Esta é a nossa principal ilusão, pois o principal erro que cometemos com nós mesmos é nos considerarmos como um só - Ouspensky em O Quarto Caminho.
Nossa principal ilusão, nossa principal corrente.
Nos considerarmos como um, como detentor de um único eu.
A palavra eu para referir-se a si mesmo não é correta, mas não basta saber isso de um ponto de vista intelectual. Não basta saber de um ponto de vista teórico, é necessário dar-se conta em si mesmo e perceber a legião que existe dentro de nós.
Legião é o termos que o cristianismo esotérico, o gnosticismo utiliza para definir o humano, aquela corda esticada, como diria Nietzsche, entre o animal e o além do homem.
E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.
E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;
O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;
Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar.
E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.
E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
(Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
Marcos 5:1-9
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