo de ‘provação’, com isto ficam de fora também as premissas de ‘culpa’ e ‘pecado’.

Viver é sagrado, estar vivo é sacro. Cada momento é divino. Assim, é equivocada a ideia de um plano ‘espiritual’ ‘superior’ e um plano ‘carnal-material’ ‘inferior’. Para nós estas são divisões falsas que obscurecem tudo a que são aplicadas.

Vivemos em uma vastidão de muitas dimensões como camadas em uma cebola, cada qual com suas próprias características. Assim, não temos ‘planos superiores’ e ‘planos inferiores’, temos planos de realidade, temos energia.

A Vida é uma aventura incrível e misteriosa a ser celebrada a cada instante. Tudo que está a nossa volta é para ser usufruído, com equilíbrio, bom senso e sob o foco no qual tudo é VIDA e não coisas. Assim sendo, a postura da Magia, do Xamanismo e da Bruxaria perante a Vida e a Existência é completamente diferente de grande parte dos "esoterismos" (ou "esquisoterismos", como o autor gostava de usar) que estão por aí e pregam a ‘superação’ deste mundo, e tem por meta ascender a algum plano ‘espiritual’.

A forma de sentir e estar no mundo do Xamanismo, da Bruxaria e da Magia já foi a forma padrão de viver das pessoas em geral. Quando a vida era celebrada, quando a natureza, as montanhas, os rios, as cachoeiras e os animais eram reconhecidos como vivos e sagrados. Mas este modo de ser uno(a) com o mundo foi se perdendo, primeiro através das religiões que criaram deuses fora desta realidade, deuses fora da Natureza, acima dela, desconectados dela. Deuses julgadores, deuses aos quais se implora, aos quais se suborna através de seus sacerdotes.

A revolução industrial terminou por coisificar tudo e todos. A partir da perspectiva da Bruxaria, da Magia e do Xamanismo a revolução industrial nunca teria ocorrido como ocorreu, levando o mundo a esse caos ecológico no qual estamos.

A ‘ciência’, resultante da Bruxaria, Magia e Xamanismo é uma ciência branda, ecológica e ao mesmo tempo com possibilidades muito mais amplas que a ciência pesada, agressiva e coisificadora que a civilização industrial desenvolveu.

O modelo social oficial criou o mito de que o método científico é a única forma objetiva de investigar a realidade. Ledo engano, sempre existiram outros caminhos.

Precisamos lembrar que a Alquimia não é a avó caduca da Química e a Astrologia não é a tia-avó esquizofrênica da Astronomia.

São ‘ciências mãe’, abordagens complexas e completas da natureza a partir de outros pontos de validação, de outras realidades perceptivas.

Os astrônomos insistem que a gravidade ‘proveniente’ de tal ou qual planeta não apresenta efeitos significativos para isso ou aquilo, mas não nos atemos apenas à gravidade.

A ciência oficial tem essa arrogância. Quer limitar tudo aos seus paradigmas, como tenta fazer com a Acupuntura. O fato da Acupuntura funcionar leva cientistas a elaborarem teorias das mais forçadas, sendo que não é necessário nenhuma nova teoria, pois a Acupuntura já foi explicada há milhares de anos.

A Astrologia tem outra leitura, está lendo outro nível de energia que os planetas emanam e resultam efeitos factuais, embora o instrumental da Astronomia não possa captar tais energias.

A Alquimia foi muito deturpada, especialmente pela ideia da transmutação do chumbo em ouro, que muitos ocultistas como Saint German, Cagliostro e outros promoveram para encobrir o soldo em ouro que recebiam como agentes espiões da coroa.

Quem estuda Alquimia sabe que o ferro é o elemento-chave e que o tal “gerar ouro” é, quando muito, um simbolismo para o trabalho interior. Não é que seja impossível gerar ouro, não é isto, mas esta não é a meta da Alquimia. Isto deturpou a Alquimia que é uma complexa ciência mãe. Só agora com a física nuclear é que a mente civilizada se encontra em condições de ‘começar’ a compreender tal complexa ciência da transmutação.

Portanto, as tradições dos povos ancestrais possuem sua abordagem e seu valor. Não são ‘antepassadas pueris’ que agora foram ‘explicadas e superadas’ através da ‘evoluída’ ciência contemporânea.

Existem ramos do Xamanismo, da Magia e da Bruxaria que efetivamente emanam da aurora dos tempos. São tradições vivas que podem nos auxiliar a enfrentarmos o desafio da Vida, ‘do estar vivo’ e do descobrir a nós mesmos.

