Aloha!
Ultimamente tenho questionado algumas abordagens intelectuais ou fantasiosas da realidade a nossa volta e sobre nós mesmos.
Faz já um tempo isso, mas ultimamente estive com uma pessoa ligada ao Taoísmo e nestes meses fiquei muito chocado em perceber que os conceitos, as definições, todas elas, desde as mais chãs as mais transcendentes, todas são emanadas de um nível, emoções ou raciocínios.
É muito forte perceber isso, perceber que a maior parte do que chamamos "nosso jeito de agir" é um movimento de reação.
A ação brotando da gente mesmo, de nossa própria vontade, de nossa intenção é algo raro ainda, a maior parte da humanidade planetária segue modelos prontos, tem paradigmas impostos, não escolhidos e a flexibilidade perceptiva está endurecida.
Raciocinar e emocionar lida com tipos de comportamento que respondem a uma programação ideológica de vários grupos. O que chamam de "mundo oficial" , a abordagem da realidade que temos por final e determinante precisa ser contemplada, meditada, observada com foco para irmos além do repetir daquilo que já existe, que já se mostrou insuficiente para o tamanho do desafio de ajudar este planeta como um todo a se curar, a voltar ao seu estado de equilíbrio com o meio e consigo mesmo.
Há um novo tempo começando, após a noite está raiando a manhã.
Hunab Ku ressurge.
Estamos numa dimensão da realidade que nos colocaram.
A opção do Xamanismo é mostrar como mudar a realidade sem nos desviar de um caminho de liberdade.
SENTIR e PENSAR são formas diferentes de usar aquilo que treinamos usando o emocionar-se e o raciocinar.
Podemos atravessar toda a existência limitando-nos a apenas nos emocionarmos dentro dos estímulos que vem da "realidade", podemos ficar nos conceitos racionais que explicam o mundo dominante atual, podemos por toda a vida apenas teorizarmos sobre questionamentos ao modelo vigente mas na realidade cotidiana servir de várias formas a manutenção do mundo tal qual ele é, tal quais os conquistadores nos impuseram.
Escolher deixar de fato, em ato, de manter esse sistema destrutivo que domina ainda o cenário mundial é reconhecer que os conquistadores ainda estão no poder, que o mundo virou de fato um grande mercado onde o mais importante para grande número de pessoas é o gerar de capitais e poder de controle em comportamento.
Mas há outras opções por aí.
Há outros caminhos, caminhos sutis, que não se impõe, apenas se revelam existentes, apenas emanam o que são, como o Sol surgindo na cinzenta cidade.
Perceber a realidade em outros níveis.
Me parece que esta energia de Hunab Ku que está chegando agora ao planeta, está impregnada de novas e desafiantes formas de existência, mas dentro de uma perspectiva equilibrada em relação ao meio.
Estar em harmonia é um caminho para o Ser.
Estou trabalhando com consultoria para projetos sustentáveis e dentro de uma proposta de Melhoria Contínua. Tem empresa que entro uma vez por semana as 5:30, para passar o treinamento na entrada do pessoal na linha de produção. O tempo, o horário, a tal 5:30. Uma vez por semana este horário está lá e a gente tem que chegar no horário.
Neste momento é irônico ler que o "tempo não existe". Às vezes LEIO TEXTOS com uma abordagem sobre o tempo que me parece perdida em uma abordagem racional.
Creio que o Xamanismo Guerreiro propõe uma outra relação com o tempo e neste sentido o tempo de fato não existe, mas nesse mundo, gerado por esta posição comum que o ponto de aglutinação foi fixado, há um tempo acontecendo
Quem trabalha em qualquer setor da economia oficial em algum momento está ligado ao tempo, tendo que cumprir horários, efetivos.
Horários, são 7:10, daqui a pouco estarei num escritório, uma empresa, pessoas focadas nos desafios do mercado ali.
Tantas influências, mas o que chamam de realidade ali é um conceito de "realidade" de uma sociedade.
É complexo isso, entender que nossa "abordagem da realidade" é no começo fruto dos condicionamentos que recebemos e continuamos recebendo.
