Não viemos para este mundo para mudar as regras do jogo, mas para vencer a "Banca" em seu próprio jogo a partir de nós mesmos.
quarta-feira, 30 de junho de 2021
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Hóspede
Quem reforma uma casa onde se é apenas um hóspede?
Que hóspede se meteria a reformar uma casa onde está de passagem?
E se o hóspede se desse conta que é um prisioneiro?
Ou que não é bem-vindo na casa?
Ou que serve a interesses nessa hospedagem que não são seus?
Ou que a casa não é uma hospedagem, mas um hospital (psiquiátrico)?
Não se veria "um estranho no ninho"?
Aliás, hospedagem e hospital bebem na mesma fonte latina (etimológica): hospes.
Ninguém duvida que a Terra é um planeta, mas, metaforicamente, não seria um hotel-fazenda?
Um hotel-fazenda cheio de criações, inclusive criações humanas (humaneiros), assim como há criações de galinhas, de vacas, etc.
Mas quem é o dono do hotel-fazenda? Ah, os humanos se consideram os donos, mas eles estão aqui só de passagem, têm apenas uma posse provisória e o dono de algo que dura tanto, como a Terra, não poderia ser uma criatura tão fugaz. Isso faz sentido?
Um planeta com mais de 4 bilhões de anos não poderia ter como dono uma espécie tão recente, tão nova na história planetária e que ainda destrói a hospedagem. Isso é o cúmulo da arrogância, o ápice da ilusão. Ilusão marcada por eventos tão singelos quanto ignorados.
Hotel,hospital mundo; quarto,corpo. Morte, encerramento da estadia, carimbo no passaporte para outro mundo.
Sim, a morte é a marca do hóspede, de sua condição de hóspede no albergue do mundo. Mas ele julga-se o tal, acha-se no domínio sendo apenas nada. Ah, a vaidade! O pecado predileto deste hóspede, que mesmo se achando o topo da cadeia alimentar morre de medo de um vírus. Curioso, não?
quarta-feira, 1 de julho de 2020
O jejum como técnica para aumento de energia.
Um dos efeitos da Tensegridade e de outras práticas físicas como a Hatha Ioga, certos estilos de Kung Fu é justo, ao redefinir a nossa energia, remodelar o corpo de acordo com os padrões e estilos de vida dos antigos xamãs da linhagem guerreira. Da mesma forma o jejum permite ao corpo uma recuperação e um rejuvenescimento.
Na verdade o estilo de vida moderna que estimula o consumo desenfreado é um dos responsáveis pela indulgência no comer que conduz à obesidade, a níveis muito altos de glicose e a uma compulsão escravizante do nosso corpo aos padrões impostos pela propaganda e pelo sistema escravizante.
Libertar-se da indulgência imposta pelo consumo é um ato revolucionário, de quebra das próprias correntes.
O jejum não é apenas uma prática física, possui também uma natureza espiritual, permitindo não apenas a purificação do corpo, mas também a purificação da mente que leva à paz mental e ao silêncio interior.
Temos aqui uma das ferramentas para operar um revolução interior, fundamento necessário para uma revolução mais ampla da humanidade.
*
segunda-feira, 18 de maio de 2020
A fenda e a morte
Uma Estranha Realidade, capítulo 13.
— Isso é perfeitamente compreensível — disse ele — A morte tem dois estágios. O primeiro é o desmaio. É um estágio sem significado, muito semelhante ao primeiro efeito de Mescalito, em que a gente experimenta uma leveza que nos faz sentir felizes, completos e que tudo no mundo está bem.
Mas esse é apenas um estado superficial; logo desaparece e a gente entra num novo reino,
Esse segundo estágio é o verdadeiro encontro com Mescalito. A morte é muito como isso. O primeiro estágio é um desmaio superficial. O segundo, porém, é o verdadeiro, onde a pessoa encontra a morte; é um breve momento, depois do primeiro desmaio, em que descobrimos que, de algum modo, somos nós mesmos, de novo. É então que a morte se choca contra nós numa fúria muda, até dissolver nossas vidas no nada.
— Como você pode ter certeza de estar falando sobre a morte?
— Tenho o meu aliado. O fuminho me mostrou minha morte inconfundível com grande clareza. É por isso que só posso falar sobre a morte pessoal.
As palavras de Dom Juan me causaram uma profunda apreensão e uma ambivalência dramática. Tinha a impressão de que ele ia descrever os detalhes comuns de minha morte e dizer-me como ou quando eu ia morrer. A simples ideia de saber disso me desesperava e, ao mesmo tempo, provocava minha curiosidade.