Mas existem ramos da Magia, do Xamanismo e da Bruxaria que foram ‘adaptados’ por pessoas não iniciadas de fato, as quais conferem leituras superficiais ao tema. Pessoas que apenas se ‘aproximaram’ do tema, imitaram a forma sem compreender o conteúdo. Há ramos da Magia, Xamanismo e Bruxaria que se pretendem ‘ancestrais’, mas pela sintaxe das colocações e pela forma como são apresentados, fica evidente que são abordagens de pessoas desta época a respeito de coisas que ‘ouviram’ ou ‘pegaram pedaços’.

Explorar tais campos é compreender que são Caminhos, e que existe uma diferença entre estudar um caminho e trilhar um caminho. Trilhar um caminho é ser cada vez mais uno com ele, por isso a Magia, a Bruxaria e o Xamanismo provocam mudanças profundas, pois nos tornam outras pessoas, nos dão acesso a outras realidades. Este fato é de fundamental importância.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

A Era da Revelação

Novo documentário prestes a ser lançado traz a baila o testemunho de altos oficiais das forças militares e de agências de inteligência do Império revelando a existência, a presença e o contato com inteligências não-humanas, com naves não-humanas e com tecnologias de origem não-humana que podem revolucionar por completo o nosso modo de vida. O documentário "A Era da Revelação" cumpre um papel semelhante ao Projeto Revelação - Disclosure Project, lançado em maio de 2001 pelo Dr. Steven Greer, pouco antes do golpe de falsa bandeira do 11 de setembro nos EUA. O Disclosure Proeject encontra-se publicado AQUI.

Uma verdadeira convergência de provas documentais, testemunhas oficiais em posições de destaque na vida pública, vídeos fidedignos, aparição crescente em nossa atmosfera de naves não-humanas e de material de todas as naturezas que vem criando uma onda avassaladora que culmina no verdadeiro significado da palavra apocalipse: revelação!



Origem da palavra: APOCALIPSE:

Do Grego APOKALYPSIS, de APOKALYPTEIN, “desvendar, descobrir, revelar”, de APO-, “sobre”, mais KALYPTEIN, “cobrir, esconder”.

Bruxaria, Magia e Xamanismo - 7ª parte - por Nuvem que Passa.

Hiranyagarbha - O Ovo Cósmico
 Escala de Valores

Anteriormente comentamos como     a  percepção de Divindade com a   qual operamos é completamente   diferente do conceito artificial que   se tem da Divindade, mesmo nos   ramos tidos por esotéricos. Para   nós, a Existência emana da   inexistência. Emana! Não ‘é  criada’. O que implica toda uma  abordagem fenomenológica   distinta daquela que vem de um   ‘deus criador’.

Se tudo emana, emanamos   também! Temos assim elos   profundos com tudo mais que é emanado. Em vez de criaturas diversas, seccionadas e à parte, somos uma teia de eventos inter-relacionados.

Para nós xamãs, bruxos e magistas telúricos somos todos(as) parte da Eternidade. Não “criaturas”! E sendo partes, somos igualmente misteriosos, complexos. E assim, da formiga à estrela, somos todos(as) complexidades existenciais distintas. Dessa forma toda vida passa a ser sagrada, toda manifestação da vida é sagrada.

O fato da atual civilização dominante ter rompido esse pacto com a vida, através da criação de uma civilização dominadora, belicista e degradadora do meio é um alerta de que algo vai muito mal com a humanidade, a qual pode estar em perigosa rota de extinção.

Para nós, nestes caminhos, a vida e a consciência são mistérios supremos e impregnam várias instâncias da realidade que nos circundam.

Não há vida ‘superior’ ou vida ‘inferior’. Há ‘VIDA’! Tão pouco consideramos o ser humano mais consciente que os animais. São diferentes, mas não superiores ou inferiores. Lógico que para os paradigmas dominantes isso não é aceito. O próprio esoterismo do senso comum vai contra isso colocando que a “pedra evolui em planta, a planta em animal e o animal em humano”. Aqui negamos isto. Cada momento da vida e da consciência são completos em si.

Hoje começa-se a questionar esses conceitos neodarwinistas de evolução que o esoterismo do senso comum se impregnou principalmente durante o século XIX. Pois no século XX pouca coisa nova foi gerada neste campo. Muito se copiou, mas apenas uma minoria apoiou-se em fontes concretas.

Principalmente o Espiritismo e a Teosofia usaram muito o paradigma de ‘evolução espiritual’ através da linha do tempo, mas hoje isto é questionado até mesmo em termos de Física quântica, através da qual fica evidente que são ilusórias as ideias ‘populares’ de passado e futuro que permeiam o ‘senso comum’, e não fatos concretos.

O Xamanismo, a Magia e a Bruxaria telúrica, enquanto caminhos, nunca entraram por estas veredas, mantiveram sempre uma abordagem bem própria da realidade, que agora, com novos instrumentais cognitivos, começam a fazer sentido mesmo para quem não é iniciado nestes campos.