Este primeiro momento, quando reconhecemos que somos um ente perceptivo, que somos um ponto perceptivo, ponto adimensional, isto muda muita coisa. Pois podemos deixar de nos identificar com o que "fizeram de nós" e podemos de fato mergulhar nesse lugar interior, silencioso, singular, de onde podemos brotar sinceramente como novidade e não mera repetição do que já foi realizado. O papel dos caminhos é mostrar a liberdade e a relação direta nossa com a Fonte.
Isto é fantástico, somos ponte, ponte entre mundos diversos que se encontram pelo nosso existir.
Somos pontes.
A diferença da proposta de observar a realidade que o Xamanismo faz permite entrar numa linha de existência singular, própria e nesta "unidade" podemos ir além das programações que herdamos enquanto membro de uma espécie cumprindo funções para o metabolismo do organismo cósmico onde estamos inseridos(as).
Observar o mundo como ele é em si.
Sentir a realidade que nos envolve pelo que ela passa de fato, estar atento no aqui e agora do momento onde estou.
O Xamanismo Guerreiro restaura uma linha que permanece secreta há eras, trás a possibilidade de entendermos um pouco mais, mesmo racionalmente, outra forma de abordar o mundo, a ação impecável, astuciosa, paciente e gentil.
Esta combinação de estilos de agir faz com que realmente ocorra um "agir" e não um mero reagir, que às vezes até vem disfarçado de atividade, de conhecimento, de sistema, de caminho, mas não o é.
A ação brota da vontade, sem vontade não "há ação de fato", só reação, estaremos agindo por causas que foram deflagradas em outros tempos, estamos respondendo ao contexto social onde estamos inseridos representando um papel ao qual fomos acostumados desde que nos tornamos "maduros e autossuficientes". Ser maduro e autossuficiente é uma forma de se colocar das pessoas que neste mundo conseguem "se manter".
É um desafio se manter nesse mundo, de fato, com equilíbrio, existem várias formas, na realidade toda pessoa que está na sociedade de alguma forma está se mantendo enquanto "indivíduo".
É interessante observar isso, todos têm nomes, profissões, aparências, enfim cada uma das pessoas do mundo de hoje, cada indivíduo onde quer que esteja, é uma possibilidade humana, cada ser humano que nasce hoje está exposto a uma descrição de mundo que, em linha gerais, se tornou impressionantemente comum por este estranho fenômeno que alguns chamam de "globalização".
Desde umas 10.500 voltas do Sol atrás que não acontece uma civilização global e integrada como esta que estamos.
Agora estamos de novo, sintonizados com vários tipos de estilos de vida que podemos adotar como resposta constante, como ação base mesmo.
Atitude.
Mas será que é só isso o "me manter", será que não estamos presos num jeito de agir e relacionar, tanto com o meio como com a gente mesmo?
Será que não temos que rever todas as nossa verdades constantemente, ampliando a percepção da realidade?
É este ponto que tenho percebido, os outros mundos, as experiências advindas do trabalho mágico, revelam realidades que não dá nem prá aludir com palavras.
É tão ampla a mudança resultante de um caminho de autonomia existencial e são tão restritas as propostas fruto desse mundo condicionado, doutrinado, limitado, conquistado que nos ensinaram a perceber como "única" realidade.
O desafio nestes caminhos é trilhar com foco, evitar "naufragar" no tempestuoso mar que às vezes surge, tão pouco se deixar prender pelos mares paradisíacos. Para os(as) xamãs guerreiros(as) há a aventura da Eternidade, sem ficar preso em nada, mesmo os Deuses e Deusas ao fim do Mahavantara ou mesmo do Kalpa, se verão dissolvidos, frente a este fim, este dissolver em tantas possibilidades há uma liberdade diferente acenando da 3ª porta, sutil.
Há uma era de comércio e comerciantes e algumas classes outras que ainda gravitam em torno do dinheiro também, assim, acabamos restritos a um planeta onde indústrias de armas e destruição desenvolvem tecnologias para garantir o poder aos grupos que servem.
E por diversos meios há um domínio, mas agora questionado, sobre nossas vidas e os destinos do mundo.
O importante é reconhecer que estamos em outro tempo, outro espaço, a era de dominação acabou, o domínio de grupos não justifica mais, há uma realidade muito ampla vindo do Centro da Galáxia.
