sábado, 22 de fevereiro de 2025

Deus em si

O alvo é Deus em si mesmo.

Mas quem aponta também é Deus.

Tudo é deus. O único pecado é disto esquecer.

Deus em tudo, tudo em Deus.

A felicidade suprema é a suprema realização de Deus em si.

Quando se tem consciência disto todos as realizações carecem de sentido se não estiverem subjugadas na suprema realização - Ioga.

A diferença fundamental entre uma pessoa adormecida e uma desperta é apenas o esquecimento e a lembrança sobre a divindade dentro de si.

Mas lembrança aqui é um conhecimento visceral de Deus em si, presente em todo o teu ser, a partir mesmo do teu corpo, teu sangue, tua coluna, teu respirar até abranger tudo o mais.

Há níveis diferentes de despertar, mas o despertar começa pelo corpo mesmo, por isto Kundalini-Shakti encontra-se em Mooladhara, o chacra básico.

Levar esta lembrança-consciência de si para dentro do cotidiano e mantê-la é a realização das realizações.

Até lá você deve começar pelo começo, ir adquirindo mais e mais flashs destas lembranças de si até que elas atinjam um ponto crítico que promova uma mudança no ser.

Cuide-se das armadilhas do ego que irá querer fazer com que você pense que já alcançou algo. Lembre-se que o ego não pode alcançar nada, ele precisa ser dissolvido na força do amor divino ou êxtase para que possamos coagular o ser verdadeiro.

F.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Sintaxe Now All

 Sintaxe Now All

Sintaxe Now All



    Namam Namahá Su Sua Agatam. Mámá nâââma Uni K.A.

    Saudações! Sejam Super Bem Vindas Personalidades da Totalidade Vocês. Aqui é a personalidade Uni KA da totalidade.


    A medida que formos interagindo vocês perceberão que cada homem nawal possui um sabor diferente. O velho nawal 'A Lex Sed Rex', vulgarmente conhecido por Nuvem que Passa é da predileção do 'ver', não quero com isso dizer o VER de vedas, pois todas as mulheres e homens nawal operam através do VER, do saber sem palavras, do conhecimento direto sem intermédio da camada de abstração constituida através da linguagem formalizada.



    Esse agora que vos fala é da predileção do falar, ou seja, da espreita. A clarividência, se não utilizada em associação ao VER, é uma Despistadora Do Caminho.. é um perigo! Nós do falar, como o Hãnú Felipe Carioca, constantemente rolamos de rir com os imbróglios nos quais a turma do 'ver' se enrosca.



    Afim de ajudar a reconhecer de imediato a predileção dos indivíduos ficam aqui mais algumas dicas, pois os termos predileção da espreita e predileção do sonhar são muito crípticos. Utilizem a lente predileção do 'ver' (de clarividência) que são aquelas personalidades da totalidade que possuem mais desenvoltura no campo do sonhar, e que portanto, constantemente estão mais aplicadas em discutir o mundo onírico, e aglutinar em grupos sociais que possuem essa mesma tendência, em vez de focarem nas questões do "Mundo da Virgínia". Essas personalidades possuem maior afinidade com a condição líquida. Um excelente exemplo é Mahadev triâm'bacânico, com aquela yoni no meio da testa, por isso costumo me referir a ele como 'xavascado'. Notem aquele chafariz saindo de sua juba dreadlóckica... Ganga Deevi. O Figura é da turminha dos líquidos, a turminha do 'ver'. Um Perigo !!! O Véio nawal faz parte dessa turma aí.