Naturalmente, eu poderia ter pedido que ele descrevesse sua própria morte, mas senti que um pedido desses seria um tanto grosseiro e eliminei-o automaticamente. Dom Juan parecia estar-se divertindo com meu conflito. O corpo dele estremecia de tanto rir.
— Quer saber como pode ser sua morte? — indagou ele, com um prazer infantil no rosto. Achei o prazer malicioso dele em implicar comigo um tanto confortador. Quase diminuía minha apreensão.
— Ok, diga-me — respondi, e minha voz falseou.
Teve uma explosão de riso formidável, Segurou a barriga e rolou para o lado, repetindo, zombando, "Ok, diga-me", com a voz de falsete. Depois, endireitou-se, sentou-se, fingindo dureza, e, com voz trêmula, falou:
— O segundo estágio de sua morte pode bem ser do seguinte modo. Seus olhos me examinaram com uma curiosidade aparentemente sincera. Eu ri. Percebi claramente que a caçoada dele era o único artifício que poderia amortecer a impressão da ideia da morte da própria pessoa.
— Você dirige muito — continuou ele — de modo que pode encontrar-se, num dado momento, novamente dirigindo um carro. Será uma sensação muito rápida, que não lhe dará tempo de pensar, de repente, digamos, você estaria dirigindo, como já fez milhares de vezes. Mas antes de poder pensar em si, notaria uma formação estranha diante de seu pára-brisa. Se olhasse mais de perto, veria que é uma nuvem que parece uma espiral brilhante. Seria parecida, digamos, com um rosto, bem no meio do céu na sua frente. Enquanto você olhasse, veria que ela recuava até ser apenas um pontinho brilhante na distância, e então repararia que ela começava a se mover na sua direção outra vez; ganharia velocidade e, num piscar de olhos, chocar-se-ia contra o pára-brisa de seu carro. Você é forte; estou certo de que a morte precisaria de alguns assaltos para pegá-lo.
"A essa altura, já saberia onde estava e o que lhe estava acontecendo; o rosto recuaria de novo para uma posição no horizonte, ganharia velocidade e se chocaria contra você. O rosto entraria dentro de você e então saberia... teria sempre sido o rosto do aliado, ou eu falando, ou você tomando notas. O tempo todo, a morte não era nada. Nada. Era um pontinho nas folhas de seu caderno. E, no entanto, entraria dentro de você com uma força incontrolável e faria você expandir-se; achatá-lo-ia e o estenderia sobre o céu e a terra e além. E você seria como uma névoa de cristaizinhos se movendo, movendo e sumindo".
Fiquei muito impressionado com a descrição de minha morte. Esperava ouvir coisa muito diferente. Durante algum tempo, não consegui dizer nada.
— A morte entra pela barriga — continuou ele, — Bem pela brecha da vontade. Aquela zona é a parte mais importante e sensível do homem. É a zona da vontade e também a área pela qual nós todos morremos. Sei disso porque meu aliado me guiou àquele estágio. Um feiticeiro sintoniza sua vontade deixando que sua morte o alcance, e quando ele está chato e começa a se expandir, sua vontade impecável toma conta e reúne a neblina numa pessoa de novo.
Dom Juan fez um gesto estranho. Abriu as mãos como dois leques, levantou-as ao nível de seus cotovelos, virou-as até os dedos tocarem seus lados e depois juntou-as de novo devagar no centro de seu corpo, sobre o umbigo. Conservou-as ali um momento. Seus braços tremiam com o esforço. Depois, levantou-as até as pontas de seus dedos médios tocarem sua testa e depois puxou-as para baixo na mesma posição no meio do corpo. Era um gesto formidável. Dom Juan o executara com tanta força e beleza que fiquei assombrado.
— É a vontade que junta um feiticeiro — disse ele — mas como a velhice o enfraquece, sua vontade murcha e chega inevitavelmente um momento em que ele não é mais capaz de dominar sua vontade. Então, ele não tem nada com que se opor à força muda de sua morte, e sua vida se torna igual à de todos os seus semelhantes, uma névoa se expandindo além de seus limites. Dom Juan olhou para mim e levantou-se, Eu estava tremendo.
— Já pode ir ao mato — disse ele. — Já é de tarde.
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
Uma fé silenciosa: o intento
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Refletindo sobre o projeto do guerreiro espiritual: Jejum Holístico.
A passagem sobre as tentações de Cristo exemplifica isso:
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome - Mateus 4:2.