Dentro de mais ou menos 10 voltas ao redor Sol estaremos recebendo o pulsar do coração da galáxia, o momento no qual a força do centro da galáxia emite pulsos de sua presença, o mundo se vê perante o abismo e tem a coragem de saltar, livre, só, pleno.
Há mundos novos voltando e dizem que muitos dos que se foram na última pulsação voltam, trazendo novas amizades.
A Tribo do Arco Íris está em ação.
Chegou o tempo mágico.
Começou, não há mais tempo de investir a energia nossa em modelos de realidades que vieram dos conquistadores.
É chegado o momento de vestirmos nossas cores reais e começarmos a ousar, a agir, para manifestar na realidade o que sabemos estar vindo de outros mundos.
Os grupos dominantes continuam desenvolvendo suas estratégias para que o mundo inteiro tenha uma uniforme e pouco variante percepção da realidade, para que nesta visão programada se adapte a esse modelo de produção global que estes(as) neo senhores(as) feudais, alguns comerciantes, militares e mais algumas facções como igrejas e outras, estão impondo aos seres humanos como visão única de realidade.
Observar isso com foco é muito importante, é momento de entender que tudo que chamamos de realidade é apenas uma descrição, a descrição que a Igreja com os Invasores trouxeram até este continente, se aproveitaram de disputas tolas das tribos aqui viventes e impuseram um modelo de civilização.
Hoje estamos tendo a chance de saber um pouco mais, de conhecer mais as formas de viver de povos nativos ancestrais, quando estavam em contato com a VIDA, consigo mesmos, então viviam de forma harmônica, presenciando mistérios de todo escopo.
Pra mim é claro que esta sociedade que aí está é uma sociedade gerada pelos conquistadores, tem muitos valores de uma sociedade de escravos(as) por isso para de fato compreender e trilhar o caminho do(a) guerreiro(a) do Arco Íris é necessário compreender os fatos que nos levaram a ser membros de uma sociedade de escravos(as) e trabalhar ativamente para sair dessa.
Parece-me que o começo de tudo é observar, observar a gente mesmo e tudo a nossa volta, para descobrir o que as coisas e eventos, as pessoas e situações, são de fato, não nos limitarmos a uma descrição de mundo que nos dão pronta, mas ousar construir outra abordagem da realidade.
É fundamental observarmos a nós mesmos, lembrar de nós mesmos, é fundamental deixarmos de ser um conjunto de estilos de reagir, emocionar e raciocinar e chamar esse aglomerado de "eu".
Uma chave que as tradições nos trazem é a percepção que devemos ter sempre um trabalho eficaz no corpo Tonal, o tonal, o dia a dia, a chamada realidade, deve ser bem resolvida, precisamos viver plenamente nesta realidade, antes de ir para outras realidades, a Tradição ensina que se lidamos satisfatoriamente no mundo "real" já estamos preparando nossas habilidades da segunda atenção para operar com eficiência em outras realidades.
Há um mundo acontecendo a nossa volta, um mundo composto de muitos mundos, cada ser humano é um "parente da mesma fonte" como alguns chamam, toda a vida é nossa "parenta", estamos ligados ao respirar e fluir da Eternidade através de nós, por nós, além de nós...
A percepção de realidade que um Caminho nos desperta permite que mudemos completamente nossa relação com a realidade, não apenas conceitualmente mas efetivamente.
Um dos conceitos fundamentais do Xamanismo é a ligação com a Terra, enquanto energia, feminina, manifesta na Natureza, em suas facetas amplas, do brilho dos olhos do predador na floresta, a sutileza de um beija-flor numa flor rica em néctar, o mistério da vida, em todas suas formas.
Conectar-se a Vida é uma necessidade do Xamanismo, no Xamanismo aprendemos que somos parte da Terra, desligados (as) por ação bitolante do sistema dominante e seus vetores.
Assim o primeiro desafio além de observarmos a nós mesmos é estarmos conectados a essa energia de forma plena, algo que está muito longe do que julgamos ser isto.
Parece-me que o começo de tudo é aprender que podemos de fato "vir a existir" enquanto ser singular e a necessidade de guardarmos energia para que nossa percepção possa captar realidades outras além das que nos foram condicionadas.
