Se a mente está no presente não percebemos a mente ordinária, sentimos uma outra mente, a mente de Buda, a mente iluminada.
A antevisão dessa outra mente causa um temor estranho na mente ordinária.
A meditação é a entrada na mente verdadeira do ser humano.
A meditação é o acesso à natureza real e divina do homem. Na meditação estamos focados no agora, no presente, não oscilamos nem para o futuro, nem para o passado, importa apenas este momento, o agora, o presente, a ocupação real. Não há futuro, nem preocupação. Não há passado, nem pós-ocupação. Ocupação de verdade só é possível no presente. Todas as outras ocupações fora do presente não são ocupações reais, são fantasias da mente fragmentada no passado ou no futuro, são atos mecânicos. Em meditação há apenas ocupação do ser. Há apenas foco no agora. Não há passado ressentido, nem futuro ansioso. Há apenas ISTO, o presente, a Vida pulsante, a respiração e tudo o que está acontecendo neste preciso e desprendido momento.
Meditação – ocupação, agora, presente, realidade, paraíso, foco, postura, elegância, calma, agilidade sem pressa. O pensamento assemelha-se a um rio caudaloso e sereno ou a um lago que parece o espelho do céu.
Distração – quase sempre estamos distraídos com pensamentos que nos levam ao passado ou ao futuro. Há falatório interior, há "fofoca neuronal", há turbulência dispersiva na mente. O fluxo dual do diálogo interior incessante e obsessivo opera entre passado e futuro em ondas emocionais negativas.
Passado: ressentimento, mágoa, saudade que dói, apego, raiva, culpa.
Futuro: expectativa ansiosa, planejamento excessivo, preocupação incessante, tentativa de controle do que não pode ser controlado.
Na meditação somos um, somos inteiros.
Na distração somos muitos, somos legião, somos dispersos.
Simbolicamente, na meditação somos como os santos, pois a aureola dos santos é um símbolo da integração com o divino, com a totalidade.
Por analogia de contrários, na dispersão mental feita de um diálogo interno incessante somos demônios, torturados pela dualidade dos chifres, símbolo da dicotomia da mente que alterna entre passado e futuro.
É claro que isso é apenas uma metáfora. A meditação transcende o santo e o profano, categorias próprias de uma teologia não iluminada. Aliás, só há teologias não iluminadas, pois a meditação, a iluminação é a sua própria teologia, o conhecimento da divindade em nós mesmos de forma direta, a realização da enteogenia do próprio homem.
Teologias e escritos sagrados são, como dizem os mestres zen, dedos apontando para a Lua.
Esse texto é apenas a sujeira na unha do pé de Buda.
F.
Meditação – ocupação, agora, presente, realidade, paraíso, foco, postura, elegância, calma, agilidade sem pressa. O pensamento assemelha-se a um rio caudaloso e sereno ou a um lago que parece o espelho do céu.
Distração – quase sempre estamos distraídos com pensamentos que nos levam ao passado ou ao futuro. Há falatório interior, há "fofoca neuronal", há turbulência dispersiva na mente. O fluxo dual do diálogo interior incessante e obsessivo opera entre passado e futuro em ondas emocionais negativas.
Passado: ressentimento, mágoa, saudade que dói, apego, raiva, culpa.
Futuro: expectativa ansiosa, planejamento excessivo, preocupação incessante, tentativa de controle do que não pode ser controlado.
Na meditação somos um, somos inteiros.
Na distração somos muitos, somos legião, somos dispersos.
Simbolicamente, na meditação somos como os santos, pois a aureola dos santos é um símbolo da integração com o divino, com a totalidade.
Por analogia de contrários, na dispersão mental feita de um diálogo interno incessante somos demônios, torturados pela dualidade dos chifres, símbolo da dicotomia da mente que alterna entre passado e futuro.
É claro que isso é apenas uma metáfora. A meditação transcende o santo e o profano, categorias próprias de uma teologia não iluminada. Aliás, só há teologias não iluminadas, pois a meditação, a iluminação é a sua própria teologia, o conhecimento da divindade em nós mesmos de forma direta, a realização da enteogenia do próprio homem.
Teologias e escritos sagrados são, como dizem os mestres zen, dedos apontando para a Lua.
Esse texto é apenas a sujeira na unha do pé de Buda.
F.
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