Tais elaborações racionais e muito específicas, tem seu apelo, é verdade, mas isso só parece ter valor porque manifestamos tais elaborações neste contexto alienante e alienado que chamamos de realidade, esse estado de ser artificial e convencionado.

O ser humano se arroga direitos que ninguém lhe deu. Para os(as) xamãs¹, bruxos(as) e magistas a realidade é composta da somatória de suas partes, assim cada ente vivo neste planeta e no universo, como um todo, tem seu papel. Discutir superioridades de papéis é como declarar que as células de um órgão são mais importantes do que as de outros.

Cada ser vivo, enquanto espécie, está seguindo um complexo caminho existencial. No qual desempenha um papel em que só aqueles ‘irmanados’ a tais linhagens podem mesmo compreender. Não racionalizar, mas sentir.

Quando os golfinhos mergulham e ficam longo tempo desaparecidos da vista humana, quando as baleias entram em seu transe com seus mântricos cantos, sabemos mesmo o que estão fazendo?

Que tessituras de poder estão tecendo?

Que mundos visitam?

Nos tempos ancestrais as manadas de elefantes caminhavam em longas jornadas para ir acompanhar os seus anciões na última viagem, viagem até o lugar onde estes mágicos e poderosos seres haviam, por gerações, escolhido morrer. Os famosos cemitérios de elefantes, lugares sagrados, onde o poder de gerações desses seres esteve contido.

Em dado momento, determinou-se que tais lugares deveriam ser explorados, porque quem, em juízo e lucidez, vai dar valor a histórias "bobas" de nativos supersticiosos que grandes desequilíbrios viriam ao mundo se tais lugares fossem profanados?

Todo povo ancestral evitava locais que eram declarados como vam (proibidos?): “não é área para humanos”. Montanhas, cavernas, locais em deserto ou florestas, áreas sagradas onde a presença humana não deveria ocorrer. Quem respeita isso hoje?

Lidar com Xamanismo, Magia e Bruxaria é muito mais complexo do que brincar com alguns símbolos, algumas vestimentas, memorizar meia dúzia de termos em alguma língua antiga, induzir transe por alguma prática repetitiva e chamar o agito da luz astral, o deslocamento superficial da consciência de ‘transe’.

Tais Artes vem de um tempo em que a forma de existir e ser era outra e assim tudo era diferente. Implica reconectar outra abordagem da realidade, muito, muito distante da hoje dominante.

É preciso uma profunda abertura de nossa percepção para irmos além dos limites conceituais aos quais esta civilização nos prende. Para de fato mergulharmos no domínio no qual o ser humano, plantas, animais e entes de outras esferas vivem em contato íntimo entre si.

Nuvem que Passa

Notas

¹ “...um guerreiro, ciente dos mistérios insondáveis que o cercam e ciente do seu dever de tentar desvendá-los, ocupa seu lugar certo entre os mistérios e vê a si mesmo como um deles. Consequentemente, para um guerreiro o mistério de ser não tem fim, seja ser uma pedra, uma formiga ou ele próprio. Essa é a humildade de um guerreiro. Uma pessoa é igual a tudo" - O Presente da Águia, de Carlos Castaneda.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Filmagem de resgate de nave alienígena por um ex-militar.

A interação entre OVNIs e capacidades paranormais são reveladas pelo ex-militar Jacob Barber em entrevista recente ao canal News Nations. Nessa mesma entrevista é apresentado um vídeo envolvendo o resgate de uma nave alienígena em forma de ovo, do tamanho de uma SUV. O testemunho de Jacob Barber é corroborado por seus parceiros de equipe, que envolvem soldados treinados em capacidades extra-sensoriais, conhecidos como "psionics", mostrando que a realidade pode ser mais incrível que a própria ficção. Vídeo original em inglês:


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Bruxaria, Magia e Xamanismo - parte 6 - por Nuvem que Passa.

Xamanismo Urbano

Xamanismo Urbano é um ramo contemporâneo da ancestral árvore do Xamanismo, que é um conhecimento ancestral. Ao contrário de cultos de povos que já foram completamente exterminados, o Xamanismo ainda tem linhagens vivas em todos os continentes que vem transmitindo o conhecimento de boca para ouvido desde antes da aurora do tempo, e, portanto, é um conhecimento vivo que possui uma energia fluindo através da transmissão.

Tradições que foram geradas dentro do espaço-tempo moderno possuem uma energia característica deste momento. Outras tradições vem de antes do tempo e trazem consigo uma energia de fora, um algo diferente que não pertence a esta realidade.

É este poder, esta baraka, esta graça que uma TRADIÇÃO transmite a quem nela se inicia. Uma energia que não é desta realidade, a qual vem de antes de tudo que temos por realidade surgir.