É muito importante lembrar que Xamanismo vem de uma civilização distinta com paradigmas distintos, então os valores que damos as palavras que usamos não tem acesso direto aos valores destas civilizações, que ao contrário dessa civilização escravizada e restrita, possuíam uma abordagem da realidade ampla, complexa, dinâmica.
A tradição mágica está aí, apenas visível aos que "olham envesgados”.
Alguns mitos já bem "popularizados" e algumas lendas sobreviventes da tremenda perseguição que a História e os fatos desses povos sofreram ainda estão por aí, mas nos caminhos secretos nunca o saber deixou de fluir, como límpido rio da tradição espiritual .
É importante lembrar disso, ritos e conhecimentos de vários povos foram destruídos na tentativa de assegurar a escravização que continua de forma acentuada, basta olhar com atenção o mundo a sua volta.
Há uma conexão diferente de um (a) xamã com a Terra.
Esta conexão não surge por "fantasia", ou por apenas reinterpretarmos todos os conceitos que assimilamos nesse período de vida exposta a "educação" do sistema.
Não adianta apenas mudar os títulos, não adianta mudar nomes, falar as mesmas coisas com conceitos diferentes, o mergulho em nós mesmos tem de ser profundo, além de toda programação, até chegar naquela dimensão silenciosa que está apta a expressar não "o que fizeram de nós" , mas o que de fato somos, entes perceptivos, atiçando o brilho da consciência com nossa percepção.
Percebemos.
Algo é percebido.
Mas não precisamos interpretar esse algo como determina nossa educação, podemos ir em busca de outras interpretações da realidade, oriundas de desafios de vida com intenções mais amplas, mais profundas, ao invés de servir grupos de poderosos, servir modelos prontos de realidade gerados por pessoas, dentro da forma humana, ousar ir além, em busca de uma fugidia liberdade, que até na palavra apenas alude a algo que está noutro estado, noutra realidade.
É muito importante para quem trilha a proposta Tolteca reconhecer que a força e a magnitude da civilização Tolteca não foi um dado racial, falamos de um xamanismo aberto a todas as correntes humanas, a todas as correntes vivas, o velho nagual fala das árvores¹ no quintal de uma das casas do grupo, como árvores guerreiras que também estão no grupo.
Portanto, as possibilidades do Caminho Guerreiro são surpreendentes e além de nossa imaginação, já sempre algo que brota, espontaneamente, insights que revelam linhas de agir e existir, que nos colocam em sintonia com outras esferas da existência, mundos completos, onde podemos escapar da escravidão e construir vidas completamente satisfatórias.
A civilização dominante, mesmo em seus aspectos espiritualizados coloca que os minerais "evoluem" em vegetais, os vegetais em animais e os animais em seres humanos.
É um consenso entre a maior parte dos caminhos conhecidos por espirituais, que existe uma "evolução" e cada reino está num "nível evolutivo diferente”.
O Xamanismo que estamos estudando aqui faz parte de outra abordagem da realidade, uma abordagem onde pedras, plantas, animais, nós, somos formas distintas da manifestação da mesma Fonte, da mesma origem emanamos, cada um de nós está singularizando porções de energia e consciência que ganhamos ao nascermos, que vieram da fonte.
O foco é ir além.
Assim existe energia e consciência em minerais, vegetais e animais, como também nos seres inorgânicos, que tem consciência e energia, mas não forma orgânica, assim, nessa diversidade é importante profundo foco no aqui e agora, onde quer que seja esse aqui e agora, neste mundo ou em "mundos outros que não este".
Essa mudança de foco perceptivo permite nos relacionarmos com o "PODER" com nossos sentimentos, não com descrições racionais, também longe de emocionalismos, assim como o PENSAMENTO, o pensar pode surgir como uma nova forma de lidar com o mundo, além do racional, o Sentir também pode ser empregado no lugar de emocionalismos vãos, ao invés de agirmos em procedimentos que reforçam o sono e a inconsciência podemos agir nos mínimos detalhes, em cada momento, para irmos além dos limites que nos impuseram e resgatar nossa liberdade perceptiva, a liberdade fundamental para um ser perceptivo.