O que precisa ser notado é que o jejum não é apenas alimentar, apesar da palavra fome no texto supracitado nos induzir a pensar apenas no alimento. Até por ter sido esta a primeira tentação:
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus - Mateus 4:3,4.
Quem passa no deserto, símbolo da insularidade, do isolamento e do silêncio, 40 dias e 40 noites também jejua não apenas em termos alimentares. O próprio silêncio convida à meditação e a cessação do diálogo interior, então temos o jejum mental e de pensamentos.
O próprio isolamento conduz ao jejum sexual, à sublimação e à transmutação da energia criadora, prática de economia de energia que encontramos em várias tradições espirituais, explicitada no Xamanismo Guerreiro pelo nagual Carlos Castaneda no livro Fogo Interior, capítulo 4:
"Se os guerreiros desejam ter energia suficiente para ver, devem tornar-se avaros com sua energia sexual. Essa foi a lição que o nagual Julian nos deu. Empurrou-nos para o desconhecido e todos nós quase morremos. Como cada um de nós desejava ver, naturalmente nos abstivemos de desperdiçar nosso brilho da consciência."
Ou seja, o conceito de jejum vai além da mera restrição alimentar e adentra em outras áreas de nossa vida como forma de economizarmos nossa energia e treinarmos o nosso corpo e a nossa mente para os estados de consciência intensificada xamanísticos.
Aqui não há nada de punição, ascetismo, renuncia ou sacrifício no sentido pejorativo que se dá a tal palavra na atualidade.
Sacrifício é sacro-ofício, em outros termos é trabalho sagrado ou "O Trabalho".
Aqui não há nada de santidade, pois xamãs-guerreiros não são santos, mas a aplicação prática de princípios que levam à impecabilidade ou a economia de energia necessária para sustentar uma ampliação e evolução da consciência, destino necessário do ser humano que quer realizar a travessia entre o animal e o mito ou como diria Nietzche:
O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda por cima do abismo.
As pessoas não sabem o que é mito, mito é a realização do impossível, impossibilidade para o senso comum e medíocre, é o sonho acordado de homens e mulheres que fizeram a travessia por cima do abismo.

sábado, 13 de outubro de 2018
A mudança do ponto de aglutinação (ou encaixe) da Terra.
A mudança do ponto de aglutinação (ou encaixe) da Terra.
Se uma pessoa comum tem um movimento casual e não intencional do ponto de aglutinação surgirá nela uma dissonância cognitiva, uma ruptura entre a realidade ordinária consensual e aquilo que ela está efetivamente percebendo e vivenciando, ela quase que inevitavelmente irá questionar-se: estou pirando?
Agora imagine isso no plano coletivo em decorrência de um movimento do próprio ponto de aglutinação da Terra, que era e é um dos objetivos do nagual Carlos Aranha Castaneda.
Imagine a quantidade de pessoas que sofrerão uma enorme dissonância cognitiva e que por falta preparo irão entrar em parafuso tentando desesperadamente restaurar sua condição perceptiva anterior. Um exemplo de tentativa de restauração da condição perceptiva anterior é a aderência a movimentos sociais conservadores e até mesmo radicais no sentido da manutenção do "status quo" como forma de restabelecer uma condição passada que será cada vez mais colocada em xeque pela mudança do ponto de aglutinação do próprio planeta Terra.
Não estamos assistindo isso no Brasil?
Muita, mas muita gente vai pirar, tá pirando ou já pirou. Adquirir sobriedade e pragmatismo nesse período é item fundamental de sobrevivência.
Quanto mais uma sociedade tornar-se reativa a esse movimento planetário tornando-se conservadora ou ultra-conservadora em termos políticos, sociais, culturais, econômicos, religiosos e espirituais mais tal sociedade sofrerá os efeitos da mudança em decorrência da resistência.
Lidar com o aumento do nível de energia em decorrência de um movimento energético da Terra colocará muita gente numa tremenda peia.
O sonho de uns, o pesadelo de muitos.
Sejam todos bem-vindos.
Sinal de Fumaça
Como canalizar a energia sexual
A energia sexual é um ponto fundamental. Não é à toa que é chamada de brilho da consciência dentro do Xamanismo Guerreiro. Mas é um assunto ...

-
Narrativa versus História Um dos pontos que temos de rever quando vamos estudar em profundidade o que se esconde por trás dos conceitos de X...
-
Como já notaram não sou de escrever pouco, é que a meu ver, as palavras podem gerar tanta confusão que acredito sempre necessário localizar ...
-
A civilização na qual estamos inseridos tem algumas falhas estruturais no quesito levar cada ser humano ao atingir de sua maturidade moral e...