    Os do falar são aqueles verborrágicos prolíficos como o (Ved) Vyasa (Ji), o Mr. que habita a ilha negra da dualidade (Krishna Dvapayana). Os que não conseguem escrever menos de 3 mil páginas, e que para explicar qualquer coisa precisam enunciar um shastra do tamanho daquelas listas telefônicas antigas. Não estã nem aí com a poha dos domínios de Morpheus. Estão 100% voltados para as questões pragmáticas aqui na 'Da Macaca' como diz a turminha do Tulku Tenzin Gyatso, o 14º protetor da Grande Lama. Estamos constantemente tirando um barato da cara da turminha do 'ver' (estão pegando a ironia! A máxima do roteiro! A marca registrada™ ® © da Poderéia Nawaléia Dona Águia). Nosso domínio é o gasoso, muito mais fluído do que essa água pesada que banha o Avidya Sagar aqui. Um exemplo clássico é o Kri Kri. Aquele um que chiou quando o Arjuna falou que não ia lutar no Kurukshetra, sendo que ele mesmo já havia decidido muito antes que também não iria lutar e iria só pilotar a charrete. Estão percebendo a ironia? Um perigo também esses daí! Enquanto os homens nawal do 'ver' enrolam vocês com aquele show de luzes do aspecto energético percebido através da clarividência, os do falar enrolam vocês com uma enxurrada de palavras que dá nó nas redes neurais e entortam os neurônios e axônios.



    Basta de apresentações. Para uma comunicação efetiva se faz necessário empregar o mesmo inventário. O mesmo conjunto de significados e significantes. E como vocês ainda não experimentaram samadhi / nivanna / satori. A parada é embaçada!



    Para vocês existe um mundo, um multiverso populado por uma miríade de objetos e pirilampos. Para o Uni existe apenas a aparência de um mundo de objetos e pirilampos, o tantra maya.



    Conhecimento para vocês é aquela pletora de atividades como óleo sobre tela, pintura guache, acrílico sobre metal. Ou engenharia, física, matemática, filosofia, ontologia..



    Conhecimento para o Uni ou qualquer outro jivamukti / tathagata é apenas samadhi, nivana, satori.



    Ou seja, nesta sintaxe que compartilho com vocês, não existe a menor possibilidade de se atingir o conhecimento através das matérias acadêmicas ou através das artesanias, ou de ambos. Não é uma crítica. É apenas um fato. Transo com tesão as matérias acadêmicas e as artesanias.



    "O caminho", sobre o qual tanto discorremos, começa apenas a partir do momento que o indivíduo experimenta sama adi (same as non dual, semelhante a não dois). Aquilo que para muitas facetas do caminho é a reta de chegada, aqui para nós do xamanismo guerreiro é a bandeira de largada. Antes disso, na sintaxe Now All, não tem "caminho", tem apenas buscar "o caminho.



    E por incrível que pareça, são necessários apenas 2 passinhos pra se permitirem experimentarem samadhi, nivana, satori, ou parar o mundo. 

 

    Passo 1:

- Estabelecer o Silêncio Interior Definitivo de uma vez por todas.

 

    Passo 2

- Ir de propósito e com força total contra o inventário que lhes foi passado através da família, escola, religião, sociedade e etc. Isso se faz aplicando 24/7 o inventário, a sintaxe que estamos compartilhando com vocês.



    Não adianta querer queimar etapas, pois daí não funciona! Mas antes de embarcarem em qualquer prática leiam com atenção a seção 'Sobre' (About) no Site Di-Fusão Now All  https://uni-om.github.io/about/



Mas enfim... sei lá... vocês que decidem!



Fui.



 

O mistério reina soberano




Olhando para a imensidão do Universo a maior parte dele é feito de luz ou de escuridão?

Olhando para dentro de nossa mente a maior parte dela é consciente ou inconsciente?

Olhando para o nosso corpo a maior parte dele está revelado ou escondido?

Mesmo a lua quando cheia só o é por pouco tempo e por um tempo maior ela é vazia, escura, negra.

Aquilo que sabemos é nada diante do que não sabemos.

E quanto mais aumenta o conhecimento mais temos noção da ignorância, eis o paradoxo de Sócrates.

Aquilo de que temos ciência nada é diante do mistério.

O mistério reina soberano desde sempre. Essa compreensão é a fonte da humildade.

E por temer o mistério projetamos nossos fantasmas nele. Assim o mistério, a escuridão, as trevas tornaram-se o reino do mal e a luz a força do bem, que fez e ainda faz arder muitas bruxas na luminosa fogueira da inquisição.

Mas poucos param para pensar que se Deus disse "Faça-se a luz", ele o fez a partir das trevas.

Há no Universo pontos de uma tal densidade que atraem para si a própria luz, os cientistas o chamam de buracos negros.

Mesmo quando nasce um ser se diz que a mãe deu a luz, mas essa doação de luz saiu de dentro da escuridão do útero.