Parece-me que à medida que conseguimos entrar em outras descrições de realidades nossas possibilidades existenciais vão além do descritível em palavras.
O tal Silêncio que tanto falam, é um estado indescritível, não é vazio embora nada ali exista.
Somos seres perceptivos, percebemos, mas o que interpretamos da interpretação veio de um condicionamento, daí que considero muito importante podermos conscientemente trabalhar nossos condicionamentos interiores, através da auto-observação para começar detectando-os.
Parece-me fundamental essa percepção que precisamos começar nos libertando dos limites e condicionamentos perceptivos que nos impuseram ao nos "educar", os condicionamentos que recebemos de nossos pais e parentes e meio social da infância.
É muito importante estudar o meio do qual viemos, há muita coisa que julgamos "nossas" e vamos descobrir que foram apenas respostas, imitando ou brigando, com padrões que foram impostos.
No caminho de irmos mais ao fundo em nós mesmos vamos vencendo níveis com os quais nos identificamos, Gurdjieff chama de "falsa personalidade", o conjunto de estilos de reagir, emocionar e raciocinar que nos enganamos acreditando que é um "eu" quando é apenas um aglomerado, forjado pela educação e situações de vida.
Temos tantos condicionamentos que geralmente quem impõe apenas repete o que acredita certo, perpetua sua visão de mundo mesmo sem se identificar com ela.
Um caminho com coração busca outros desafios.
É, apenas, é.
Não há como trilhar o desafio Tolteca e não trilhar apenas caminhos com coração, apenas...
As propostas Toltecas utilizam muita energia, é vital descobrirmos caminhos que não dissipem nossa energia, assim agir aqui e agora com foco em atitudes com "coração" é uma forma de atingir outra forma de participar da realidade, uma forma tão mais ampla que num certo momento a interação com níveis fora desta realidade se torna possível, estar aqui e agora começa a ser praticado.
Parece-me que é neste momento que precisamos mais de equilíbrio, pois a partir desse instante nenhuma explicação, nenhum amortecedor vai mais fazer efeito, podem disfarçar de vez em quando, mas a liberdade completa de perceber a essência infinita da realidade, não permite mais que nos limitemos a explicações racionais da realidade.
A razão é uma dimensão da realidade, é fruto de uma posição do ponto de aglutinação, se mudamos o ponto de lugar vamos alinhar mundos de outras realidades, com outras formas de relação.
Este o desafio que todos enfrentam, aprender a entrar em outras descrições da realidade, aprender a "funcionar'" em outras realidades.
É um tema que voltaremos neste alvorecer de Hunab Ku.
Nuvem que passa
Julho 17, 2002 7:48 AM
Notas
¹ O Poder do Silêncio, página 56 e 57, 3ª edição, editora Record:
Estava fresco e quieto no pátio da casa de Don Juan como no claustro de um convento. Havia uma grande quantidade de árvores frutíferas plantadas bem juntas, o que parecia controlar a temperatura e absorver todos os ruídos. Quando fui a primeira vez em sua casa, havia feito comentários críticos sobre a maneira e lógica pela qual as árvores frutíferas haviam sido plantadas. Eu lhes daria mais espaço. Sua resposta foi que aquelas árvores não eram propriedade sua, eram árvores guerreiras livres e independentes que se haviam juntado ao seu grupo de guerreiros, e que meus comentários, que se aplicavam a árvores comuns, não eram relevantes.
¹ O Poder do Silêncio, página 56 e 57, 3ª edição, editora Record:
Estava fresco e quieto no pátio da casa de Don Juan como no claustro de um convento. Havia uma grande quantidade de árvores frutíferas plantadas bem juntas, o que parecia controlar a temperatura e absorver todos os ruídos. Quando fui a primeira vez em sua casa, havia feito comentários críticos sobre a maneira e lógica pela qual as árvores frutíferas haviam sido plantadas. Eu lhes daria mais espaço. Sua resposta foi que aquelas árvores não eram propriedade sua, eram árvores guerreiras livres e independentes que se haviam juntado ao seu grupo de guerreiros, e que meus comentários, que se aplicavam a árvores comuns, não eram relevantes.