Xamanismo, embora este termo seja hoje também utilizado por pessoas que copiam a forma, mas pouco compreendem o conteúdo, é um caminho que propõe um estado de viver muito mais abrangente do que o apenas sobreviver ao qual estamos expostos.

É natural que o Xamanismo sempre busque se adaptar ao tempo e ao lugar onde está, mas esta adaptação não é abandonar sua essência, não é se adulterar, não é se fantasiar ou travestir-se.

Todo Caminho Verdadeiro está sempre em sincronia com o aqui e agora, isto caracteriza um caminho profundo. Ele flui pelo Espaço-Tempo com naturalidade. Leva a essência do conhecimento e não a forma. Assim, hoje em dia, é muito mais provável que xamãs estejam trajando terno e gravata¹ em vez de penas e cocares, sem que isto, no entanto, lhes façam menos unos à Fonte de onde tudo nos vem.

O Xamanismo tem formas inteligentes, estratégicas e mágicas de nos permitir viver nas cidades de maneira harmônica. Minimizando os efeitos nefastos que a vida urbana está sempre a infringir sobre nossos organismos.

Ondas de celular, rádio e TV. Alimentos sem energia vital contaminados por verdadeiros venenos e substâncias agressoras. Fumaça, barulho. Tudo isto a cidade nos oferece. A violência urbana, a neurose das pessoas, as atmosferas psíquicas desequilibradas que a maior parte dos lugares urbanos insiste em desenvolver. Todos estes são fatores que podem constituir uma agressão ao nosso bem-estar.

A vida em prédios! Quantas famílias e pessoas ‘vivem’ no espaço como o de um prédio? Auras se interpenetrando, energias se misturando.

A tudo isso a cidade nos expõe. Porém não nos ensinaram a lidar com tais desafios de forma satisfatória. O consumo de remédios e drogas —- do álcool às religiões fanáticas - passando por coisas ‘pesadas’ mesmo. A infelicidade das pessoas, doenças constantes e a violência, são sinais da falência geral do sistema social que aí está. A questão é bem profunda.

Nós mesmos, tidos como civilizados, o somos, enquanto espécie, há tão pouco tempo. Essa vida de cativeiro nos é recente. Nossas células carregam em si uma saudade imensa de tempos em que os ritmos do sol e da lua lhes eram mais fortes do que a imposição de um escravizador moderno chamado relógio.

Nossa ancestralidade selvagem é muito mais ampla e forte que os poucos milhares de anos transitando para esta sociedade, que como nós, ninguém conheceu: — artificial, programada, dominada de tal forma que os povos livres nem em seus medos mais profundos imaginaram.

Como explicamos para essas forças ancestrais e selvagens que gritam em cada célula nossa que devem ser “boazinhas, educadas e cordatas”? Como explicar aos tambores que batem em nosso peito que devem se calar? Como explicar ao grito selvagem que queremos emitir que deve continuar ali, contido? Como explicar a sensualidade que viceja de tempos em tempos, como suor em nossos poros, que deve ser reprimida?

Nós que nascemos em cidades geralmente negamos nossa selvageria. Filhos e filhas dos conquistadores. É bom que não nos esqueçamos que somos isso. Os filhos(as) dos conquistadores. Dos que vieram para cá e de forma direta ou indireta colaboraram para o genocídio quase completo das populações nativas.

E agora colaboramos de forma direta ou indireta para a continuidade desse genocídio, que ocorre enquanto escrevo e também enquanto você lê estas linhas. Por ação ou omissão continuamos cúmplices.

O Xamanismo é um caminho selvagem. Tentar transformar o Xamanismo nestas bobeiras insossas como “discos de poder animal², querer gerar um “xamanismo new age” como tantos fazem, é apenas continuar com a farsa que o sistema tem lançado sobre tudo ligado a esta tradição oriunda de povos nativos sobre os quais sabemos muito, muito pouco em termos da ciência oficial, pois não apenas ao genocídio condenaram esses povos, como sua memória foi apagada da história oficial, ignorados em suas sofisticadas civilizações.

O Xamanismo foi mantido e desenvolvido por povos nativos de vários continentes, mas não começa com eles, vem de antes. Vem dos véus além da aurora dos tempos. Isto é fundamental ficar claro para irmos às reais origens do Xamanismo. Os povos nativos são guardiães do Xamanismo, não seus geradores. Assim como uma escola de música não inventa a música, apenas aprimora e acumula técnicas e formas de ajudar novos artistas a desabrocharem com mais amplitude.