Assim frente a luz as trevas reinam soberanas, e não há nenhum mal nisso, a não ser quando pela própria ignorância nós criamos o mal. Então o mal é uma criação da mente humana ignara. O mal é a ignorância.

O mal é uma criação da mente humana religiosa. Religião vem do latim "religare", religar o homem ao divino, mas na verdade nada está separado, o homem não pode separar-se da divindade.

Assim religião é ignorância também, pois não estamos separados da Divindade, isso é impossível, pois se o homem tivesse esse poder ele seria mais forte que a Divindade e, portanto, a própria.

Vender a ideia da separação é conveniente para os sacerdotes religiosos que se arrogam de intermediários.

Para quem tem sede da Divindade: silencie a mente, mergulhe em seu silêncio interior e você encontrará o que procura.

Quando a mente religiosa crê que sua religião é a única e o seu deus é o único, então, essa mente religiosa considera todas as demais religiões e seus deuses como representantes do mal. O mal surge da projeção de uma mente religiosa fanática.

Mas de onde veio o fanatismo, como surgiu o fanatismo?

Da ideia de que a Divindade é uma exclusividade de um indivíduo, de um grupo, de um povo.

O fanatismo surge da possessividade, da apropriação do divino por um grupo de humanos.

O fanatismo deriva do ciúme religioso, portanto é uma forma de paixão altamente possessiva: meu deus, minha religião, meu senhor.

Mas a divindade não pode ser posse de ninguém. Deus não é propriedade privada de nenhuma religião.

Assim o mal surge da apropriação do divino pelo humano, obviamente uma ilusão. E de onde surge o desejo de posse? Do medo de perder o objeto da nossa crença.

Ora, qualquer coisa que ameace a crença tem que ser combatida ou negada pelo suposto crente. E aquilo que ameaça a crença, a fé, é visto como o mal, as trevas, a escuridão.

Assim apegados a uma pequena percepção queremos crer que ela é toda a verdade, e isso é o absurdo provocado pelo medo diante da imensidão, do infinito, pois por mais que amemos a luz quando olhamos as estrelas, a lua e o sol, o universo é feito em sua maior parte de trevas.

Amemos as trevas porque elas são luzes que ainda não compreendemos.

Amemos ao mistério, ele é a fonte da humildade.

Assim escuridão e luz são apenas um dualismo criado pela nossa mente limitada.

Não tenhamos medo de mergulhar na escuridão de nós mesmos. Quando desejamos luz o que ocorre é que a Divindade nos leva a perceber aquilo que não queremos ver, que tememos ver, mas que precisa ser resgatado em nós mesmos.

Nosso lado escuro é muito maior, muito mais poderoso, uma fonte infinita de energia, mas o nosso mal é considerá-lo como tal, pois aí nos alienamos de nós mesmos.

Lidar com a magia é ser capaz de lidar com o mistério que há em nós, compreendê-lo mais do que explicá-lo, pois explicá-lo é afastá-lo, é torná-lo uma assombração de nós mesmos.

Quando pesadelos e sonhos estranhos nos invadem é por certo essa parte de nós que grita por redenção, por compreensão, por reintegração ao espaço de nosso próprio ser.

F.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Sinal de Fumaça II - Lista Ventania de Volta "Online"




Caminhantes,

Atualizando e reforçando este sinal de fumaça.

Já estão disponíveis os textos do nawal Nuvem que Passa relativos à lista Ventania, são mais de cem textos (outros materiais ainda virão, estão no forno em preparação), que tem o foco principal no chamado Xamanismo Guerreiro, Xamanismo Tolteca ou Nagualismo.

Os textos encontram-se em Di-Fusão Now All - https://uni-om.github.io/ 

Para acessar o material basta navegar pelo site sem precisar pagar pedágio, enviar PIX ou assemelhados, não vamos encher o saco de ninguém nesse sentido, o único que pedimos é que enviem esse material, link, para potenciais interessados nos dando uma força na divulgação. Não são necessários nem login, nem senha para entrar no site, que é de natureza estática, não é um espaço de discussão, mas de difusão, Di-Fusão Now All.

O espaço para discussão desses temas por ora é por aqui mesmo, no Pistas do Caminho.