Sua resposta soou metafórica para mim. O que eu não sabia então era que Don Juan tornava literalmente o que dizia.
Don Juan e eu estávamos agora sentados em cadeiras de vime de frente para as árvores frutíferas. Todas as árvores estavam dando fruto.
Comentei que não era apenas uma visão bonita mas também extremamente intrigante, pois não era a estação das frutas.
— Há uma história interessante a respeito — admitiu. — Como sabe, essas árvores são guerreiros do meu grupo. Estão dando frutos agora porque todos os membros do meu grupo têm conversado e expressado sentimentos sobre nossa viagem definitiva, aqui diante delas. E as árvores sabem agora que quando embarcamos em nossa viagem definitiva, irão acompanhar-nos.
Olhei para ele, espantado.— Não posso deixá-las para trás. São guerreiros também.
Entraram contudo para o grupo do nagual. E sabem como me sinto a seu respeito. O ponto de aglutinação das árvores está localizado muito baixo em seu enorme casulo luminoso, e isso lhes permite conhecer nossos sentimentos, por exemplo, os sentimentos que estamos tendo agora enquanto discutimos minha viagem definitiva.
7 comentários:
Vocês disseram que Nuvem que Passa morreu. Porém, onde ele estará? Em seus textos? Os textos são outro modo de navegação entre os mundos? Os cabalistas acreditam nisto...
Benvolio, os textos são pontes também.
No intento,
F.A.
Sabe, a cada passo, desde que decidir trilhar o caminho através do que sinto fica cada vez mais claro pra mim o quanto me recusei a caminhar por esperar que as coisas mudassem antes. Agora não vejo sentido nisso, se sinto que algo não esta manifestado, vou manifestar primeiro em mim e não mais esperar que manifestem o que ainda não podem. Antes não fazia nada que eu julgasse não saber. Desde o ritual do Equinócio de outono isso ficou muito claro, vou aprender fazendo. E veio uma mensagem que mexeu muito comigo. Fizemos com borboletas também, era uma questão atual em minha vida, me transformar em borboleta, sair do casulo, voar livre, com o vento. Aí alguém me disse durante o ritual, não sei se um mestre, mas estava presente: Vocês não são lagartas se transformando em borboleta, mas borboletas que escondem as asas e tentam agir feito lagarta. Rsrs. Fez muito sentido. Vou voar mais, para não atrofiar minhas asas. Grata pelo texto, vocês têm sido a prova viva de que estou mudando de vibração e atraindo afins. Agora eu falo e entendem o que eu digo!!!!!!!!! Ufa.
Hehehe...entendo bem o seu ufa!!! Precisamos nos unir dentro de uma vibração para irradiar pro planeta através das asas da borboleta o maremoto da percepção ampliada.
Dê uma ouvida nesse música, talvez tenha a ver:
http://bandasdegaragem.uol.com.br/radio/v2/index.php?acao=musica&id=684
Se o bater de asas de uma borboleta
Causa um maremoto em outro ponto do planeta
Então você me diz no que pode resultar
Uma boa ação feita em qualquer lugar
Não seja mais um no meio da escuridão, ajude a iluminar o caminho a trilhar, não fique esperando que lhe digam o que fazer
Saia da inércia que lhe prende à TV
A individualidade dentro da coletividade, gera a diferença dentro da uniformidade
Cabeças pensando,às vezes agindo
Procurando sempre estar fortalecendo o Movimento da sua Batalha Pessoal pela Melhoria do Planeta
Com um simples sorriso,um muito obrigado,uma passagem no trânsito sempre tão apressado
Para transformar o mundo ao seu redor
Comece a escutar o que você tem a dizer
Passe a incomodar, os que querem te acomodar
Encarando a vida com vontade de viver
Passe a praticar o que você diz acreditar
Encarando a vida com vontade de vencer
Com medo ninguém é solidário
Com medo somo todos solitários
Nossa F.A a música tem td a ver. É o meu momento.
Hehehe...então acertei na mosca? Ou terá sido borboleta na cabeça? Brincadeirinha...
No intento,
F.A.
Pode ter certeza que foi a borboleta na cabeça! Ótima música!
Postar um comentário