Isto é o mais importante, entender que o Xamanismo não é um conhecimento humano. É um conhecimento de outras esferas que foi ‘capturado’ quando a raça humana começou e depois foi se transformando. Não é uma verdade pronta. Não tem dogmas. É um campo de estudo em aberto, onde cada praticante é desafiado a provar por si, e em si, o que está estudando. Estudo aqui é sinônimo de prática. O Xamanismo surgiu em outra civilização que já existiu neste planeta e que se foi. A qual deixou um saber que continuou sendo ‘cultivado’ por gerações e gerações de praticantes até chegar a este tempo-espaço em que estamos.

Quando olhamos para o passado, os estudos científicos vão nos dizer que a Terra era do mesmo tamanho, mas isto é falso, a Terra era muito maior.

Existiam mais lugares para se ir na Terra do que há hoje, e os lugares não estavam sempre nas mesmas ‘coordenadas’. Existem muitos lugares que existiam e ‘foram embora da Terra’. Demorou muito para prenderem o mundo nessa descrição que temos hoje por ‘real’. O mundo já foi muito mais desconhecido e ainda o é em certos lugares e em certos momentos, embora o paradigma geral da ‘mentalidade’ dominante seja negar isso.

Essa fantástica homogeneização perceptiva que vivemos nesta idade globalizada é em si uma magia interessante e espantosa, mas realizada por e a serviço dos interesses de neo-senhores feudais e da guerra, das neo-companhias das índias ocidentais e orientais e dos neo-cleros que temos em nossa época que continuam fazendo o que sempre fizeram;: dividir o mundo entre si, provocar discórdias e acirrar disputas para obter benefícios desta divisão entre povos. Buscar mercados consumidores, fornecedores de matéria-prima, transformar tudo que seja possível em coisa a ser vendida. E converter e limitar a percepção humana aos seus estreitos padrões.

É importante notar como isso mudou. Hoje os jesuítas não são mais os campeões em obrigar outros a se converterem a seus paradigmas, a CIA tem tido muito mais sucesso.

Mas os fatos bases continuam e o Xamanismo observa tudo isso acontecendo com espanto, pois partilha da pergunta dos povos nativos:

Por que os ventos que regem os destinos humanos colocaram no poder um povo como o homem branco, que não ama a Terra, nem seus ancestrais, nem a seu irmão, irmã, pai, mãe; que trai seus amigos; que não respeita suas crianças e que condena todos nós, humanos, animais e vegetais a um fim cada vez mais evidente e próximo?

Nós, xamãs curandeiros, há muito temos como fato que a Terra está doente. Muito doente, praticamente em coma. Os absurdos e desmesurados atos da era industrial geraram uma doença profunda no Ser Terra. Por isso, encontros no mundo inteiro têm objetivado gerar energias de cura para que o Ser Terra se recupere. Sabemos que se Ele se recuperar vamos conseguir ter uma mudança verdadeira no estado de consciência coletivo.

Os povos nativos celebravam a vida e os ciclos da Natureza em seus cultos. Não eram cultos de adoração apenas, eram cultos de ‘sintonização’.

Os cultos exotéricos das religiões que foram dominando o mundo cada vez mais, destruíram esse elo do ser humano com a Terra. Passaram a cultuar egrégoras, imagens de um deus distante, fora da Terra, julgando, punindo ou ‘agraciando’ o ser humano segundo misteriosos caprichos, mas sempre necessitando ser ‘adorado’, ‘temido’, ‘idolatrado’. Assim tivemos a quebra do elo entre o ser humano com a Terra e o Sol, fontes verdadeiras de vida. Seres realmente vivos e fontes reais da nossa vida. Quebra esta que institui uma subserviência a abstrações mentais de deuses feitos à imagem e semelhança dos medos e caprichos humanos.

Os cultos que surgiram fazem com que o ser humano deixe de se harmonizar com as energias do Sol, Terra, dos Astros e outras forças cósmicas que os festivais e ritos ancestrais contemplavam e passem a adorar uma representação abstrata de um pretenso ‘princípio único’, de um pretenso ‘deus único e verdadeiro’ que torna toda pessoa que chame a divindade por outro nome, infiel ou herege.

A passagem do contato direto com a VIDA, com a NATUREZA, para uma religiosidade de adoração à ‘imagens’ e ‘representações’ é tida por ‘evolução’. Uma transição do ‘primitivo e pagão politeísmo’ para o avançado, progressista e evoluído ‘monoteísmo’.

E o que fizeram esses deuses? Cada um se dizendo ‘único e maior’, desde que começaram a ser adorados. Serviram de justificativa para toda guerra que houve desde então até hoje. Basta ligar a TV e ver esses deuses brigando. Há até mesmo versão ‘1’ e versão ‘2’ do mesmo deus brigando entre si, como no caso de cristãos e protestantes na Irlanda.