Em breve, dentro de alguns dias ou semanas, teremos disponível o livro em PDF "Bruxaria, Magia e Xamanismo" - BruMaX, aqueles(as) interessados(as) basta deixar um contato para que possamos fazer o envio sem custo algum.

No Intento!

O Vento

O vento que abre as portas
O vento que escancara as janelas
O vento que desfaz nossos abrigos
O vento que traz a tempestade

O vento que nos leva embora desse mundo
O vento que sempre está de passagem
O vento que não tem começo e nem fim

Esteja pronto pois um dia ele virá
E lá estava eu dormindo
Agarrado na imensa noite de minha cegueira
Foi quando, em meus pequenos delírios
Eu o chamei
E ele veio
E me levou embora
Feito folha desgarrada

À mercê de um suspiro do Infinito
Assim eu fui
E o que voltou já não é mais o mesmo
Hoje vislumbro outras possibilidades

Apesar que apenas uma realmente importa
Hoje tenho muitos nomes
E por isso não tenho nenhum
Hoje posso escolher

Apesar de não ter mais escolha
Pois o vento está sempre indo e vindo
Logo estará chegando
Esteja pronto pois um dia ele virá.


(Grande abraço à todos! - Jean).

Sinal de fumaça: disponibilização dos escritos do xamã Nuvem que Passa

Caminhantes,

Atualizando e reforçando este sinal de fumaça.

Já estão estão disponíveis os textos do nawal Nuvem que Passa relativos à lista Ventania (outros materiais ainda virão, estão no forno em preparação), que tem o foco no chamado Xamanismo Guerreiro, Xamanismo Tolteca ou Nagualismo.

Os textos encontram-se em Di-Fusão Now All  -  https://uni-om.github.io/ 

Para acessar o material basta navegar pelo site sem precisar pagar pedágio, enviar PIX ou assemelhados, não vamos encher o saco de ninguém nesse sentido, o único que pedimos é que enviem esse material, link, para potenciais interessados nos dando uma força na divulgação. Não são necessários nem login, nem senha para entrar no site, que é de natureza estática, não é um espaço de discussão, mas de difusão, Di-Fusão Now All.

O espaço para discussão desses temas por ora é por aqui mesmo, no Pistas do Caminho.

Em breve, dentro de alguns dias ou semanas, teremos disponível o livro em PDF "Bruxaria, Magia e Xamanismo" - BruMaX, aqueles(as) interessados(as) basta deixar um contato para que possamos fazer o envio sem custo algum.

"Há braços"!

No Intento!

***

Está sendo feito um trabalho para disponibilizar todo o material escrito pelo xamã Nuvem que Passa que foi produzido através das listas de discussão nos anos em torno da virada do milênio. Trata-se de muito, mas muito material mesmo e que deve ficar disponível, num site específico para tal, no próximo ano astrológico, logo ali, no final de março de 2025.

Também vamos disponibilizar de forma gratuita um primeiro livro em PDF intitulado BruMax - Bruxaria, Magia e Xamanismo - envolvendo a abordagem desses temas que era própria do Nuvem que Passa.

Outros livros se seguirão. Por exemplo, devemos ter um livro em PDF baseado nos textos da lista Ventania, uma lista focada dentro do Xamanismo Guerreiro ou Nagualismo.

Um romance de autoria do Nuvem que Passa também deve vir à luz, no qual o conhecimento xamânico  traveste-se de ficção.

Também estamos buscando as pessoas que de alguma forma ajudaram a reunir tão vasto material para que possamos dar os devidos créditos. Ao longo dos anos algumas pessoas ficaram, digamos assim, como guardiães desses textos e queremos agradecê-las pelas contribuições que fizeram.

Naturalmente o tempo passou, temos aí 20 anos transcorridos, as pessoas perderam o contato, é natural, mas de alguma maneira intentamos retomar agora. Estamos lançando essa rede virtual na vasta teia da internet. Emitimos esse sinal de fumaça pelo espaço cibernético. Aqueles(as) que quiserem receber o material podem entrar em contato conosco por aqui, nos comentários, ou mandar um email para donan.ramak@gmail.com

E mesmo com o transcorrer do tempo os textos continuam vivos, atuais, impregnados daquele intento da busca pela liberdade de percepção que marca a linhagem guerreira. Sim, o espírito do homem nos permitiu contato com outra linhagem além da linhagem fechada pelo nagual de três pontas, o Dr. Carlos Castaneda.