Sentir a Vida como divina! Logo a Natureza como divina, viva e consciente é algo fundamental ao caminho xamânico. Nas cidades isto é mais difícil, por isto é mais fácil ser praticante dessas abordagens racionais e menos sensíveis da realidade, da religiosidade.

Na cidade, com supermercados, açougues e feiras podemos esquecer que os alimentos ainda vem da Terra. Dependem do Sol, da chuva, dos ventos, pássaros e insetos polinizadores e do ciclo das estações.

Assim os natais de presentes e páscoa de ovos de chocolate são celebrações mais importantes do que a primavera que volta com a vida ou o momento da colheita.

Para nós do Xamanismo é evidente que a vida tem seus ciclos, suas formas de se manifestar. Isto celebramos, com estes ciclos nos sintonizamos. Na Terra e no Sol temos as forças fundamentais à Vida, sem elas, esta não existiria aqui. Nenhum ‘ser’ ou espectros de outras dimensões, a quem atribui-se maior valor do que a força viva da Natureza a nossa volta, pode nos sustentar enquanto ‘seres vivos e conscientes’.

A Magia telúrica e a Bruxaria telúrica são parceiras do Xamanismo nesta abordagem. Nosso corpo lê e metaboliza a energia das estrelas. Mas nossos pés precisam estar no chão e temos de estar bem alimentados e saudáveis se quisermos interpretar corretamente o que tais forças nos mostram.

O Sol é nossa fonte de vida. Mais forte que qualquer rito, que qualquer símbolo mágico, que qualquer eucaristia. Lá está ele! Sol, fonte da Vida aqui! Mesmo que nos destruamos com essa loucura de guerras e ‘economias’, ainda assim continuará lá, iluminando o céu de um planeta desolado porque os conquistadores tomaram o mundo e impuseram seu modo de ser.

O Xamanismo urbano é uma resposta.

Uma resposta da ancestral Arte do Xamanismo aos desafios que este momento está nos trazendo, pois agora estamos no tempo em que nitidamente vivemos a História como participantes atuantes ou só nos resta ‘sofrer a História’.

Agora, mais que nunca, precisamos de caminhos que nos ensinem a usar nossa mais profunda e poderosa Magia, pois loucos dominam o mundo. Esses loucos têm armas poderosas e respeito nenhum pela vida. Apenas sua insanidade e frustração existencial como guias.

Como nas antigas lendas nativas, temos de ousar sair em uma jornada mágica em busca de meios para lidarmos com esses loucos. Para que a vida ainda seja possível a nós e nossa descendência.

Nuvem que Passa

Notas

¹ Possível alusão ao encontro entre Carlos Castaneda e Don Juan Matus narrado em "Porta para o Infinito", no capítulo "Ter que Acreditar".

² Ver texto do autor: Sobre o Animal de Poder.


Sobre o animal de poder, por Nuvem que Passa


Tenho visto alguns comentários sobre animal de poder e Xamanismo em geral, e creio que seria interessante tecer alguns comentários sobre o Tema.

Primeiro é importante compreender o que é o Xamanismo, pois desde algum tempo este tema entrou para o clube dos assuntos: "da moda" que se tem um lado positivo de ser mais divulgado e conhecido, tem o lado ruim de ser abordado com muito superficialismo.

Existem dois momentos no Xamanismo. Você pode estudar o Xamanismo, participar de cursos e vivências onde o conhecimento xamânico lhe dá ferramentas para melhor viver, lhe ajuda a lidar melhor com essa instigante e complexa aventura chamada vida. É como uma pessoa fazendo um curso com um nutricionista. Vai aprender a usar melhor o alimento, a descobrir uma dieta adequada a sua realidade orgânica e aos gastos que tem com seu estilo de vida. Mas ao fazer um curso desses a pessoa não sai formada em nutrição, ela está aproveitando dos conhecimentos dessa área para viver melhor. Da mesma forma ninguém se torna xamã porque fez um curso.

Não existem cursos de formação de xamãs, se você fez algum ou foi convidado para fazer muito provavelmente está sendo grosseiramente enganado.

O Xamanismo é um caminho e como todo caminho não pode ser plenamente definido e compreendido a menos que seja trilhado. E tornar alguém xamã é trazer essa pessoa para dentro de uma egrégora, uma egrégora milenar , pois o xamanismo é uma tradição milenar que de forma direta e ininterrupta veio até nossos dias. Assim o trabalho árduo de tornar-se um xamã é algo que exige anos de dedicação, só possível por um contato pessoal e constante com a tradição e seus guardiães.

Menos de 30 anos direto de estudo e práticas não criam a mudança necessária para um xamã pleno. Por isso sempre digo que sou um aprendiz de Xamanismo, não um xamã pleno, que é outro estágio bem mais complexo. Pois há uma diferença muito grande entre estudar um caminho, conhecer um caminho e trilhar um caminho. Existem dois ramos do xamanismo quanto a iniciação de novos membros da linhagem. Em um deles o iniciador escolhe ou aceita quem lhe procura por seus próprios critérios. Noutro, do qual faço parte, só é aceito um nova aprendiz se "sinais", "augúrios" confirmam que a pessoa está de fato pronta para trilhar o árduo caminho do Xamanismo.

Antes de mais nada temos que lembrar que o xamanismo é oriundo de povos nativos, que viviam em estreita relação com a natureza, logo o primeiro passo para lidar com o xamanismo é recuperar esse elo com a Vida e com a Natureza, especialmente com a Mãe Terra, elo esse que está enferrujado, atrofiado na maioria dos seres urbanos de nosso tempo. Existem muito meios de se iniciar a senda do xamanismo. Existem visões fortes ou acontecimentos incomuns que marcam alguém e revelam a um xamã já iniciado que a Fonte de Tudo está apontando aquela pessoa para ser um aprendiz. Este método é considerado o mais adequado pois evita que preferências pessoais interfiram no processo e garantem que a continuidade do conhecimento está sendo determinada por um estância de força superior, que vai portanto "cuidar" e " auxiliar " o aprendiz.

Outra forma comum de se aproximar do caminho xamânico é chamado de "doença do xamã". Sem nenhuma causa detectável uma pessoa adoece ou cai em depressão profunda, perde a vontade de viver. Então descobre-se que ela tem a doença do xamã. Ela encontra um xamã e então este tem algum sinal que deve, não apenas curar, mas também fazer daquela pessoa herdeira e continuadora de seus conhecimentos. Um processo inciático tem início então e um ser humano vai começar a fascinante aventura de abandonar os limites da condição humana e partilhar com entes e deuses, com seres de outras linhagens de evolução vivências que o levarão a ser de fato "além do humano". Um xamã pode ser um curador, um contador de história, um guerreiro ou um caçador. Pode dançar para expressar o poder, cantar e tantos outros aspectos da arte, alguns inclusive impossíveis de serem descritos ao ocidental civilizado que desconhece a riqueza do mundo no qual os nativos viviam.

Existe uma diferença entre um curandeiro e um xamã curandeiro. Lidar com ervas por exemplo. Um curandeiro lida com ervas por ter herdado este saber de outro herbolário, ele "estudou" o saber que domina. Um xamã "fala" com o espírito das plantas, ele pode entrar em qualquer mata ou floresta e vai saber para que cada planta serve, mesmo que nunca tenha aprendido nada sobre elas, as plantas lhe contam sobre suas virtudes terapêuticas. Um xamã é um intermediário. Ele vive simultaneamente neste mundo e em mundos outros que não este. Tornar-se um xamã é ampliar de forma incompreensível ao civilizado, as capacidades perceptivas normais.

Vivemos num mundo muito vasto, como uma grande cebola, cada camada é um mundo diferente, com seres diferentes, com forças diferentes atuando. Em nosso mundo temos 3 reinos principais perceptíveis (não vou considerar aqui reinos como o monera ou fungi da biologia moderna deixando os mesmos na classificação geral de animais e plantas, mas num estudo mais profundo precisaríamos estudar o vírus, inclusive porque alguns xamãs atribuem um papel importante no desequilíbrio da raça humana pelo contato e domínio desses seres, para alguns xamãs nos tornamos vetores de vírus e nosso comportamento é virótico e não de mamíferos, isto foi brilhantemente colocado no filme Matrix, mas é tema para outro momento).

O reino mineral é para nós, em nosso estado "normal" de consciência inerte e chega-se a dizer que não está vivo.

Dentro do conceito orgânico de vida deveríamos dizer, mas o fato é que pedras, minerais tem seu nível de consciência próprio e podem ser "acessados" pelo xamã em seu trabalho.

As plantas tem outro nível de consciência e é interessante como o fato de tal nível de consciência não ser tão perceptivo aos seres humanos encontramos certas linhas que defendem um vegetarianismo como algo "superior" ao regime carnívoro. O fato de não ouvirmos os lamentos de uma planta ao ter sua vida ceifada apenas permite que não percebamos que o fato de que sempre há uma vida sendo sacrificada para que outra continue.

Fosse uma alface ou um boi, ambos sonhavam em ter mais um por do sol, mais uma chuva, mais um céu estrelado e a forma de honrar a vida que se foi para que a nossa fosse alimentada é usando nosso dom da vida de forma plena e recompensadora.

Assim um(a) xamã tem aliados na natureza, pois ele (a) é parte da natureza e tem em si todas as forças, está ligado(a) a todas as forças circundantes.

Um (a) xamã tem um mineral ou pedra de poder, um tipo de pedra ou mineral que serve de "base" para seu trabalho, que o energiza, onde seu poder se "assenta".