De antemão deixamos aqui o nosso agradecimento a cada um que contribuiu e também ao espírito do homem, pois é como já foi escrito: 

"Se um guerreiro quiser pagar por todos os favores que recebeu e não tiver ninguém em particular a quem fazer seu pagamento, pode fazê-lo ao espírito do homem. Essa conta tem sempre um saldo muito pequeno e o que se botar ali é mais do que suficiente" - Roda do Tempo, de Carlos Castaneda.

O que é ser um Hopi?

O que é ser um Hopi? Talvez possamos perguntar: o que é ser?

O que é ser um Tolteca?

O que é ser um homem de conhecimento?

O que é ser?

Quem eu sou? Eis a pergunta da auto-investigação de Ramana Maharshi, atma-vichara.

Qual o mistério de ser?

Tais perguntas não tem respostas autênticas que possam ser dadas pela mente...

Um pouco dessas reflexões por um nativo hopi, Ramson Lomatewama, lembrando que há aqui dois significados para tal palavra um exotérico, digamos assim, e outro mais profundo...


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A sujeira na unha do pé de Buda



Meditação é o paraíso do presente. 

Se a mente está no presente não percebemos a mente ordinária, sentimos uma outra mente, a mente de Buda, a mente iluminada. 

A antevisão dessa outra mente causa um temor estranho na mente ordinária.

A meditação é a entrada na mente verdadeira do ser humano. 

A meditação é o acesso à natureza real e divina do homem. Na meditação estamos focados no agora, no presente, não oscilamos nem para o futuro, nem para o passado, importa apenas este momento, o agora, o presente, a ocupação real. Não há futuro, nem preocupação. Não há passado, nem pós-ocupação. Ocupação de verdade só é possível no presente. Todas as outras ocupações fora do presente não são ocupações reais, são fantasias da mente fragmentada no passado ou no futuro, são atos mecânicos. Em meditação há apenas ocupação do ser. Há apenas foco no agora. Não há passado ressentido, nem futuro ansioso. Há apenas ISTO, o presente, a Vida pulsante, a respiração e tudo o que está acontecendo neste preciso e desprendido momento.

Meditação – ocupação, agora, presente, realidade, paraíso, foco, postura, elegância, calma, agilidade sem pressa. O pensamento assemelha-se a um rio caudaloso e sereno ou a um lago que parece o espelho do céu.

Distração – quase sempre estamos distraídos com pensamentos que nos levam ao passado ou ao futuro. Há falatório interior, há "fofoca neuronal", há turbulência dispersiva na mente. O fluxo dual do diálogo interior incessante e obsessivo opera entre passado e futuro em ondas emocionais negativas.

Passado: ressentimento, mágoa, saudade que dói, apego, raiva, culpa.

Futuro: expectativa ansiosa, planejamento excessivo, preocupação incessante, tentativa de controle do que não pode ser controlado.

Na meditação somos um, somos inteiros.

Na distração somos muitos, somos legião, somos dispersos.

Simbolicamente, na meditação somos como os santos, pois a aureola dos santos é um símbolo da integração com o divino, com a totalidade.

Por analogia de contrários, na dispersão mental feita de um diálogo interno incessante somos demônios, torturados pela dualidade dos chifres, símbolo da dicotomia da mente que alterna entre passado e futuro.

É claro que isso é apenas uma metáfora. A meditação transcende o santo e o profano, categorias próprias de uma teologia não iluminada. Aliás, só há teologias não iluminadas, pois a meditação, a iluminação é a sua própria teologia, o conhecimento da divindade em nós mesmos de forma direta, a realização da enteogenia do próprio homem.

Teologias e escritos sagrados são, como dizem os mestres zen, dedos apontando para a Lua.

Esse texto é apenas a sujeira na unha do pé de Buda.

F.

Sinal de Fumaça

A Chave Secreta para o Empoderamento

Saúdo a Fonte Eterna em mim e em tudo. Estou atuando a partir do centro da verdade. Que todos os impedimentos sejam removidos. Imagem gerada...