Tem também uma planta de poder, uma planta que é sua "companheira e apoio" no mundo da magia.

Um xamã que tenha um eucalipto como planta de poder, por exemplo, vai poder sempre restaurar a energia gasta em seus trabalhos ou ampliar a sua ainda mais quando dormir encostado ou dependurado numa árvore dessa. Se tiver seu poder bem desenvolvido quando chegar numa região receberá informações que precisar sobre a mesma, dos seus "aliados" eucaliptos.

Se se perder num lugar, precisar passar a noite num ponto desconhecido, basta encontrar uma árvore da mesma espécie da sua de poder e ela o guardará e protegerá.

E então chegamos no animal de poder.

Este tema é muito importante, mas mais importante é entender que numa iniciação xamânica completa o (a) aprendiz começa descobrindo seu mineral ou pedra de poder, que lhe dá base, depois sua planta de poder, que vai lhe "religar " a Terra, vai ajudar a nós, seres móveis, encontrar um enraizamento não estático em relação a mãe Terra e só então poderá encontrar plenamente seu animal de poder.

Encontros fortuitos podem ocorrer antes por diversas razões, mas apenas ver e saber qual é seu animal de poder não quer dizer que ele esteja integrado a sua realidade existencial plena.

Sabemos intelectualmente de tantas potencialidades nossas e no entanto isso não quer dizer que as tenhamos plenamente manifestas em nossas vidas e atuantes.

Hoje é moda ir a uma jornada xamânica de fim de semana ou menos que isso e ter "viagens" onde o animal de poder se apresenta.

Eu vejo que nisso pode existir fantasia sem fim se não for corretamente desenvolvido.

O trabalho de aproximação do animal de poder exige um rito, pois não é a mente que vai atrair o animal de poder e a mente aqui pode fantasiar, não captar a realidade.

Vejam que tais práticas vem de um povo com outros paradigmas culturais, assim temos que ter cuidado para compreender o que é realmente um animal de poder.

Um animal de poder é a expressão da força de um xamã dentro de outro reino.

Assim como nós "temos " um animal de poder ele nos "têm" .

É uma troca justa, há um equilíbrio de poder aqui e a partir do momento que nós despertamos este elo ambas as partes passam a ter um grande responsabilidade.

Pois assim como podemos evocar nosso animal de poder para certas "ajudas" ele também pode nos chamar para auxiliá-lo em sua esfera.

O ocidental civilizado se aproxima da ideia de animal de poder com sentimento de posse e uso como faz com tudo.

Pensa que o animal de poder é mais um item, mais um acessório que ele tem para usar, que ele pode comprar como tenta comprar tudo a sua volta.

Mas não tem nada disso nessa relação é outro caminho outra abordagem que leva ao reino do animal de poder.

Um animal de poder é um batedor e um guia do (a) xamã em outros mundos, é uma fonte de força constante para o (a) xamã.

A relação entre um xamã e um animal de poder é muito complexa para ser descrita em palavras e deve ser abordada com todo cuidado e discernimento, pois muitos xamãs chegam a morrer quando seu animal de poder é ferido ou morto.

O mais importante, nada mais tolo que revelar aos quatro ventos seu animal de poder. Entre os xamãs isso é um segredo muito bem guardado só partilhado dentro de seu clã.

O Xamanismo é um campo feroz, onde verdadeiros combates podem ser travados e assim como um homem pode prender e escravizar outro homem um xamã deturpado pode também capturar o animal de poder de outro resultando em desequilíbrio e doença para a vítima.

Aí vem a questão: pessoas não xamãs tem animais de poder?

Sim, e podem aprender a se sintonizar com os mesmos e usufruir de todo poder que isto representa, principalmente em termos de saúde e força de decisão.

O importante é que a abordagem seja feita de forma sensata e dentro de uma prática efetiva para evitar fantasias que só atrapalham o processo.

Só pode ajudar alguém a achar seu animal de poder quem tem o seu bem estabelecido e forte.

Pode-se chegar sozinho ao animal de poder?

Sim, é possível.

O animal de poder pode inclusive te procurar antes de vc procurá-lo, o que é considerado um presságio forte para quem isso ocorre, (pois indica) que a condição de xamã lhe é acessível.

Todos(as) podem ser xamãs?

Eu respondo perguntando:

Todos podem ser artistas?

Todos podem estudar violão, piano, canto, pintura, mas uns tem as habilidades e outros não o que não impede que todos usufruam da arte, para o Xamanismo vale o mesmo.

Assim o tema animal de poder é vasto e está ligado a outros correlatos dentro desse campo vasto e complexo que é o Xamanismo.

Espero ter deixado alguns temas para meditação.

Nuvem que passa

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